A infecção pelo HIV apresenta diferentes fases sequenciais desde o momento de transmissão até a fase de infecção crônica estável. Cerca de 50-90% dos indivíduos infectados apresentam infecção aguda sintomática, com sintomas como febre, cefaleia, mialgia, odinofagia, adenomegalia, exantema morbiliforme no tronco e membros superiores, enantema palatino e úlceras mucocutâneas. Após a fase aguda, há um período de latência clínica, cuja duração varia de paciente para paciente, e só termina em uma fase mais avançada da doença com queixas constitucionais, como febre, astenia e perda de peso, e manifestações de infecções/doenças oportunistas. Em termos fisiopatológicos, a síndrome retroviral aguda corresponde a uma fase de replicação viral exuberante, com início cerca de 10 dias após a infecção, estimando-se que mais de 1 bilhão de novas cópias virais sejam produzidas por dia nessa fase. Ao longo do tempo, o vírus destrói linfócitos CD4+, com uma velocidade de decréscimo de cerca de 50 células/uL por ano, sendo necessário cerca de 10 anos (1-20) para atingir um valor de CD4+ inferior a 200 células/uL, fase em que os indivíduos têm risco aumentado de desenvolvimento de infecções/doenças oportunistas.
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