No mundo da vida, tem-se a integração social, isto é, a coesão social gerada pela vinculação entre sujeitos que se reconhecem reciprocamente e cons...

Na perspectiva de enfrentamento e superação da violência, o pensamento Habermasiano é representado pelo processo de diálogo e comunicação. Segundo Habermas, a construção de uma opinião e vontade coletiva ocorre por meio da interação entre sujeitos que se reconhecem reciprocamente. Portanto, acredita-se que a integração social e a coesão social podem ser fortalecidas por meio do diálogo e da comunicação entre os indivíduos, contribuindo para o enfrentamento e superação da violência.

Na perspectiva de enfrentamento e superação da violência, o pensamento Habermasiano enfatiza o processo de "ação comunicativa". Segundo Jürgen Habermas, a ação comunicativa é uma forma de interação social que visa a resolução de problemas e conflitos por meio do diálogo, do entendimento mútuo e do consenso.

Para Habermas, a violência é vista como uma forma falha de comunicação, onde os canais de diálogo são rompidos, e os participantes recorrem à coerção e à força física para impor suas opiniões e interesses. Em vez disso, ele propõe que a construção de uma coesão social saudável e a superação da violência ocorram por meio da integração social baseada na ação comunicativa.

Nesse processo, os sujeitos se reconhecem reciprocamente como interlocutores válidos, compartilhando suas perspectivas e opiniões com o objetivo de chegar a um entendimento comum. Habermas acredita que, ao estabelecer uma comunicação racional, aberta e inclusiva, os indivíduos podem criar uma vontade coletiva que reflita as necessidades e aspirações de todos os envolvidos, contribuindo para a coesão social e a resolução pacífica de conflitos.

Portanto, na perspectiva habermasiana, a superação da violência se dá através da promoção e fortalecimento da comunicação, do diálogo e do entendimento mútuo, possibilitando a construção de uma coletividade coesa e solidária.