A história da virologia é marcada por importantes descobertas e avanços científicos. No ano de 1700, Antonie van Leeuwenhoek conseguiu observar o mundo microscópico com uma ampliação de 300X, que posteriormente foi aprimorada para 2.000X. Louis Pasteur, de 1822 a 1895, demonstrou que a geração espontânea não existe. Em 1886, Adolf Mayer observou lesões claras e escuras em folhas de tabaco, e 12 anos depois, Loeffler e Frosch descobriram o vírus da febre aftosa. Em 1924, Frederick Griffith demonstrou a transformação em algumas cepas avirulentas de Pneumococcus, conhecido como "princípio transformante". Na década de 1930, os cientistas utilizaram o termo "vírus filtráveis" e classificaram os vírus com base no hospedeiro que infectam: plantas, bactérias e animais. Nesse mesmo ano, físicos alemães inventaram o microscópio eletrônico e, em 1939, o vírus do mosaico do tabaco (TMV) foi observado pela primeira vez nesse tipo de microscópio. Em 1949, Erwin Chargaff demonstrou que a quantidade de purinas é igual à quantidade de pirimidinas no DNA, mas não no RNA. No mesmo ano, Hershey e Chase demonstraram que a informação genética está presente no DNA. Em 1953, Salk desenvolveu a vacina antipoliomielítica inativada, enquanto Watson e Crick propuseram a estrutura em hélice dupla do DNA. A segunda metade do século XX foi marcada por importantes descobertas de vírus, e a maioria das 2000 espécies reconhecidas de vírus animais, vegetais e bacterianos foram descobertas nesse período. A transcriptase reversa, enzima utilizada pelos retrovírus para traduzir seu RNA em DNA, foi descrita pela primeira vez em 1970, de forma independente por Howard Temin e David Baltimore. Isso foi importante para o desenvolvimento de medicamentos antivirais, representando um ponto de inflexão na história das infecções virais. Apesar dos avanços científicos, os vírus continuam apresentando novas ameaças e desafios.
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