Nem toda prática de Justiça Restaurativa acontece em círculo e nem todo círculo que parece ser restaurativo o é. Mais do que aparências, para que u...

A Justiça Restaurativa é uma abordagem que busca promover a resolução de conflitos de forma mais participativa e colaborativa. O tripé sobre o qual se sustenta a Justiça Restaurativa é composto por danos, obrigações e envolvimento. 1. Danos: Refere-se ao reconhecimento dos danos causados pela ação ou conflito. É importante que todas as partes envolvidas tenham consciência do impacto que suas ações tiveram sobre os outros. Isso envolve empatia e compreensão das consequências do comportamento. 2. Obrigações: Trata-se da responsabilização das partes envolvidas. Ao invés de apenas punir, a Justiça Restaurativa busca criar um espaço para que as pessoas assumam a responsabilidade por suas ações e busquem formas de reparação. Isso pode incluir pedidos de desculpas, restituição ou outras ações que visem restaurar o equilíbrio e a harmonia. 3. Envolvimento: A participação ativa de todas as partes envolvidas é essencial na Justiça Restaurativa. Isso inclui as vítimas, os ofensores e a comunidade. O objetivo é promover um diálogo aberto e respeitoso, onde todos tenham a oportunidade de expressar seus sentimentos, necessidades e expectativas. O envolvimento de todos os participantes é fundamental para a construção de soluções colaborativas e duradouras. Portanto, para que uma prática seja considerada restaurativa, é necessário que ela leve em consideração esses três elementos: danos, obrigações e envolvimento.

Nem toda prática de Justiça Restaurativa acontece em círculo e nem todo círculo que parece ser restaurativo o é. Mais do que aparências, para que uma prática seja considerada restaurativa, é fundamental que atenda aos fundamentos, princípios e valores da JR. O tripé sobre o qual se sustenta a JR é composto por danos, obrigações e envolvimento. Comente sobre cada um deles, relacionando-os

Mas o que vem a ser conceitualmente a Justiça Restaurativa? De acordo com a Resolução 2002/12 da Organização das Nações Unidas – ONU, que trata dos princípios básicos para utilização de programas de Justiça Restaurativa em matéria criminal, “processo restaurativo significa qualquer processo no qual a vítima e o ofensor, e, quando apropriado, quaisquer outros indivíduos ou membros da comunidade afetados por um crime, participam ativamente na resolução das questões oriundas do crime, geralmente com a ajuda de um facilitador”.