Na primeira dissertação da obra Genealogia da Moral, Friedrich Nietzsche traça uma diatribe contra as teorias da gênese da moral dos psicólogos ingleses. Das quais o filósofo alemão dirá: “Para mim é claro, antes de tudo, que essa teoria busca e estabelece a fonte do conceito “bom” no lugar errado: o juízo “bom” não provém daqueles aos quais se fez o “bem”! Foram os “bons” mesmos, isto é, os nobres, poderosos, superiores em posição e pensamento, que sentiram e estabeleceram a si e a seus atos como bons, ou seja, de primeira ordem, em oposição a tudo que era baixo, de pensamento baixo, e vulgar e plebeu. Desse pathos da distância é que eles tomaram para si o direito de criar valores, cunhar nomes para os valores: que lhes importava a utilidade!”
(NIETZSCHE. F. W. Genealogia da moral: uma polêmica. Friedrich Nietzsche: tradução, notas e posfácio Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 1998).
I – Para Friedrich Nietzsche, o bom está relacionado ao útil e não ao nobre.
II – Os atos bons foram assim valorados por aqueles que se diziam “bons” em contraposição ao que era vulgar e baixo.
III – O pathos da distância possibilitou aos nobres construir valores de “bom” e “mau”.
IV – Nietzsche reconhecia nas teses dos psicólogos ingleses grandes pressupostos teóricos para entender a fonte do conceito de “bom”.
Com base no texto acima e no pensamento de Friedrich Nietzsche, assinale o que for correto:
a.
Apenas I e II estão corretas
b.
Apenas II, III e IV estão corretas
c.
Apenas II e III estão corretas
d.
Todas as alternativas estão corretas
e.
Apenas I está correta
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