A contração muscular nos músculos liso e esquelético apresenta diferenças em relação ao íon cálcio, ATP e ciclo de ponte cruzada. No músculo liso, a frequência dos ciclos das pontes cruzadas de miosina é mais baixa em comparação ao músculo esquelético. Além disso, a fração de tempo em que as pontes cruzadas se mantêm ligadas aos filamentos de actina é aumentada no músculo liso. Isso ocorre porque as cabeças das pontes cruzadas apresentam menos atividade de ATPase no músculo liso, o que reduz a degradação do ATP e a velocidade dos ciclos. No músculo liso, apenas uma molécula de ATP é necessária para cada ciclo, o que resulta em uma menor demanda energética em comparação ao músculo esquelético. Essa característica é importante para a economia energética do corpo, especialmente em órgãos como os intestinos, bexiga urinária e vesícula biliar, que frequentemente mantêm contração muscular tônica por tempo indefinido. O início da contração e o relaxamento do tecido muscular liso são mais lentos em comparação ao músculo esquelético, devido à lentidão na conexão e desconexão das pontes cruzadas com os filamentos de actina. A força máxima da contração geralmente é maior no músculo liso, devido ao período prolongado de conexão das pontes cruzadas de miosina com os filamentos de actina. No músculo liso, existe o mecanismo de "trava", que facilita a manutenção prolongada das contrações. Uma vez que o músculo liso tenha desenvolvido contração completa, a quantidade de excitação continuada pode ser reduzida e ainda assim o músculo mantém sua força de contração. Espero que essas informações tenham sido úteis! Se tiver mais alguma dúvida, é só perguntar.
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