(a) Sim, Marta poderia interpor outro recurso para combater a ilegalidade manifesta do provimento jurisdicional. Apesar de ter utilizado equivocadamente o Agravo Retido oralmente, que é uma figura recursal revogada pelo CPC/2015, isso não impede que ela utilize os recursos adequados para impugnar a decisão interlocutória. Nesse caso, ela poderia interpor um recurso de Apelação, por exemplo, para levar a questão ao Tribunal, argumentando a ilegalidade da decisão que desconsiderou a personalidade jurídica e incluiu os sócios da pessoa jurídica ré na lide.
(b) O magistrado a quo não poderia receber o recurso equivocado aplicando a fungibilidade. A fungibilidade recursal é a possibilidade de se admitir um recurso em substituição a outro, desde que haja semelhança entre os requisitos essenciais e o objetivo pretendido pelo recorrente. No entanto, o Agravo Retido oralmente não mais existe como recurso, sendo revogado pelo CPC/2015, e não há equivalência com outro recurso previsto no sistema processual. Portanto, o magistrado não poderia aplicar a fungibilidade nesse caso.
(c) Há outras formas, no campo recursal, que podem amparar a sociedade e/ou seus sócios. Além da possibilidade de interposição de um recurso de Apelação para impugnar a decisão interlocutória, a sociedade e/ou seus sócios também podem buscar medidas jurídicas como embargos de declaração, por exemplo, para esclarecer eventuais obscuridades, contradições ou omissões presentes na decisão. Além disso, dependendo do caso e das questões envolvidas, é possível explorar outros meios processuais, como ação rescisória ou mandado de segurança, desde que preenchidos os requisitos legais para sua utilização.
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