A Badyear Depósito de Pneus Ltda. explora a atividade de depósito de pneus de caminhão a serem fornecidos a concessionárias e oficinas mecânicas credenciadas. No galpão onde os pneus são estocados, trabalham trinta operadores de empilhadeira, empregados contratados pelo regime da CLT. Um desses empregados é Joaquim Neves. Ele tem 18 anos de idade, tem uma filha, é casado e recebe salário no valor de R$ 2.500,00.

O ambiente de trabalho é perigoso, pois os pneus são pesados e a operação das empilhadeiras pode causar acidentes graves. Um dia, Joaquim sofre um acidente e vai a óbito. A viúva aciona a Badyear na Justiça do Trabalho, que, com fundamento nos artigos 7º, XXII, da CRFB; 157, da CLT; e 927, parágrafo único, do CC, reconhece a responsabilidade civil da sociedade e condena a empresa a pagar à reclamante uma pensão mensal “vitalícia” no valor de 2/3 do salário de Joaquim no momento do seu falecimento. Pela tábua de mortalidade do IBGE, a expectativa de vida seria de 72 anos, de forma que o valor nominal da condenação da Badyear, sem considerar juros e correção monetária, seria de R$ 1.080.000,00 (um milhão e oitenta mil reais).

Considerando que o risco de acidentes acomete todos os empregados, a Badyear procura uma solução jurídica para minimizar custos decorrentes de eventuais concretizações desses acidentes e posterior condenações na esfera judicial.

A partir dos conhecimentos adquiridos, a sua tarefa é elaborar um parecer que discorra sobre o Seguro de Responsabilidade Civil Geral, abordando, no mínimo, os seguintes pontos:

• princípio do mutualismo – relacionando a sua resposta com o valor da condenação referente a apenas um empregado acidentado (R$ 1.080.000,00) e o valor de prêmio que a Badyear pagaria caso contratasse o seguro em tela;
• Disposições importantes do Código Civil sobre o seguro de responsabilidade civil, incluindo prescrição e
• conteúdo daCircular Susep nº 637/2021.