Pâmela, após violenta discussão com Mariana, desfere contra ela cinco facadas, todas na região do tórax, com intenção de matá-la. Após aplicar-lhe os golpes, Pâmela percebe todas as implicações morais e jurídicas de sua conduta, desistindo de prosseguir com os golpes, socorrendo Mariana, levando-a até o pronto-socorro do hospital mais próximo. Mariana, contudo, não resiste e morre.
Pâmela responderá por homicídio doloso consumado, uma vez que o seu arrependimento não se mostrou eficaz.
No direito penal, o arrependimento eficaz ocorre quando o agente, após iniciar a execução do crime, desiste de prosseguir com a ação e impede que o resultado ocorra. No caso descrito, apesar de Pâmela ter se arrependido e tentado socorrer Mariana, o resultado morte já havia ocorrido, portanto, seu arrependimento não impediu o resultado. Assim, o crime de homicídio foi consumado.
Vale lembrar que este é um entendimento geral baseado nos princípios do direito penal, mas a decisão final sempre caberá ao juiz do caso concreto. Recomenda-se sempre buscar aconselhamento jurídico profissional para situações específicas.
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