Um estudante do ensino médio de 17 anos é encaminhado a uma clínica psiquiátrica para avaliação de suspeita de esquizofrenia. Após o estabelecimento do diagnóstico, o haloperidol é prescrito em uma dose gradualmente crescente, de modo ambulatorial. O fármaco diminui os sintomas positivos do paciente, mas causa efeitos colaterais intoleráveis.
Padrão de resposta esperado
a) A esquizofrenia caracteriza-se pela desintegração dos processos cognitivos e da responsividade emocional. Os sintomas consistem, em geral, em alucinações auditivas, delírios paranoides ou bizarros, desorganização do pensamento e da fala e disfunção social e ocupacional.
b) O haloperidol tem atividade antagonista nos receptores dopaminérgicos D2 pós-sinápticos nas áreas mesolímbica e mesocortical do cérebro. A risperidona atua principalmente através do bloqueio dos receptores de serotonina 5-HT2A e, em menor grau, devido ao bloqueio de receptores D2.
c) O haloperidol e os antipsicóticos de alta potência são mais propensos a causar efeitos adversos neurológicos, tais como efeitos extrapiramidais, distonia aguda, acatisia e síndrome de Parkinson logo no início da terapia, e são mediados principalmente pelo bloqueio de receptores de dopamina D2 na via nigroestriatal da dopamina dos gânglios da base.
d) A administração dos agentes antipsicóticos pode resultar em efeitos adversos autonômicos que incluem hipotensão ortostática (causada por bloqueio de adrenoceptor α), boca seca, retenção urinária e taquicardia resultante de bloqueio de colinorreceptores muscarínicos. Além disso, os antipsicóticos podem bloquear os receptores de histamina H1 no SNC, o que resulta em sedação.
e) Para muitos pacientes, os agentes típicos (p. ex., haloperidol) e atípicos (p. ex., risperidona) são de igual eficácia no tratamento dos sintomas positivos. Com frequência, os fármacos atípicos são mais efetivos para o tratamento dos sintomas negativos e comprometimento cognitivo, além de apresentarem menor risco de discinesia tardia e hiperprolactinemia.
f) Outras indicações para o uso de antipsicóticos selecionados incluem transtorno bipolar, depressão psicótica, síndrome de Tourette, comprometimento do comportamento em pacientes com doença de Alzheimer e, no caso de fármacos mais antigos (p. ex., clorpromazina), tratamento dos vômitos e do prurido.
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