O Estado de Defesa e o Estado de Sítio são duas medidas excepcionais previstas na Constituição Federal brasileira para situações de crise que ameacem a ordem constitucional e a democracia. O Estado de Defesa pode ser decretado pelo Presidente da República, com autorização do Congresso Nacional ou do Conselho da República, em caso de grave e iminente instabilidade institucional ou de calamidade pública. Sua duração é de até 30 dias, prorrogáveis por mais 30 dias, e sua abrangência é limitada a áreas específicas do território nacional. Durante o Estado de Defesa, as autoridades podem restringir direitos e garantias individuais, como a liberdade de reunião e de sigilo de correspondência, desde que respeitados os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade. Já o Estado de Sítio é uma medida mais drástica, que só pode ser decretada em caso de comoção grave de repercussão nacional ou de guerra externa, e somente após autorização do Congresso Nacional. Sua duração é de até 30 dias, prorrogáveis por períodos sucessivos de 30 dias, sem limitação temporal máxima. Durante o Estado de Sítio, as autoridades podem restringir ainda mais os direitos e garantias individuais, como a liberdade de ir e vir e o direito ao habeas corpus, e até mesmo decretar a intervenção federal nos estados e municípios. Em ambos os casos, é necessária a autorização do Poder Legislativo e a consulta aos órgãos de aconselhamento do Presidente da República, como o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional. Além disso, a decretação do Estado de Defesa ou do Estado de Sítio deve ser fundamentada e justificada, sob pena de ser considerada inconstitucional.
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta
História e Epistemologia da Psicologia
História e Epistemologia da Psicologia
Compartilhar