“O poder que a Ciência confere, propaga-se por meio do discurso do próprio professor que enaltece o saber científico como único conhecimento verdad...

A noção apresentada acima refere-se à ideia de que o poder da ciência é propagado através do discurso do professor, que enaltece o conhecimento científico como o único verdadeiro sobre a natureza, muitas vezes ignorando o conhecimento dos alunos em nome da validade desse conhecimento científico. Para promover a (des)hierarquização do conhecimento na escola, uma proposta de atividade docente seria a realização de debates em sala de aula. Nesses debates, os alunos teriam a oportunidade de expor seus conhecimentos, opiniões e perspectivas sobre determinado tema, incluindo tanto o conhecimento científico quanto outros saberes. O professor atuaria como mediador, garantindo que todas as vozes sejam ouvidas e valorizadas, promovendo assim a diversidade de conhecimentos e a construção coletiva do saber. Essa atividade contribuiria para que os alunos se sintam mais engajados e valorizados, além de estimular o pensamento crítico e a troca de experiências entre eles.

O conhecimento científico é instrumento de exercício de poder das classes dominantes dentro e fora da sala de aula. A democratização do conhecimento científico sobre a Natureza pode contribuir para o processo de inclusão social desde que o professor integre os saberes popular e científico sobre a Natureza e a saúde em suas aulas. Essa integração contribui para o diálogo entre os dois sistemas de conhecimento por considerar que ambos produzem objetos de mesma natureza: híbridos de Natureza e cultura, que alteram as sociedades no seio das quais foram criados.