O princípio da continuidade do contrato de trabalho é um dos pilares do Direito do Trabalho brasileiro, que visa garantir a estabilidade do empregado e a segurança jurídica nas relações trabalhistas. Com a Reforma Trabalhista de 2017, foram introduzidas novas formas de contratação flexíveis, como o trabalho intermitente e o teletrabalho, que geraram controvérsias em relação à aplicação desse princípio. A doutrina jurídica e a jurisprudência trabalhista brasileira têm se debruçado sobre essas questões, buscando interpretar a legislação e definir critérios para a aplicação do princípio da continuidade do contrato de trabalho em cada uma das novas modalidades de contratação. Em geral, entende-se que o princípio deve ser aplicado de forma flexível, levando em conta as particularidades de cada caso concreto. No caso do trabalho intermitente, por exemplo, a jurisprudência tem entendido que o período de inatividade entre as convocações não deve ser considerado como uma interrupção do contrato de trabalho, mas sim como uma suspensão. Já no caso do teletrabalho, tem se discutido a necessidade de estabelecer critérios claros para a fiscalização do cumprimento das obrigações trabalhistas por parte do empregador. Em resumo, a doutrina jurídica e a jurisprudência trabalhista brasileira têm buscado adaptar a aplicação do princípio da continuidade do contrato de trabalho às novas formas de contratação flexíveis introduzidas pela Reforma Trabalhista, com o objetivo de garantir a proteção dos direitos dos trabalhadores e a segurança jurídica nas relações de trabalho.
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Direito do Trabalho I
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