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Quais são as principais desvantagens do Regime Diferenciado de Contração em relação à Licitação (disciplinada pela lei 8.666/93)?

Respostas

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matheus bombinha

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Especialistas PD

O RDC traz duas novidades - contratação integrada  sigilo das propostas - que podem ser consideradas desvantagens, conforme indica a Professora Tatiana Camarão. Vejamos.

“Instituto inédito que se acopla à legislação hodierna, a contratação integrada exige para sua exata compreensão a sedimentação de convicções a partir das experiências que suscita. Como dito, esse regime atribui ao contratado responsabilidade por todo o empreendimento, inclusive pela produção do projeto básico. A questão que se coloca aqui, de todo modo, é se temos profissionais com a expertise necessária para a elaboração do referido anteprojeto de engenharia, que deve conter todos os elementos técnicos destinados a possibilitar a caracterização da obra ou serviço bem como a estimar o valor da contratação com o tratamento estatístico que um levantamento de custos deve sofrer. Ademais, a lei não deixa claro como se dará a disputa entre os licitantes, visto que não constam do normativo os critérios objetivos de julgamento. Por fim, fica evidente a vulnerabilidade de aditamento quando o fundamento for caso fortuito ou força maior.

Enfim, é possível que ocorram excessos e distorções no RDC, sendo recomendada, pois, sua implantação com cautela e com o máximo rigor da fiscalização pelos órgãos de controle.

No que se refere ao sigilo das propostas, para a doutrina especializada, a argumentação sedutora de que esse procedimento assegura uma melhor negociação merece maior reflexão, já que não há comprovação cabal dessa vantagem que pelo menos justifique a violação do princípio constitucional da publicidade. Em recente decisão, o TCU entendeu que na fase de negociação é permitida a divulgação do orçamento inclusive para legitimá-lo” (Das vantagens e desvantagens do Regime Diferenciado de Contratações: reflexões e perspectivas. Revista TCE-MG. Abril-Maio-Junho de 2014. Pg. 16).

Por fim, vale destacar que a Lei 12.462/2011 também permite que o contratado receba uma remuneração variável (art. 10). A atribuição dessa remuneração pode ocorrer se a empresa contratada para execução das obras terminar antes do prazo estabelecido, ou se cumprir as metas e padrões de qualidade estabelecidos no contrato e no edital de licitação. Certo é que esse modelo de remuneração, apesar de estar em sintonia com a ideia de administração gerencial, torna a fiscalização da execução mais complexa e dificulta o planejamento orçamentário do ente público.

Art. 10. Na contratação das obras e serviços, inclusive de engenharia, poderá ser estabelecida remuneração variável vinculada ao desempenho da contratada, com base em metas, padrões de qualidade, critérios de sustentabilidade ambiental e prazo de entrega definidos no instrumento convocatório e no contrato.

Parágrafo único.  A utilização da remuneração variável será motivada e respeitará o limite orçamentário fixado pela administração pública para a contratação.

 

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