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12 CAI NA PROVA- Abuso do direito

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ABUSO DO DIREITO 
 
O Abuso de Direito está presente no artigo 187 do brasileiro de 2002 que 
diz: “Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-
lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou 
social, pela boa-fé ou pelos bons costumes” 
A doutrinadora brasileira Maria Helena Diniz também define o Abuso de 
Direito como sendo o “uso de um poder, direito ou coisa além do permitido 
ou extrapolando as limitações de um direito, lesando alguém, traz como 
efeito jurídico o dever de indenizar”. 
Age de forma abusiva aquele que, sem que haja nenhum benefício próprio 
ou utilidade relevante, utiliza-se de seu direito para prejudicar outro de 
forma ostensiva e indubitavelmente de modo a prejudicá-lo. 
O Enunciado 37 do CJF esclarece que “a responsabilidade civil decorrente 
do abuso do direito independe de culpa e fundamenta-se somente no 
critério objetivo-finalístico". 
 
♦ Modalidades de abuso de direito: 
 
1. Venire contra factum proprium (proibição de comportamento 
contraditório ou teoria dos atos próprios): abuso do direito pela 
violação de uma expectativa. 
 
2. Supressio / surrectio (verwirkung / erwirkung): suprresão da 
possibilidade de exercer um direito por conta de uma omissão 
qualificada no tempo (exemplo: CC, art. 330). 
 
 
3. Tu quoque (estoppel). Exemplos: exceção do contrato não cumprido 
(exceptio non adimpletio contractus) (CC, art. 476); senatus consulto 
macedoniano (CC, art. 588). 
 
4. Duty to mitigate the loss (dever do credor de mitigar as próprias 
perdas). Enunciado 169 do CJF: O princípio da boa-fé objetiva deve 
levar o credor a evitar o agravamento do próprio prejuízo. Exemplo: 
Súmula 309 do STJ: O débito alimentar que autoriza a prisão civil do 
alimentante é o que compreende as três prestações anteriores ao 
ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do processo. 
 
 
 
 
 
 
5. Substancial performance (adimplemento substancial ou 
inadimplemento mínimo): abuso do direito de requerer a resolução 
do contrato. Enunciado 361 do CJF: O adimplemento substancial 
decorre dos princípios gerais contratuais, de modo a fazer 
preponderar a função social do contrato e o princípio da boa-fé 
objetiva, balizando a aplicação do art. 475. 
 
6. Violação positiva de contrato (adimplemento fraco ou ruim): é o abuso 
do direito no cumprimento do contrato (descumprimento dos deveres 
anexos). Gera responsabilidade civil extracontratual. Enunciado 24 do CJF: 
Em virtude do princípio da boa-fé, positivado no art. 422 do novo Código 
Civil, a violação dos deveres anexos constitui espécie de inadimplemento, 
independentemente de culpa. (Fonte QC)

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