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TEORIA ou PRINCÍPIO DA RESERVA DO IMPOSSÍVEL A teoria ou princípio da reserva do impossível consiste na possibilidade de o STF não reconhecer a inconstitucionalidade formal de determinadas matérias em virtude do cenário fático posto, dando-se prevalência para a realidade subjacente em detrimento das formalidades, evitando-se maiores prejuízos. Sobre o princípio da reserva do impossível, é a lição de Uadi Lammego Bulos: “Pelo princípio da reserva do impossível existem matérias que, do ponto de vista formal, podem até se afigurar inconstitucionais, mas, por uma impossibilidade fática, o Supremo proíbe a pronúncia da nulidade do ato inconstitucional, para evitar prejuízos incalculáveis para o Estado. Assim, existem situações excepcionais consolidadas que devem ser mantidas para preservar a força normativa dos fatos, a segurança da ordem jurídica, a continuidade do Estado, os valores éticos da convivência pacífica entre os homens, a confiança e a boa-fé das relações sociais, permitindo ao Supremo Tribunal Federal modular os efeitos da decisão declaratória de inconstitucionalidade, pelo quórum qualificado de dois terços dos votos de seus Ministros (= 8 Ministros), com a possibilidade de estender, para o futuro, os efeitos de sua decisão, ou fixar prazo que achar razoável (Lei n. 9.868/99, art. 27). . [...] Na jurisprudência do Supremo, a reserva do impossível foi invocada por ocasião do julgamento da ADIN 2.240-7/BA, interposta pelo Partido dos Trabalhadores contra a Lei n. 7.619, de 30-3-2000, do Estado da Bahia, que criou o Município de Luís Eduardo Magalhães, decorrente do desmembramento de área do Município de Barreiras. Esse julgado, relatado pelo Ministro Eros Grau e proferido antes do advento da EC n. 57/2008, demonstra a aplicação da reserva do impossível em ação direta de inconstitucionalidade” (BULOS, Uadi Lammego. Curso de Direito Constitucional. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2015, p. 375). No caso fático da vida da Toguinha, a reserva do IMPOSSÍVEL era esperar por um príncipe. . Antes eu queria um príncipe que chegasse num lindo cavalo branco. . Depois eu pensei: “uai, está demorando demais, ele pode ser cavalo de qualquer cor.” . 5 anos depois nada aconteceu, e eu disse: “não precisa vir a cavalo, pode vir de busão mesmo.” . E hoje, prestes a completar 31 anos, eu mudei totalmente de ideia: “nem precisa ser um príncipe, basta que não seja o cavalo.”
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