Baumgartem coloca sua Aesthetica correspondendo ao mundo das sensações em oposição ao mundo do entendimento. Ele pretende fazer da estética, enquan...
Baumgartem coloca sua Aesthetica correspondendo ao mundo das sensações em oposição ao mundo do entendimento. Ele pretende fazer da estética, enquanto disciplina filosófica autônoma, uma ciência correspondente ao domínio da sensação, uma irmã mais nova da lógica, como ele mesmo diz, uma ciência do belo, cujo fim é definir o que é a beleza: “O fim visado pela Estética é a perfeição do conhecimento sensitivo como tal. Esta perfeição, todavia, é a beleza” (BAUMGARTEN, III, §14). Para ele a beleza é constituída de partes múltiplas. Ela reside em um acordo de pensamentos em um só elemento na percepção sensível à luz do fenômeno. É na redução a uma unidade que a multiplicidade se torna bela, um objeto de sensação, cuja função é dar prazer e despertar desejo. A partir disso, pode-se afirmar que:
I. A passagem do múltiplo para o unitário é uma operação intelectual, lógica, o que coloca em dúvida a própria definição da estética como ciência autônoma. II. A solução da contradição do texto é fornecida por Kant, quando afirma que a beleza é produzida subjetivamente a partir de uma sensação de prazer, que pode ser universal, na medida em que os homens compartilhem de um mesmo juízo de gosto. III. Não existe qualquer contradição, pois a estética de Baumgartem inaugura um ramo da ciência subordinado à lógica.
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