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RETROATIVIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS A Constituição é obra do poder constituinte originário, que tem como característica o fato de ser ilimitado ou autônomo, ou seja, não está o legislador constituinte originário obrigado a observar nenhuma norma jurídica do ordenamento constitucional anterior, tampouco a respeitar o direito adquirido. A retroatividade das normas constitucionais, quanto ao grau de intensidade, classificam-se em: retroatividade mínima, média e máxima. A RETROATIVIDADE SERÁ MÍNIMA quando a lei nova alcança as prestações futuras (vencíveis a partir da sua entrada em vigor) de negócios celebrados no passado. A RETROATIVIDADE SERÁ MÉDIA quando a norma nova alcança as prestações pendentes (vencidas e ainda não adimplidas) de negócios celebrados no passado. A RETROATIVIDADE SERÁ MÁXIMA quando a norma nova alcança fatos já consumados no passado, inclusive os atingidos pela coisa julgada. Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, as novas normas constitucionais, salvo disposição expressa em contrário, se aplicam de imediato, alcançando, sem limitações, os efeitos futuros de fatos passados (retroatividade mínima). Assim, no Brasil, os dispositivos de uma nova Constituição têm vigência imediata, alcançando os efeitos futuros de fatos passados, salvo disposição constitucional expressa em contrário. Há, ainda, paralelamente aos três graus de retroatividade das normas constitucionais novas, a IRRETROATIVIDADE, que ocorre quando a lei nova só alcança novos negócios celebrados a partir da sua entrada em vigor. Direito Constitucional Descomplicado - Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino
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