Leia o poema a seguir, de Carlos Drummond de Andrade.
NO MEIO DO CAMINHO
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
ANDRADE, Carlos Drummond de. No Meio do Caminho: No Meio do Caminho. Disponível em: . Acesso em: 18 ago. 2019.
Tomando por base seus conhecimentos a respeito do conceito de literariedade, assinale a alternativa correta quanto à análise do poema.
a.
As inversões sintáticas nos versos “tinha uma pedra no meio do caminho / no meio do caminho tinha uma pedra” indicam que este poema é uma canção.
b.
A redundância dos termos diminui - ou quase anula - a sensação de estranhamento do leitor.
c.
A “pedra” é uma imagem simbolista recuperada na poema, representando o ato da construção literária.
d.
Os versos “nunca me esquecerei desse acontecimento / na vida de minhas retinas tão fatigadas / nunca me esquecerei que no meio do caminho” justificam a metonímia do poema, uma vez que provocam a repetição dos versos iniciais respondendo ao fato que não poderá ser esquecido.
e.
Em ambas as estrofes observa-se um procedimento de hiperbolização da imagem da “pedra”, em que o próprio poema acaba por adquirir o formato típico redondo de uma pedra.
A alternativa correta é a letra d) Os versos “nunca me esquecerei desse acontecimento / na vida de minhas retinas tão fatigadas / nunca me esquecerei que no meio do caminho” justificam a metonímia do poema, uma vez que provocam a repetição dos versos iniciais respondendo ao fato que não poderá ser esquecido.
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Interpretação e Produção de Textos
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