O primeiro mecanismo de defesa detectado por Freud foi a repressão. O inconsciente é constituído a partir do processo de repressão. A repressão é o mecanismo que impede que o conteúdo pulsional ascenda à consciência.
Podemos inclusive entender que todos os mecanismos de defesa são uma variação desse primeiro, onde funcionam como tipos de barreiras do conteúdo pulsional. O indivíduo reprime o conteúdo desejante e acaba ignorando o próprio desejo, já que a maior parte surge em uma instância inconsciente. O conteúdo impedido de ascender à consciência estrutura uma tensão. A ação da repressão causa tensão e consequentemente desconforto.
A partir da repressão, surge o recalque. Que é enviar o conteúdo que está tensionando de volta para o inconsciente, causando assim uma sensação de alívio da tensão causada pela repressão. E a partir do recalque, engatilha-se o sintoma, que é o retorno do recalcado. O que não pode ascender à consciência em sua forma original e foi jogado para o inconsciente, retorna através de sintomas.
Por efeito podemos entender que quanto mais o indivíduo reprime e recalca mais sintomas ele tem. A representação do sintoma por excelência é a angústia, que pode vir travestido de diversas modalidades como por exemplo ansiedade.
Entendemos então que o conteúdo pulsional que não passa pela aprovação da consciência é devolvido ao inconsciente e retorna como uma angústia simbolizada das mais diversas formas como ansiedade, fobia, ato falhos etc.
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