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Jean – Auguste Dominique Ingres (1780-1867) • Aluno de David, Ingres herdou de seu professor o gosto pela perfeição, levando isto a obsessão pelos detalhes e pela aspiração por uma realidade ideal. • É nítida sua admiração pela pintura romana, principalmente a de Rafael, devido às cores, a doçura na composição das peles, e a solenidade dos personagens. Rafael (1514) Ingres (1856) Rafael – La donna velatta (1514) • Ingres não nutriu o interesse político de David e foi um pintor conservador. • Seu objetivo era a representação do naturalismo idealizado dos antigos. • As principais características de suas obras foram: o gosto pela claridade (com a presença esporádica de claro-escuro); a linearidade clássica; os planos eixos estáveis (mas usando de curvas no repouso dos modelos femininos); o interesse pela figura feminina; o congelamento clássico da imagem. Ingres Rafael Ingres – Meia Figura de banhista (1807) • Mas o mais importante de sua obra foram os retratos, desenvolvidos com uma paixão peculiar. • Eles trazem um brilho intenso da luz e o detalhamento das linhas e cores dos tecidos, como também suas texturas. • Cabe ressaltar a profundidade psicológicas destes retratos, em que o artista parte do ímpeto de penetração de David, mas amplia os detalhes mais minuciosos das linhas faciais e os seus reflexos psíquicos. Dominique Ingres - Louise de Broglie, Countesse D´Haubronville (1845) Ingres – Princesa Albert de Broglie (1853) • Wendy Beckett ressalta o gosto pelas curvas nas costas femininas de Ingres: apresentando “vértebras adicionais que garantissem o alongamento” (256). • Em A grande odalisca (1814), diz a autora, “a longa curva das costas nuas vem desde a linha magnífica do pescoço, delineando a coluna e terminando na voluptosa plenitude das nádegas” (256). Dominique Ingres – A grande Odalisca (1814) • A autora compara tais curvas ao alongamento dos pescoços das madonas de Parmigianino, pintor maneirista italiano. Parmigianino –Madona do colo longo (1530) • A Banhista de Valpinçon (1808) traz a mesma sensualidade das costas nuas da mulher, que se ampliam pelo drapejamento da cortina e dos lençóis, tão apelativo e sensual quanto as curvas femininas. Dominique Ingres – A banhista de Valpinçon(1808) • Como diz Beckett: “Ingres quase não precisa desses adornos. O que lhe interessa são as costas pesadas e demasiado longas, de curvatura exuberante, que o obcecam e afetam o observador pela força de empolgação do artista.” (257) Ingres - O Banho Turco (1862) Rafael – retrato de uma mulher nua (1518) • Outro exemplo dá composição audaciosa de Ingres é Tétis e Júpiter (1811), em que o tórax masculino é desproporcionalmente largo e rígido e as costas da mulher extremamente flexível. • Ingres compra o risco dessas ousadias, pois acreditava que poderia resolvê-las a partir de sua habilidade no desenho. Ingres – Júpiter e Tétis (1811) Outros trabalhos Ingres – Angélica (1819) Ingres – Roger levando Angelica (1819) Ingres – Paolo e Francesca (1819)
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