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E-book 1
Antônio César Galhardi
GESTÃO DA CADEIA DE 
SUPRIMENTOS
Neste E-Book:
INTRODUÇÃO ���������������������������������������������� 3
CONCEITUAÇÃO GERAL ��������������������������� 5
MODELOS DE PARCERIAS ���������������������15
INTEGRAÇÃO NA CADEIA DE 
SUPRIMENTOS �������������������������������������������21
FLUXOS NA CADEIA DE 
SUPRIMENTOS ������������������������������������������ 32
TENDÊNCIAS TECNOLÓGICAS �������������38
CONSIDERAÇÕES FINAIS �����������������������41
SÍNTESE �������������������������������������������������������42
2
INTRODUÇÃO
Olá estudante, vivemos hoje um novo ambiente com-
petitivo entre as organizações, onde os ganhos de 
eficiência precisam ser obtidos em todas as opera-
ções, inclusive nas relações com fornecedores e dis-
tribuidores. E, cerca de 12% das cifras da economia 
mundial são originadas em atividades logísticas. 
Os custos destas atividades, em muitos setores, já 
representam metade dos custos de manufatura e 
quatro vezes mais do que a lucratividade, isto é o 
suficiente para nos dedicarmos a entender melhor 
os conceitos apropriados à Logística e à Cadeia de 
Suprimentos (Supply Chain Management – SCM).
Empresas como a Amazon revolucionaram seus ne-
gócios pelo modo com que gerenciam a sua cadeia 
de suprimentos. Além disso, o comércio internacio-
nal, principalmente com países como a China e Índia, 
destaca a importância de operações competitivas 
globalmente.
Com o objetivo de apoiar o desenvolvimento des-
sas capacitações, neste módulo serão apresenta-
dos os conceitos mais importantes no Planejamento 
e Organização de uma Cadeia de Suprimentos. 
Iniciaremos com uma evolução histórica da logísti-
ca até o conceito atual de Cadeia de Suprimentos. 
Didaticamente o módulo foi estruturado em cinco 
partes: A conceituação geral; Modelos de parcerias; 
Integração na cadeia de suprimentos; Fluxo na cadeia 
de Suprimentos; e Tendências tecnológicas.
3
Aqui, você poderá aprender os conceitos básicos da 
Cadeia de Suprimentos e tomar conhecimento dos 
fatores organizacionais apoiadores da Otimização 
das Cadeias de Suprimentos. Bom estudo!
4
CONCEITUAÇÃO GERAL
Inicialmente, o conceito de logística ainda não era 
bem definido e se associava à necessidade de trans-
porte e movimentação de materiais. De origem in-
certa, se relacionava a aplicações militares como a 
arte de transportar, abastecer e alojar tropas.
Numa segunda fase, associa-se à Administração 
Científica ou Fordismo, no início do século 20, quan-
do a produção em massa e o conceito de Linha de 
Montagem eram os motes principais da Economia 
Industrial. E a logística se manteve esquecida neste 
período, como uma atividade desconexa, associada 
à gestão dos transportes. É nessa época que se dá o 
início da conceituação e desenvolvimento do termo 
“Distribuição Física”, a partir do momento que, pela 
concorrência do mercado, a área de vendas começou 
a se responsabilizar pela entrega do bem.
Durante o período das duas grandes guerras, desen-
volveram-se os conceitos de movimentação, manu-
seio e gestão de fluxos, enquanto a preocupação com 
custos era quase inexistente e perdia prioridade para 
a rapidez do transporte. E, apesar do desenvolvimen-
to significativo nas operações de transporte, a evo-
lução da Logística ficou muito aquém do esperado, 
principalmente pela ausência do desenvolvimento e 
aplicação de ferramentas computacionais e técnicas 
quantitativas.
5
Posteriormente, com o enfraquecimento dos princí-
pios da produção em massa, a logística passa a se 
destacar no controle de custos e a ter uma contri-
buição mais efetiva na lucratividade das empresas. 
A partir daí, praticamente em meados da década de 
1980, começavam a se delinear os conceitos atuais. 
Então, surge uma importante contribuição para a 
otimização dos processos logísticos – a Tecnologia 
da Informação –, concomitante ao desenvolvimento 
da Teoria dos Sistemas, e juntos impulsionaram o 
uso de técnicas de Pesquisa Operacional aplicadas 
à tecnologia de processo e contribuíram para a cons-
trução de um ambiente favorável ao desenvolvimento 
da Logística Integrada. Nesse período também se 
desenvolveu o conceito de custo total, também ali-
nhado ao conceito de Logística Integrada.
Com o desenvolvimento da Tecnologia da Informação 
e a destacada importância da integração interna 
e externa das organizações surgem os Sistemas 
de Informações Gerenciais: inicialmente o MRP – 
Material Requirements Planning, posteriormente, o 
MRP II – Manufacturing Resources Planning e, final-
mente, o ERP – Enterprise Resources Planning
Apesar dos conceitos sobre logística estarem já bem 
definidos nessa época, se enfrentava, por outro lado, 
resistências quanto aos aspectos culturais e à vi-
são da alta gerência, que permanecia no enfoque 
de medidas funcionais. Nesse período se enfrentava 
também desafios quanto ao desempenho energético 
(produtividade) e questões ambientais.
6
A partir de 1980
Suply Chain
1970
1980
Crise Petróleo
(Sist. Produção)
1965
1970
Gestão Materiais e Distribuição Física
Evolução da Logística
1956
1955
Logística Empresarial
consolidade (reduzir custos)
1835
EUA
Logística Empresarial
1670
França
Estruturas Militares
Figura 1: Linha do Tempo da Logística. Fonte: Elaboração própria.
Podcast 1 
7
https://famonline.instructure.com/files/407333/download?download_frd=1
Posteriormente, ocorreram mudanças fundamen-
tais no ambiente produtivo e o Marketing passou a 
exercer grande pressão no ambiente (na manufatu-
ra). E, em função dessas pressões, foram desenvol-
vidas ferramentas para a integração de processos 
como forma de obter diferencial competitivo, o que 
permitiu o ganho do destaque estratégico. A falta 
de suprimentos ocasionada por um período de re-
cessão da economia com altas taxas de juros nos 
Estados Unidos forçou as empresas a mudarem suas 
prioridades de atender à demanda. Nesse período, a 
Logística apresentava sua maior contribuição: criar e 
manter vantagem competitiva. Assim, ela assumiu a 
função de integração e coordenação das diferentes 
atividades das diferentes áreas, era o início da visão 
de processos de negócio e do conceito de Cadeia de 
Suprimentos.
A Gestão da Cadeia de Suprimentos reside numa 
visão sistêmica da empresa, incluindo fornecedores e 
canais de distribuição. Seu conceito atualmente acei-
to é: uma seqüência de fornecedores que contribuem 
para a criação e entrega de produtos e serviços, aos 
consumidores finais. Enquanto que por Logística se 
entende o gerenciamento do estoque e do fluxo de 
produtos, serviços e informação por meio da orga-
nização (BALLOU, 2006).
A Gestão da Cadeia de Suprimentos objetiva geren-
ciar com eficácia os componentes de uma cadeia 
de valor ampliada, desde os fornecedores, passan-
do pela cadeia de fabricação e distribuição, até os 
consumidores. Os Sistemas de Informação são 
8
utilizados para gerenciar de maneira mais eficiente 
as operações ao longo da cadeia e se tornaram um 
grande aliado na integração e gestão.
Explicando um pouco melhor, vamos tomar o exem-
plo da montadora de veículos General Motors – GM, 
que até a década de 1980 era a primeira companhia 
mundial em termos de unidades produzidas e fa-
turamento. Até aquela época, a grande maioria do 
fornecimento era interno, e quando externo, era de 
fornecedores americanos, vizinhos às instalações da 
montadora. Todo o valor (ou ao menos grande parte 
dele) arrecadado da venda de um veículo era desti-
nado à montadora. Quando o fornecimento de partes 
e componentes, inclusive de mão de obra externa, 
se tornou mais barato, ocorreu, consequentemente, 
uma exteriorização da produção, que passou a ser 
realizada em centros de excelência (muitas vezes 
em outros países) que apresentam melhor qualida-
de e menores custos. Assim, atualmente, quando 
se compra um veículo dessa montadora, somente 
parte do dinheiro irá para a GM e o restante para os 
inúmeros agentes dessa cadeia.
O conceito de Gerenciamento da Cadeia de 
Suprimentostambém pode ser aplicado à área de 
prestação de serviços, o que introduziu novas técni-
cas para o gerenciamento de processos de negócios 
ou reengenharia do processo de negócios. Surgiram, 
assim, iniciativas radicais de redesenho de negó-
cios, que tentam alcançar melhorias drásticas nos 
processos de negócios questionando as suposições 
ou regras anteriores.
9
Na Cadeia de Suprimentos, a rede de fornecedores 
externos, os processos internos, os distribuidores 
externos e os links que os conectam entregam um 
produto ou serviço acabado ao cliente final. E isto 
envolve:
 � Tomar decisões sobre a estrutura da cadeia de 
suprimentos;
 � Coordenação do movimento de mercadorias e 
prestação de serviços;
 � Compartilhamento de informações entre mem-
bros da cadeia de suprimentos.
O Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos deve 
considerar as seguintes premissas:
 ● Expectativas do consumidor e concorrência - o 
poder mudou para o consumidor;
 ● Globalização - capitalizar nos mercados 
emergentes;
 ● Tecnologia da Informação, e-commerce, Internet, 
EDI, dados de varredura, intranets;
 ● Regulamentação governamental - barreiras 
comerciais;
 ● Problemas ambientais - por exemplo a minimização 
de resíduos.
 ● Na Cadeia de suprimentos, os fornecedores exter-
nos fornecem as matérias-primas, serviços e com-
ponentes necessários. Os materiais e serviços com-
prados frequentemente representam 50% (ou mais) 
10
dos custos dos produtos vendidos. Os fornecedores 
são, geralmente, membros de várias cadeias de supri-
mentos - normalmente em diferentes funções, como:
 � Fornecedores de primeiro nível – fornece direta-
mente materiais ou serviços para a empresa que 
faz negócios com o cliente final;
 � Fornecedores de nível dois – fornece materiais 
ou serviços para fornecedores de nível um;
 � Fornecedores de nível três – são fornecedores 
de materiais ou serviços para fornecedores de 
nível dois;
As funções internas em uma Cadeia de Suprimentos 
variam em função do tipo de manufatura, mas podem 
incluir:
 � Processamento de pedidos;
 � Compra;
 � Planejamento;
 � Controle de Produção;
 � Garantia da Qualidade;
 � Entrega.
A partir da responsabilização da área de vendas pela 
entrega do produto, a Logística e Distribuição teve um 
grande impulso, sendo a responsável pela remessa 
do material certo, no lugar certo, na hora certa e na 
quantidade certa.
11
Dentre os processos da Logística e Distribuição 
que ganharam grande impulso situa-se a Gestão 
de Tráfego, que compreende a seleção, o agenda-
mento e controle de transportadoras (por exemplo: 
caminhões e trens) para materiais e produtos de 
entrada e saída. Na “Gestão da Distribuição” se 
destacam os processos de: embalagem, armaze-
namento e manuseio de produtos em trânsito para 
o usuário final.
Podcast 2 
Uma medida da parcela da cadeia de suprimentos 
controlada pela manufatura (o fabricante) é o que 
chamamos de Integração Vertical. No mesmo sen-
tido, chamamos de Integração Reversa quando o 
poder está concentrado nos fornecedores, também 
chamado de integração para frente, e representa 
o controle de fornecedores de matérias-primas 
(BALLOU, 2006).
Com relação à tomada de decisão, as mais fre-
quentes em uma Cadeia de Suprimentos é a ques-
tão do Insourcing vs. Outsourcing; ou seja: fabricar 
internamente ou terceirizar. A terceirização faz 
parte da Integração Reversa e implica no paga-
mento de fornecedores terceirizados para fornecer 
matérias-primas e serviços, em vez de fazê-los 
internamente. A terceirização continua com um 
crescimento relativamente constante, uma vez 
que as empresas tentam se concentrar naquilo 
12
https://famonline.instructure.com/files/407334/download?download_frd=1
que fazem melhor (em suas operações internas), 
o denominado core business.
Alguns aspectos são bastante relevantes para a de-
cisão, então vale a pena se perguntar:
 ● A tecnologia de produtos/serviços é essencial para 
o sucesso da empresa?
 ● A operação é uma competência central?
 ● A empresa tem o capital para fornecer capacidade 
e manter o processo atualizado?
 ● A terceirização aumentará os prazos de entrega e 
limitará a flexibilidade?
 ● Outras pessoas podem fazer isso por menos custo 
e melhor qualidade?
Assim, o papel das compras na Cadeia de Suprimentos 
alcançou maior importância, uma vez que os custos 
de aquisição representam de 50% a 60% do custo dos 
produtos vendidos.
Além da importância de custos, existem questões éti-
cas envolvendo o relacionamento com fornecedores; 
o que tem levado a uma tendência de se estabelecer 
um relacionamento bastante forte, com um núme-
ro reduzido de fornecedores, que adquirem então o 
status de Parceiros.
13
O produto certo Flexibilidade
A quantidade certa Confiablidade
na entrega
No momento certo Velocidade na 
entrega
Com mínimo custo Nível de entrega
Figura 2: Entendendo a Cadeia de Suprimentos. Fonte: Elaboração 
própria.
14
MODELOS DE PARCERIAS
Inúmeras definições sobre alianças logísticas se 
ajustam na ampla faixa de novos relacionamentos 
envolvendo prestadores de serviços logísticos em 
andamento no mundo inteiro. Quando empresas 
fornecedoras e manufaturas exploram e tentam a 
formação de alianças, estão se movendo em áreas 
desconhecidas.
As alianças logísticas são estimuladas por várias 
tendências na filosofia empresarial. Normalmente, 
são um reflexo dos anseios dos altos executivos de 
concentrarem recursos básicos da empresa nas com-
petências centrais, enquanto a ideia de fazer externa-
mente atividades de apoio por meio de especialistas, 
resulta do desejo de dimensionar corretamente as 
organizações e se concentrarem naquilo que sabem 
fazer melhor. As atividades logísticas são excelen-
tes candidatas à terceirização, porque atendem a 
quatro atributos essenciais no estabelecimento de 
fortes vínculos de trabalho, são eles (BOWERSOX e 
CLOSS, 2001):
 ● Dependência mútua – Deve existir nos dois lados 
do relacionamento e buscar a conformidade com o 
planejamento. A Tecnologia de Informações torna 
cada vez mais acessível a mensuração em tempo 
real do desempenho das operações. Por exemplo, 
uma transportadora que disponibiliza o rastreamento 
de cargas para que todos os clientes permaneçam 
15
totalmente informados sobre a situação real e es-
perada da entrega.
 ● Especialização Central – Uma característica das 
alianças logísticas é o alto grau de especialização 
no desempenho operacional de rotina. Quando uma 
empresa cuja competência central está na execução 
de um determinado serviço essencial, elas apresen-
tam um atrativo especial para as empresas que os 
necessitam. O atrativo do especialista em logística 
é uma extensão lógica das doutrinas básicas das 
economias de escopo e escala.
 ● Clareza do Poder – Está relacionada com o com-
portamento em situações de poder e conflitos num 
acordo interorganizacional. Normalmente, o fabrican-
te ou o distribuidor detém o poder real nos relaciona-
mentos da Cadeia de Suprimento. Os prestadores de 
serviço reconhecem que as empresas contratantes 
são dominantes na determinação das metas e obje-
tivos. Assim, embora possa existir conflitos de poder 
em um canal de distribuição, poucos ou nenhum 
desses confrontos afetam os prestadores de serviço.
 ● Ênfase na Cooperação – Se o desempenho de fun-
ções especializadas e o poder real para coordenar o 
processo do canal não estão em conflito, o prestador 
de serviço está em posição ideal para cooperar.
Da mesma maneira que as empresas participantes 
primárias do canal de distribuição adotam iniciati-
vas para melhorar seu posicionamento na Cadeia 
de Suprimentos, as empresas de serviços também 
utilizam alianças para melhorar sua competitividade. 
16
A formação de alianças para ampliar a capacidade 
e eficiência operacional dos envolvidos está se tor-
nando bastante comum.
As parcerias em uma Cadeia de Suprimentos podem 
melhorar os lucros e o excedente total na cadeia de 
diversas maneiras. É importante que os fatores de 
melhoriados lucros sejam claramente identificados 
quando da tomada de decisão. Os benefícios das 
decisões podem ser (CHOPRA, MEINDL, 2011):
 ● Melhores economias de escala podem ser alcan-
çadas se os pedidos dentro de uma empresa, forem 
agregados;
 ● Transações de aquisição mais eficientes podem 
reduzir significantemente o curso geral das compras, 
isso é mais importante para itens para os quais ocor-
re um grande número de transações de baixo valor;
 ● A colaboração em projeto pode resultar em pro-
dutos mais fáceis de manufaturar e distribuir, re-
sultando em menores custos gerais. Esse fator é 
mais importante para produtos do fornecedor que 
contribuam para uma parcela significativa do custo 
e do valor do produto;
 ● Bons processos de aquisição podem facilitar a co-
ordenação com o fornecedor e melhorar a previsão 
de demanda e o planejamento, a melhor coordenação 
reduz os estoques e melhora a correspondência entre 
oferta e demanda;
17
 ● Contratos apropriados de fornecedor podem per-
mitir o compartilhamento do risco, resultando em 
maiores lucros para o fornecedor e comprador;
 ● As empresas podem obter um preço de compra 
mais baixo, aumentando a concorrência com o uso 
de leilões.
As decisões sobre o estabelecimento de parce-
rias são baseadas no crescimento do excedente 
na Cadeia de Suprimentos, embora neste mesmo 
sentido ocorra o aumento do risco pela inclusão do 
parceiro. A empresa deverá, então, considerar o valor 
do crescimento do excedente, sem elevar excessiva-
mente o risco. Os parceiros, geralmente, aumentam 
os excedentes se forem capazes de agregar os ati-
vos ou fluxos da cadeia a um nível mais alto do que 
a própria empresa. Os diversos mecanismos pelos 
quais os parceiros podem aumentar o excedente 
(CHOPRA, MEINDL, 2011), são:
 ● Agregação da capacidade. Um parceiro pode au-
mentar o excedente da Cadeia de Suprimentos agre-
gando à demanda de diversas empresas e conseguin-
do economias de escala na produção que nenhuma 
empresa pode conseguir sozinha.
 ● Agregação de estoque. Um parceiro pode aumentar 
o excedente da Cadeia de Suprimentos agregando 
estoques de um grande número de clientes.
 ● Agregação de transporte por intermediários de 
transporte. Um parceiro pode aumentar o exceden-
18
te agregando a função transporte a um nível mais 
alto do que qualquer expedidor pode fazer por conta 
própria.
 ● Agregação de transporte por intermediários de 
armazenagem. Um parceiro que armazena estoque 
também pode aumentar o excedente da Cadeia 
de Suprimentos, agregando transporte recebido e 
enviado.
 ● Agregação de armazenagem. Um parceiro pode 
aumentar o excedente da Cadeia de Suprimentos 
agregando as necessidades de armazenagem de 
vários clientes. O crescimento no excedente é obtido 
em termos dos menores custos de processamento 
no interior do depósito. As economias por meio da 
agregação de armazenamento surgem se as neces-
sidades de armazenamento de um fornecedor forem 
pequenas ou se suas necessidades flutuarem com 
o tempo.
 ● Agregação de aquisição. Um parceiro aumenta o 
excedente da Cadeia de Suprimentos se ele agrega 
a aquisição de muitos parceiros pequenos e facilita 
economias de escala na produção e no transporte 
de chegada.
 ● Agregação da Informação. Um parceiro pode au-
mentar o excedente agregando a informação a um 
nível mais alto do que pode ser alcançado por uma 
empresa realizando a função internamente. Todos os 
varejistas, por exemplo, agregam informações sobre 
produtos de muitos fabricantes em um único local. 
19
Essa agregação de informação reduz os custos de 
pesquisa com os clientes.
 ● Agregação de recebíveis. Um parceiro pode au-
mentar o excedente da Cadeia de Suprimentos se 
puder agregar a gestão de risco de recebíveis a um 
nível mais alto do que a empresa ou se tiver um custo 
de cobranças menor do que a empresa.
 ● Agregação de relacionamento. Um intermedi-
ário pode aumentar o excedente da Cadeia de 
Suprimentos diminuindo o número de relacionamen-
tos exigidos entre vários compradores e vendedores.
 ● Menores custos e maior qualidade. Um par-
ceiro pode aumentar o excedente da Cadeia de 
Suprimentos se oferecer menor custo ou maior 
qualidade em relação à empresa. Se esses benefí-
cios vierem de especialização e aprendizagem, eles 
provavelmente serão sustentáveis a um prazo mais 
longo. Um parceiro especializado que vá mais adiante 
na curva de aprendizagem para alguma atividade da 
Cadeia de Suprimentos, provavelmente manterá sua 
vantagem competitiva a longo prazo.
FIQUE ATENTO
Para se manter atualizado em conteúdo sobre a 
logística brasileira siga o site da Associação Bra-
sileira de Logística: www.abralog.com.br.
Você vai estar informado sobre tudo o que acon-
tece na área.
20
https://www.abralog.com.br/
INTEGRAÇÃO NA CADEIA 
DE SUPRIMENTOS
O atual cenário no ambiente de negócios é composto 
por: globalização, desenvolvimento global, demanda 
de novos mercados, desenvolvimento tecnológico, 
formação de blocos econômicos, quebra de barreiras 
alfandegárias, grande concorrência. Assim, surgem 
novas formas de relacionamento interfirmas: a inte-
gração, a colaboração e a interdependência, todas 
elas propiciadas pela Tecnologia da Informação.
A cadeia de suprimentos é uma rede de vários negó-
cios e relações entre diversas empresas. A gestão da 
cadeia de suprimentos, está relacionada à maneira 
pela qual as relações e a integração entre os elos da 
cadeia, a tomada de decisão, o compartilhamento 
das informações e o gerenciamento das operações 
ocorrem. É uma abordagem de gestão empresarial 
voltada a oferecer o máximo de valor agregado nos 
produtos e serviços ao cliente, e o máximo de retorno 
sobre o investimento do ativo fixo (o investimento 
das organizações no negócio) por meio da gestão 
efetiva e otimizada dos fluxos de materiais, produtos, 
informações e recursos financeiros, de extremo a 
extremo da cadeia (desde as fontes de suprimentos 
até o consumidor final).
A integração de todos os componentes da cadeia, 
sem verticalizar as atividades, mas com o foco de 
cada empresa em seu negócio principal.
21
A integração logística envolve atores como: as redes 
de varejo que comercializam os produtos, fornece-
dores da indústria, distribuidores autorizados dos 
produtos, fornecedores de insumos aos fornecedo-
res da indústria. Uma cadeia relativamente simples 
no seu conceito pode integrar dezenas de empre-
sas em uma só atividade: produção, distribuição e 
comercialização.
Assim como no caso da logística, integração é uma 
palavra-chave na coordenação das atividades da 
cadeia de suprimentos. Faz parte da compreensão 
do Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos o que 
se trata da integração dos principais processos de 
negócios que produzem produtos, serviços e infor-
mações através de uma cadeia de suprimentos e que 
agregam valor para os clientes e às demais partes 
interessadas e envolvidas (os stakeholders).
A integração da cadeia de suprimentos é o processo 
que estende o escopo da integração para fora da 
empresa, incluindo os sistemas de informação da 
empresa e os sistemas de informação dos parcei-
ros de negócio para formar a cadeia de suprimentos 
integrada.
O gerenciamento da Cadeia de Suprimentos represen-
ta o esforço de integração dos diversos participantes 
do canal de distribuição por meio da administração 
compartilhada de processos-chave de negócios que 
interligam as diversas unidades organizacionais e 
membros do canal, desde o consumidor final até 
o fornecedor inicial de matérias-primas. Apresenta 
22
como processos-chave da cadeia: o relacionamento 
com os clientes, o serviço aos clientes, a adminis-
tração da demanda, o atendimento de pedidos, a 
administração do fluxo de produção, compras/ su-
primento. o desenvolvimento de novos produtos.
Com objetivos a se estabelecer, a integração logística, 
que sempre envolve o desenvolvimento de um rela-
cionamento de longo prazo e mutuamente benéfico, 
estabelece-se um jogo de “GANHA-GANHA”. Requer 
confiançapara compartilhar informações, riscos, 
oportunidades e investir em tecnologia compatível; 
trabalhar em conjunto para reduzir o desperdício e a 
ineficiência; desenvolver novos produtos; compartilhar 
os ganhos; compartilhar sítios; certificar conjunta-
mente processos. E, nesse jogo, todos os envolvidos 
obtêm a sua parte correspondente no lucro da cadeia.
Figura 3: A correlação entre a Cadeia de Suprimentos e os elos de 
uma corrente. Fonte: Desenvolvido por Kjpargeter / Freepik.
23
Nos relacionamentos com fornecedores, busca-se 
por fornecedores de fonte única quando possível, 
construindo relacionamentos de longo prazo.
Compartilhar informações utilizando links de compu-
tador a computador para trocar dados entre parceiros 
da cadeia de suprimentos em um formato padroniza-
do permite: transferência rápida de informação; re-
dução de papelada e administração; melhor precisão 
de dados e capacidade de rastreamento.
O cliente valoriza cada vez mais a qualidade dos 
serviços na hora de decidir que produtos comprar. 
A demora ou inconsistência na data de entrega ou a 
falta de um produto nas prateleiras implica em ven-
das não realizadas e até mesmo na perda de clien-
tes. Diante desde novo cenário, a logística passou 
a ser vista não mais como uma simples atividade 
operacional, mas avançou do depósito e do pátio 
de expedição para a alta administração de grandes 
empresas, refletindo a sua crescente importância 
como uma atividade estratégica, uma ferramenta 
gerencial (FAHAL et al. 2015).
REFLITA
Você já parou para pensar que logo haverão en-
tregas feitas por outros meios de transporte e 
não somente carros e caminhões? Em muitos 
lugares da China, entregas já estão sendo reali-
zadas por drones e veículos automáticos, sem pi-
lotos. Pode parecer muito futurístico, mas é uma 
tendência, e é importante lembrar que ao pensar 
24
lá na frente sempre ganhamos vantagem sobre a 
concorrência.
Para Ballou (2006), um dos objetivos da Gestão da 
Cadeia de Suprimentos é melhorar o nível de serviço 
oferecido ao cliente estabelecido pela qualidade do 
fluxo de produtos e serviços gerenciados, o que, por-
tanto, permite ser um fator utilizado como estratégia 
para uma organização. Sua aplicação se dá por meio 
da escolha adequada de fornecedores que permeiam 
toda a cadeia de suprimentos até o cliente final. Esta 
integração está associada diretamente ao fato de 
uma organização relacionar-se com o cliente intera-
gindo de forma eficiente com a cadeia produtiva para 
conquistar o objetivo final: estar competitivamente 
atuando no mercado.
Para obtenção de vantagem competitiva, por meio da 
Gestão da Cadeia de Suprimentos as empresas estão 
recorrendo aos Sistemas Integrados de Informação, 
buscando automatizar o processo produtivo e se 
utilizando de algumas tecnologias do tipo: Electronic 
Data Interchange (EDI), o Warehouse Management 
System (WMS), tecnologia de código de barras e o 
Vendor Managed Inventor (VMI).
Um dos fatores mais relevantes ao desenvolvimento 
dos processos administrativos é a integração entre 
todas as partes envolvidas, em plena sinergia. É isto 
que proporciona aos Sistemas de Informação a apli-
cação de Tecnologia da Informação, proporcionan-
do um grande aumento de eficiência. Tais sistemas 
abrangem todas as ferramentas que a tecnologia 
25
disponibiliza para o controle e gerenciamento do flu-
xo de informação por meio da organização (BALLOU, 
2006).
Existem, no mercado, alguns tipos de ferramentas 
que facilitam e tornam a informação mais acura-
da para aplicação na cadeia de suprimentos, al-
guns exemplos destes sistemas são os Sistemas 
Integrados de Gestão Sistemas Integrados de Gestão 
/ ERP – Enterprise Resource Planning
Os ERP (Enterprise Resource Planning) ou sistemas 
de gerenciamento empresarial são sistemas com-
plexos que integram, de forma eficaz, todos os sis-
temas operacionais da empresa. Por ser um siste-
ma que abrange toda a parte gerencial da empresa, 
a sua implantação exige da empresa uma série de 
modificações e adaptações prévias. Eles também 
podem ser, em termos de Sistemas de Informação 
Integrados, adquiridos na forma de pacotes de sof-
tware comercial, com a finalidade de dar suporte 
à maioria das operações de uma empresa. Assim, 
podemos dizer que um ERP consiste, basicamente, 
na integração de todas as atividades do negócio, 
entre elas: finanças, marketing, produção, recursos 
humanos, compras, logística etc., com o benefício 
direto de facilitar, tornar mais rápido e preciso o fluxo 
de informação, permitindo, assim, o controle dos 
processos de negócios.
Para Lee e Whang (2002), existem características 
dos sistemas integrados de gestão que os tornam 
26
diferentes uns dos outros permitindo-nos fazer uma 
análise de custo-benefício. São elas:
 ○ Os ERPs são pacotes comerciais;
 ○ São desenvolvidos por meio de modelos-padrão 
de processos;
 ○ Integram sistemas de várias áreas das empresas;
 ○ Utilizam um banco de dados centralizado;
 ○ Possuem grande abrangência funcional.
Atualmente, se observa uma significativa inclina-
ção do desenvolvimento de sistemas integrados de 
gestão para aplicação na cadeia de suprimentos, 
visto que todos os processos de negócios internos já 
foram integrados, restando apenas obter vantagem 
competitiva da integração da cadeia de suprimentos, 
principalmente entre fornecedores e compradores. 
Com isso, passa a ser possível a integração com as 
demais unidades de um grupo empresarial por meio 
de EDIs (Eletronic Data Interchange), com comparti-
lhamento (parcial) da base de dados, e cujos maiores 
desafios são: os sistemas geograficamente distantes 
e distintos, com hardwares diversos, necessidade 
intensiva de sistemas de telecomunicações, bases 
de dados diversas, operando em estruturas organi-
zacionais e culturas empresariais diversas.
Algumas das principais ferramentas integradas de 
gestão aplicadas à cadeia de suprimentos são:
 ● WMS (Warehouse Management System). O Sistema 
de Gerenciamento de Armazéns, chamado de WMS, 
é uma tecnologia utilizada em armazéns, onde ele 
27
integra e processa as informações de localização 
de material, controla a utilização da capacidade 
produtiva de mão de obra, além de emitir relatórios 
para os mais diversos tipos de acompanhamento e 
gerenciamento. O sistema prioriza uma determinada 
tarefa em função da disponibilidade de um funcioná-
rio informando a sua localização no armazém. Com 
este recurso ocorre um aumento na produtividade 
quando diferentes tipos de tarefas são intercaladas. 
Este sistema também tem capacidade de controlar 
o dispositivo de movimentação de material realiza-
do por Veículos Teleguiados (AGVs) e fazer interfa-
ce com um Sistema de Controle Automatizado do 
Armazém (WACS) que tem a função de controlar 
equipamentos automatizados como as esteiras e 
os sistemas de separação por luzes e carrosséis. 
Com uma ferramenta desse porte a empresa passa 
a ter um ganho na produtividade com a economia 
de tempo nas operações de embarque e desembar-
que, transporte e estocagem de mercadoria e ainda 
controla o estoque de produtos em seu armazém. 
Além disso, permite que os gestores controlem as 
operações de armazém mesmo sem estar presente 
no local, observando apenas se o funcionamento 
do sistema está adequado às operações logísticas.
 ● RFID – Radio Frequency Identification. 
Identificação via Rádio Frequência é relativamen-
te antiga, com origem na segunda guerra mundial, 
utilizada para identificar aeronaves e evitar o fogo 
amigo. Mais recentemente se tornou uma das mais 
eficientes tecnologias de coleta automática de dados, 
28
e inicialmente surgiu como solução para sistemas 
de rastreamento e controle de acesso na década de 
1980. Uma das maiores vantagens dos sistemas 
baseados em RFID é o fato de permitir a codificação 
em ambientes não favoráveis e em produtos nos 
quais o uso de código de barras, por exemplo, não é 
eficiente. Este sistema funciona com uma antena, um 
transmissor e um decodificador.Esses componen-
tes interagem por meio de ondas eletromagnéticas 
transformando-as em informações capazes de ser 
processadas por um computador. A principal vanta-
gem do uso de sistemas RFID é realizar a leitura sem 
necessidade de haver o contato, como ocorre no có-
digo de barras. Você poderia, por exemplo, colocar o 
transmissor dentro de um produto e realizar a leitura 
sem ter que desempacotá-lo, ou ainda aplica-lo em 
uma superfície que será, posteriormente, coberta de 
tinta ou graxa. Esse sistema pode ser usado para 
controle de acesso, controle de tráfego de veículos, 
controle de bagagens em aeroportos, controle de 
containers e, ainda, em identificação de pallets. O 
tempo de resposta é baixíssimo, tornando-se uma 
boa solução para processos produtivos em que se 
deseja capturar as informações com o transmissor 
em movimento.
 ● Rastreamento de Frotas com Tecnologia GPS – 
Global Positioning System. Rastreamento é o pro-
cesso de monitorar um objeto enquanto ele se move. 
Hoje em dia, é possível monitorar a posição ou mo-
vimento de qualquer objeto, utilizando-se de equipa-
mentos de GPS aliados a links de comunicação e à 
29
comunicação para uma central que fará efetivamente 
o monitoramento. Esta tecnologia é comumente co-
nhecida como AVL (Automatic Vehicle Location). O 
GPS é um sistema de posicionamento mundial forma-
do por uma constelação de 24 satélites que apontam 
a localização de qualquer corpo sobre a superfície 
terrestre. Um aparelho receptor GPS recebe sinais 
desses satélites determinando sua posição exata 
na Terra, com precisão que pode chegar à casa dos 
centímetros. Sua tecnologia é atualmente bastante 
conhecida e comercialmente viável.
 ● Código de Barras. O sistema surgiu da ideia de se 
criar um mecanismo de entrada de dados mais rápida 
e eficiente. A leitura de código de barras exige que 
sejam utilizados alguns aparelhos específicos, que 
são adotados conforme a necessidade da empresa. 
Existe uma padronização mundial para a leitura de 
código de barras. Para cada produto ou objetivo da 
identificação existe um tipo de código. Por exemplo: 
o EAN – 13, EAN – 8 e UPC são utilizados na unida-
de de consumo; o EAN/DUN – 14 (SCC - 14) / UCC/
EAN 128 são utilizados nas caixas que embalam 
as várias unidades; e o UCC/EAN - 128 são usados 
nos pallets dentro dos galpões de supermercados 
ou distribuidores.
 ● EDI (Electronic Data Interchange). É um sistema 
que auxilia diretamente, a rotina dos vendedores agi-
lizando o processo de comunicação com a empresa 
na transmissão de dados. Todas as informações 
que um vendedor precisa coletar e transferir para a 
empresa em um segundo momento, ele faz de forma 
30
on-line evitando, assim, a demora no in put do pedido; 
ainda existe a possibilidade de consultar o estoque 
da empresa e informar ao cliente a disponibilidade 
da mercadoria.
 ● VMI (Vendor Managed Inventory). O VMI ou 
Estoque Administrado pelo Fornecedor é uma fer-
ramenta muito importante, principalmente, para a 
cadeia de suprimentos com Just-in-Time. O principal 
objetivo desta técnica é fazer com que os fornece-
dores, por meio de um sistema de EDI, verifique a 
real necessidade de produto, no momento certo e 
na quantidade certa. Este recurso tem uma maior 
funcionalidade para as empresas com grande nú-
mero de fornecedores e que possui um amplo mix 
de produtos.
 ● ECR (Efficient Consumer Response). O ECR, 
Resposta Eficiente ao Cliente não é um sistema e 
nem é uma técnica, mas sim um conjunto de prá-
ticas desenvolvidas em conjunto com fabricantes, 
distribuidores e varejistas com o objetivo de obter 
ganhos por eficiência nas atividades comerciais e 
operacionais entre as empresas, prestando, assim, 
um serviço de qualidade ao consumidor final. Os 
requisitos para se pôr em prática a filosofia do ECR e 
fazer os check-outs nas saídas das mercadorias dos 
pontos de venda (PVs) e o controle. Como o volume 
de produtos é muito grande, tanto o fornecedor quan-
to o varejista se utilizam da coleta de informação 
acurada e rápida.
31
FLUXOS NA CADEIA DE 
SUPRIMENTOS
Ao referir-se às atividades de uma cadeia de supri-
mentos, Ballou (2001) considera que existem ativi-
dades-chave e atividades de suporte. As atividades-
-chave da cadeia de suprimentos são: padrões de 
serviço ao cliente; transporte; administração de es-
toques; fluxo de informações e processamento de 
pedidos (procedimentos de interface dos estoques 
com pedidos de vendas; métodos de transmissão 
de informações de pedidos; regras de pedidos). As 
atividades de suporte são: armazenagem, manuseio 
de materiais, compras, embalagens, cooperação com 
produção/operações, manutenção de informação 
(coleta, arquivamento e manipulação de informação; 
análise de dados; procedimentos de controle).
Cabe notar que, assim como Bowersox e Closs 
(2001), que incluem o envio de informações na defini-
ção de cadeia de suprimentos, Ballou (2001) assinala 
que o fluxo de informações é uma das atividades-
-chave da cadeia de suprimentos.
Fluxos de informações inadequados podem trazer 
consequências para todos estes componentes e o 
grande impacto em função do fluxo de informações 
inadequado.
Os fluxos de informações em cadeias de suprimentos 
têm sido amplamente estudados nos últimos anos. 
Para o gerenciamento da cadeia de suprimentos, é 
32
fundamental que os fluxos de informações forneçam 
a visibilidade necessária das informações da cadeia, 
com qualidade e confiabilidade.
A qualidade de dados pode ser definida como o nível 
de acurácia com que um dado representa as proprie-
dades essenciais de uma aplicação. Confiabilidade 
de dados pode ser definida como o nível de confiança 
de que o dado está correto.
Bowersox e Closs (2001) afirmam que informações 
precisas e em tempo hábil são, atualmente, cruciais 
para a eficácia do projeto de sistemas logísticos por 
três razões básicas:
1. Os clientes consideram que informações sobre 
status do pedido, disponibilidade de produto, progra-
mação de entrega e faturamento são fatores essen-
ciais do serviço ao cliente;
2. O objetivo central de redução de estoque em toda 
a cadeia de suprimentos tem levado os executivos a 
considerar que a informação pode ser um instrumen-
to eficaz na redução de estoque e da necessidade 
de recursos humanos;
3. A informação aumenta a flexibilidade para decidir 
como e onde os recursos podem ser utilizados para 
que se obtenha vantagem estratégica.
O fluxo de informações tem um papel muito impor-
tante no gerenciamento da cadeia de suprimentos 
como forma de reduzir as ilhas de informação entre 
os diferentes nós da cadeia. Isto afeta a comunica-
33
ção e a coordenação, aumenta o custo operacional 
e reduz a competitividade da cadeia.
Em uma cadeia de suprimentos, a comunicação entre 
os elos passa por um grande número de níveis e é 
bastante comum a distorção da informação durante 
o processo de comunicação. Essa distorção pode ter 
os seguintes efeitos: previsões incorretas de deman-
da, falta de produtos e flutuação de preços. Esses 
efeitos, por sua vez, podem causar problemas do tipo: 
investimento excessivo em estoque, baixo nível de 
serviço ao cliente, redução de receitas, capacidade 
mal planejada, transporte ineficaz, perda de crono-
gramas de produção.
Um sistema integrado para o gerenciamento da ca-
deia de suprimentos envolve a conexão com fornece-
dores, clientes e processos internos da organização 
e representa o próximo nível de evolução em cadeias 
de suprimento. A disponibilidade de informação de 
boa qualidade, em tempo hábil, é fator chave para o 
sucesso da Gestão da Cadeia de Suprimentos.
As deficiências mais comuns em qualidade de in-
formações enquadram-se em duas categorias: as 
informações recebidas podem estar incorretas quan-
to aos acontecimentos e tendências, gerando avalia-
ções e projeções imprecisas; as informações podem 
estar imprecisas em relação às exigências de um 
cliente específico, por exemplo: devolução, reposi-
ção) e, eventualmente, perda de vendas (BOWERSOXe CLOSS, 2001).
34
O conceito Informação Logística abrange o planeja-
mento, controle e implementação de todo o fluxo de 
dados entre unidades, bem como o armazenamento 
e provisionamento destes dados. Uma estratégia 
de sucesso de Informação Logística é desafiadora 
porque precisa coordenar um grande número de ob-
jetivos locais, harmonizar soluções não homogêne-
as, gerenciar redundâncias e alinhar os objetivos de 
curto prazo com os objetivos de longo prazo.
A possibilidade de as empresas trocarem informa-
ções entre si tem contribuído para a redução da falta 
de previsibilidade na cadeia de suprimentos sobre 
a real demanda dos consumidores finais, fator que 
influencia diretamente a formação de estoques de 
segurança e escala de produção.
A gestão de estoques requer constante disponibili-
dade sobre o andamento das decisões e dos níveis 
de estoque. A obtenção e atualização dos dados 
necessários, além da transformação destes em 
informação útil, são os objetivos dos sistemas de 
controle de estoques. Assim, quando a informação 
não está disponível, a gestão de estoques não pode 
ser realizada de forma eficaz, o que pode ocasionar 
excesso de estoques com aumento de custos ou 
falta de estoques com perda de vendas.
Ballou (2001) considera que os custos da falta de 
produtos estão associados com vendas posterga-
das e vendas perdidas. Em contrapartida, a perda 
de venda devido à falta de produto para atender a 
demanda prejudica uma das principais dimensões 
35
do nível de serviço logístico: a disponibilidade. Entre 
a série de complicações decorrentes da falta de pro-
duto, podem-se destacar: o resultado negativo para 
a marca e a perda de fidelidade dos clientes. Uma 
maneira de se avaliar o custo da venda perdida pode 
ser calculando-se o produto da margem de contri-
buição unitária do produto pelo volume que deixou 
de ser vendido.
As práticas de compartilhamento de informações e 
planejamento colaborativo entre clientes e fornece-
dores visam atenuar o chamado efeito chicote, isto 
é, o acúmulo de estoques e atrasos ao longo das 
cadeias de suprimento. O grande problema de uma 
gestão integrada da cadeia é a limitada visibilidade 
da demanda real, amplificada por fenômenos como 
o efeito chicote, que amplifica e distorce a demanda 
à montante da cadeia.
O atual estágio da tecnologia da informação e co-
municação tem permitido o compartilhamento de 
informações entre fornecedores e clientes e criam 
cadeias formadas por unidades de negócios inde-
pendentes e virtualmente integradas.
36
Cliente 
Distribuidor
Fluxo Financeiro e
de Informações
Fabricante
Varejo
Fluxo de
Produtos e Serviços
Fornecedor
Figura 4: Fluxos na Cadeia de Suprimento. Fonte: Elaboração própria.
37
TENDÊNCIAS TECNOLÓGICAS
As dez tendências tecnológicas para a logística a 
partir de 2019, segundo o relatório da Gartner Group:
Dispositivos autônomos: robôs, drones e veículos 
autônomos exibirão cada vez mais comportamentos 
avançados que interagem mais naturalmente com o 
ambiente e com as pessoas;
Análise ampliada: uma área de inteligência aumen-
tada usando aprendizado de máquina (machine lear-
ning), em vez de cientistas de dados, para automati-
zar o processo de preparação de dados, geração e 
visualização de insight;
Desenvolvimento orientado pela Inteligência 
Artificial – IA: criação de soluções aprimoradas 
por IA a partir de modelos predefinidos entregues 
como serviço e designação de codesenvolvedores 
de inteligência artificial para ajudar os humanos em 
projetos de desenvolvimento de aplicativos;
Gêmeos digitais: representações digitais de entida-
des ou sistemas do mundo real que podem ajudar os 
usuários a aplicar análises e regras para responder 
aos objetivos de negócios.
Borda autônoma: coleta e processamento de dados 
diretamente nos dispositivos de extremidade usados 
por pessoas ou incorporados no ambiente ao redor, 
em vez de servidores centralizados;
38
Experiência imersiva: plataformas de conversação, 
como realidade virtual (RV), realidade aumentada 
(RA) e realidade mista (MR), podem mudar a forma 
como as pessoas percebem o mundo digital;
Blockchain: uma espécie de livro organizado, que 
pode permitir a confiança, fornecer transparência e 
reduzir o atrito entre os ecossistemas de negócios;
Espaços inteligentes: ambientes físicos ou digitais 
nos quais os seres humanos e os sistemas com tec-
nologia interagem de formas cada vez mais abertas, 
conectadas, coordenadas e inteligentes;
Ética e privacidade digital: como as informações 
pessoais das pessoas estão sendo usadas por or-
ganizações nos setores público e privado;
Computação quântica: um tipo de computação não 
clássica que opera no estado quântico de partículas 
subatômicas e pode lidar com problemas muito com-
plexos para abordagens tradicionais ou algoritmos, 
devido a sua altíssima velocidade de processamento.
Embora o Gartner Group tenha identificado essas 
tendências como temas gerais e abrangentes do 
setor, cada uma poderia se aplicar especificamente 
à logística de várias maneiras.
39
SAIBA MAIS:
Smart Cities
Nós podemos interagir e colher informações des-
ses sistemas inteligentes usando nossos smar-
tphones, relógios e outros wearables. Mais do 
que isso, os sistemas vão se comunicar uns com 
os outros. Caminhões de lixo podem ser alerta-
dos de onde tem lixo que precisa ser coletado, e 
sensores nos nossos carros vão nos direcionar 
para onde há vagas disponíveis, assim como os 
ônibus podem atualizar sua localização em tem-
po real, o nosso supermercado de preferência 
enviará os suprimentos necessários faltantes em 
nossa geladeira (Internet das Coisas), e assim 
por diante.
Disponível aqui.
40
https://www.tecmundo.com.br/tecnologia/49699-wearables-sera-que-esta-moda-pega-.htm
https://www.youtube.com/watch?v=dneYymnsM4M
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste módulo, expusemos os conceitos básicos para 
perfeito entendimento do tema Gerenciamento da 
Cadeia de Suprimentos. Trata-se de um tema atual, 
e que sofre constantemente novas inclusões e modi-
ficações. Por um bom tempo ainda vamos nos orien-
tar por tais conceitos em busca do aprimoramento 
profissional necessário, da empregabilidade etc.; e 
até mesmo da contribuição que podemos deixar para 
as próximas gerações.
Falamos das novas configurações empresariais, mais 
ainda da sinergia entre os diferentes atores na Cadeia 
de Suprimentos, o aspecto estratégico da gestão e 
como isto pode afetar a sobrevivência das empresas; 
falamos também de parcerias.
Aprendemos que a cadeia de suprimentos, por mais 
complexa que seja, pode e deve ser totalmente inte-
grada, e abordamos a importância da Tecnologia da 
Informação nesta integração.
Falamos de Fluxos e, por fim, apresentamos as ten-
dências tecnológicas para os próximos anos, fruto 
de trabalho metodológico bastante apurado, desen-
volvido pelo Gartner Group.
Enfim, resta-nos desejar um bom aproveitamento dos 
conceitos aqui discutidos, e, mais ainda, que sejam 
apenas um “aperitivo” do que o curso como um todo 
pode lhes oferecer como formação profissional.
41
SÍNTESE
ECR – Efficient Consumer Response
VMI – Vendor Managed Inventory
EDI – Eletronic Data Interchange;
Código de Barras;
Rastreamento de Frotas com GPS;
RFID – Radio Frequency Identification;
WMS – Warehouse Management System;
As ferramentas integradoras auxiliares na Gestão da Cadeia de Suprimentos são:
O aspecto estratégico da gestão e como isto pode afetar a sobrevivência das 
empresas. 
Novas configurações empresariais e a sinergia entre os
diferentes atores na Cadeia de Suprimentos.
Principais tendências tecnológicas para logística a partir de 2019 apontados no 
relatório da Gartner Group, como os dispositivos autônomos: robôs, drones e 
veículos autônomos. 
Os fluxos na Cadeia de Suprimentos para que todos possam fluir 
adequadamente sem gargalos ou restrições, são eles: informações, financeiro, 
produtos e as atividades de apoio. 
Discussão de fluxos, principalmente, do fluxo de informaçõescapaz de suportar 
as diferentes organizações horizontais, mas que respondem como uma única 
entidade, como se tivesse atividades verticalizadas. 
Novas relações interorganizacionais e as alianças logísticas.
Conceituação atual da Gestão da Cadeia de Suprimentos, e sua importância em 
termos de economia global. 
GESTÃO NA CADEIA DE 
SUPRIMENTOS
Referências Bibliográficas 
& Consultadas
BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de supri-
mentos/logística empresarial. 5. ed. Porto Alegre: 
Bookman, 2007. [Minha Biblioteca].
BOWERSOX, D.J.; CLOSS, D.J. Logística 
Empresarial: o processo de integração da cadeia 
de suprimento. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2001. p.594
CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gestão da Cadeia de 
Suprimentos: estratégia, planejamento e opera-
ção. 4. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011. 
[Biblioteca Virtual].
CHRISTOPHER, M. Logística e gerenciamento da 
cadeia de suprimentos. São Paulo, SP: Cengage, 
2018. [Minha Biblioteca].
CORONADO, O. Logística integrada: modelo de 
gestão. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2013. [Minha 
Biblioteca].
FAHAL, C.R.; AZEVEDO, M. M.; GALHARDI, A.C.; 
AKABANE, G. Gestão de produtividade em opera-
ções logísticas. São Paulo: Ed. Centro Estadual de 
Educação Tecnológica Paula Souza, 131p, 2015.
GOMES, Carlos Francisco Simões. Gestão da 
cadeia de suprimentos integrada à tecnologia da 
informação. Priscilla Cristina Cabral Ribeiro. 2. ed. 
revista e atualizada. São Paulo: Cengage Learning; 
Rio de Janeiro: Editora Senac Rio de Janeiro, 2013.
LEE, H. L.; WHANG, S. Gestão da e-scm, a cadeia 
de suprimentos eletrônica. HSM Management. 
São Paulo. Editora HSM Management, n.30, pp. 
109-116, jan-fev 2002.
NOGUEIRA, A. S. Logística empresarial: um guia 
prático de operações logísticas. 2. ed. São Paulo: 
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PANETTA, K. As 10 principais tendências es-
tratégicas de tecnologia do Gartner para 2019. 
Disponível em: https://www.gartner.com/smar-
terwithgartner/gartner-top-10-strategic-technology-
-trends-for-2019/. Acesso em: 18 out. 2019.
PIRES, S. R. I. Gestão da cadeia de suprimentos 
(Supply Chain management): conceitos, estra-
tégias, práticas e casos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 
2016. [Minha Biblioteca].
POZO, H. Logística e gerenciamento da cadeia de 
suprimentos: um enfoque para os cursos superio-
res de tecnologia. São Paulo: Atlas, 2015. [Minha 
Biblioteca].
https://www.gartner.com/smarterwithgartner/gartner-top-10-strategic-technology-trends-for-2019/
https://www.gartner.com/smarterwithgartner/gartner-top-10-strategic-technology-trends-for-2019/
https://www.gartner.com/smarterwithgartner/gartner-top-10-strategic-technology-trends-for-2019/
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