discursivas 2: Para aprender a ler e a escrever, é preciso pensar sobre a escrita, o que a escrita representa. O aluno precisa de situações privile...

discursivas 2: Para aprender a ler e a escrever, é preciso pensar sobre a escrita, o que a escrita representa. O aluno precisa de situações privilegiadas de aprendizagem. São situações privilegiadas de atividade epilinguística em que, basicamente, o aluno precisa: - ler, embora ainda não saiba ler, - escrever, apesar de ainda não saber escrever. Em ambas é necessário que ele ponha em jogo tudo o que sabe sobre a escrita para poder realizá-las. Nas atividades de "leitura", o aluno precisa analisar todos os indicadores disponíveis para descobrir o significado do escrito e poder realizar a "leitura" de duas formas: • pelo ajuste da " leitura" do texto, que conhece de cor, aos segmentos segmentos escritos; • pela combinação de estratégias de antecipação (a partir de informações obtidas no contexto por meio de pistas ) com índices providos pelo próprio o texto, em especial os relacionados à correspondência fonográfica. Adaptado de : Alfabetização Parâmetros Curriculares Nacionais - Língua Portuguesa , 1ª a 4ª série . Brasília : MEC, 1997. p. 82-84. Diante do exposto, fica evidente que o processo de alfabetização pode ser desencadeado com a proposta de se trabalhar com as listas de nomes ou pelo registro de quadrinhas e parlendas. Essas produções devem ficar fixadas na sala de aula com o objetivo de oferecer aos alunos fonte de estudo e reflexão, pois elas permitirão a observação das regularidades da língua escrita . Uma alternativa que poderia melhorar o ensino de língua materna na escola mediante uma mudança das práticas educativas seria a utilização de atividades epilinguísticas, que são atividades de reflexão sobre o uso da língua, sem o uso da metalinguagem. Assim, ao aplicar esse tipo de atividade, o professor levará seus alunos a refletirem sobre a linguagem sem a utilização de "termos técnicos" que, além de não serem significativos a o aluno, não o auxiliam na compreensão da gramática, pois "aquele que aprendeu a refletir sobre a linguagem é capaz de compreender uma gramática [ .. . ]; aquele que nunca refletiu sobre a linguagem pode decorar uma gramática, mas jamais compreenderá seu sentido" (GERALDI, 200 2, p. 6 4). Na prática das atividades epilinguísticas , “os enunciados são confrontados e transformados : ‘ brinca-se com a linguagem' . É um trabalho consciente. Trata -se de uma atividade que toma a própria linguagem como objeto de operações transformadas ” (SEMEGHINI-SIQUEIRA, 2006 6:06 ). Também estudamos que uma atividade , para ser considerada boa , deve ser significativa ,desafiadora e produtiva . Encontre nas atividades com listas de nomes ou na análise das Palavras das quadrinhas e parlendas as características de uma boa atividade .