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04 - Marta, advogada da Sociedade Natureza Cosméticos Ltda., enquanto participava de audiência de instrução e julgamento em lide movida, com pedido...

04 - Marta, advogada da Sociedade Natureza Cosméticos Ltda., enquanto participava de audiência de instrução e julgamento em lide movida, com pedido de indenização por danos morais e materiais, por Maria das Tranças, que supostamente teve queimaduras após utilização de um dos produtos da ré, desavisadamente faz uso de Agravo Retido oralmente (figura recursal revogada pelo CPC/2015) diante de decisão do Juízo que em único ato e sem observar o procedimento do competente do NCPC desconsiderou a personalidade jurídica e trouxe para a lide os dois sócios da pessoa jurídica empresária ré. Por ter feito uso de um instrumental recursal para atacar a decisão interlocutória proferida em AIJ tem algumas dúvidas e o procura como conselheiro: (a) ela poderia interpor outro recurso para combater a ilegalidade manifesta do provimento jurisdicional? (b) o magistrado a quo poderia receber o recurso equivocado aplicando a fungibilidade? (c) há alguma outra forma, no campo recursal, que possa amparar a sociedade e/ou seus sócios? Fundamente suas respostas.


Essa pergunta também está no material:

Deferido o pedido da ação ordinária proposta por Antônio contra os réus Francisco e José, foi apresentado recurso de apelação contra a sentença por cada devedor, uma vez que devidamente representados
4 pág.

💡 1 Resposta

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Tuany Borges

(a) Sim, Marta poderia interpor outro recurso para combater a ilegalidade manifesta do provimento jurisdicional. Apesar de ter utilizado equivocadamente o Agravo Retido oralmente, que é uma figura recursal revogada pelo CPC/2015, isso não impede que ela utilize os recursos adequados para impugnar a decisão interlocutória. Nesse caso, ela poderia interpor um recurso de Apelação, por exemplo, para levar a questão ao Tribunal, argumentando a ilegalidade da decisão que desconsiderou a personalidade jurídica e incluiu os sócios da pessoa jurídica ré na lide.

(b) O magistrado a quo não poderia receber o recurso equivocado aplicando a fungibilidade. A fungibilidade recursal é a possibilidade de se admitir um recurso em substituição a outro, desde que haja semelhança entre os requisitos essenciais e o objetivo pretendido pelo recorrente. No entanto, o Agravo Retido oralmente não mais existe como recurso, sendo revogado pelo CPC/2015, e não há equivalência com outro recurso previsto no sistema processual. Portanto, o magistrado não poderia aplicar a fungibilidade nesse caso.

(c) Há outras formas, no campo recursal, que podem amparar a sociedade e/ou seus sócios. Além da possibilidade de interposição de um recurso de Apelação para impugnar a decisão interlocutória, a sociedade e/ou seus sócios também podem buscar medidas jurídicas como embargos de declaração, por exemplo, para esclarecer eventuais obscuridades, contradições ou omissões presentes na decisão. Além disso, dependendo do caso e das questões envolvidas, é possível explorar outros meios processuais, como ação rescisória ou mandado de segurança, desde que preenchidos os requisitos legais para sua utilização.

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