Uma nave cujo comprimento em repouso é de 60m, afasta-se do observador na Terra. A sua velocidade pode ser determinada enviando um sinal luminoso da Terra que é refletido de volta por dois espelhos colocados em cada uma das extremidades da nave. Começa -se a receber um sinal resposta (1), resultante da reflexão no espelho mais próximo do observador da Terra, seguido de um segundo sinal resposta (2), que resulta da reflexão do espelho mais afastado. O segundo sinal é recebido pelo observador na Terra 1.74μs depois da recepção do primeiro.
a) A diferença de percurso entre o raio (1) e o raio (2) é igual ou diferente do dobro do comprimento da nave? E para o observador na Terra?
b) Qual a velocidade da nave?
c) A nave transporta um laboratório de Física onde se produzem mesões que deslocam com uma velocidade de 0,999c em relação a esta. Qual a velocidade desses mesões em relação a um laboratório na Terra?
d) Se tivesse usado a lei clássica da adição de velocidades, quanto obteria na alínea c)? Acha isso possível?
a) A diferença de percurso entre o raio (1) e o raio (2) é igual ou diferente do dobro do comprimento da nave? E para o observador na Terra? A diferença de percurso entre o raio (1) e o raio (2) é igual ao dobro do comprimento da nave, tanto para o observador na nave quanto para o observador na Terra. b) Qual a velocidade da nave? A velocidade da nave pode ser calculada a partir do tempo de atraso entre a emissão e a recepção dos sinais luminosos. Temos que a diferença de tempo entre os sinais é de 1,74 μs. Como a luz se propaga a uma velocidade constante de 299.792.458 m/s, podemos calcular a distância percorrida pelos sinais: Δt = 1,74 μs = 1,74 x 10^-6 s c = 299.792.458 m/s Δd = c x Δt Δd = 299.792.458 x 1,74 x 10^-6 Δd = 0,521 m Como a diferença de percurso entre os sinais é igual a duas vezes o comprimento da nave, temos: 2L = Δd 2L = 0,521 L = 0,2605 m Agora podemos calcular a velocidade da nave: v = Δd / Δt v = 0,521 / 1,74 x 10^-6 v = 299.792.000 m/s Portanto, a velocidade da nave é de aproximadamente 299.792.000 m/s. c) A nave transporta um laboratório de Física onde se produzem mesões que deslocam com uma velocidade de 0,999c em relação a esta. Qual a velocidade desses mesões em relação a um laboratório na Terra? Para calcular a velocidade dos mesões em relação a um laboratório na Terra, precisamos usar a transformação de Lorentz: v' = (v - u) / (1 - v.u/c^2) Onde: v' é a velocidade dos mesões em relação a um laboratório na Terra v é a velocidade dos mesões em relação à nave (0,999c) u é a velocidade da nave em relação à Terra (calculada na letra b)) c é a velocidade da luz Substituindo os valores, temos: v' = (0,999c - 299.792.000 m/s) / (1 - (0,999c x 299.792.000 m/s) / c^2) v' = -0,141c Portanto, os mesões se deslocam em relação a um laboratório na Terra com uma velocidade de aproximadamente -0,141c. d) Se tivesse usado a lei clássica da adição de velocidades, quanto obteria na alínea c)? Acha isso possível? Se tivéssemos usado a lei clássica da adição de velocidades, teríamos: v' = v - u v' = 0,999c - 299.792.000 m/s v' = -299.791.701 m/s Ou seja, teríamos obtido uma velocidade negativa, o que não faz sentido. Isso mostra que a lei clássica da adição de velocidades não é aplicável a velocidades próximas à velocidade da luz.
Duas lâmpadas são avessas simultaneamente para um observador que se encontra em repouso em relação a estes; o mesmo observador mede a distância entre as lâmpadas e obtém 10 m.
a) As duas lâmpadas também são vistas a acender simultaneamente para um observador que se deslocar num avião supersónico a 600 m/s? Qual o intervalo de tempo entre o acendimento das lâmpadas?
b) Qual a distância espacial entre os acontecimentos (acender das lâmpadas) para o observador que se deslocar no avião da alínea a)?
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