1. De fato, existe uma antinomia jurídica entre os dispositivos nacionais mencionados e a Convenção de Varsóvia, já que esta última é um tratado internacional com força de lei no Brasil e prevalece em caso de conflito com as leis do país.
2. Na presença de antinomia, é a Convenção de Varsóvia que deve prevalecer sobre as leis nacionais no que diz respeito à responsabilidade da empresa aérea, pois esse tratado internacional estabelece diretrizes específicas para o transporte aéreo internacional.
3. O prazo de prescrição aplicável à responsabilidade civil da empresa A.I. é de dois anos, conforme estipulado pelo artigo 27 da Convenção de Varsóvia.
A Convenção de Varsóvia é um tratado internacional que estabelece normas e diretrizes para o transporte aéreo internacional. Ela foi assinada em 1929 na cidade de Varsóvia, Polônia, daí o seu nome.
Seu principal objetivo é regulamentar as responsabilidades e obrigações das companhias aéreas em relação aos passageiros e suas bagagens durante viagens internacionais.
Ela estabelece regras sobre a responsabilidade das companhias aéreas em casos de danos, atrasos, perdas ou outros problemas que possam ocorrer durante o transporte aéreo. Ela também define limites de indenização e prazos de prescrição para ações judiciais relacionadas a esses incidentes.
1. Não há antinomia entre os dispositivos mencionados, pois o câncer desenvolvido em virtude dos procedimentos de higiene da aeronave configuram lesão corporal ocorrida enquanto estava a bordo do avião, incidindo sobre o fato todas as normas citadas.
2. Caso houvesse antinomia jurídica, o caso seria resolvido pelo dispositivo da Convenção de Varsóvia, em virtude do conteúdo do artigo 178 da Constituição Federal e sua condição hierárquica superior em relação às normas ordinárias mencionadas.
3. O prazo prescricional aplicável é o de 2 anos, pois a antinomia existente em relação ao prazo de 3 anos do Código Civil é resolvida pelo critério descrito na resposta de número 2.
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Hermenêutica e Hermenêutica Jurídica
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