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Todavia, alguém poderia perguntar se há alguma evidência no Novo Testamento de que tais compilações de escritos estavam-se desenvolvendo. Com certe...

Todavia, alguém poderia perguntar se há alguma evidência no Novo Testamento de que tais compilações de escritos estavam-se desenvolvendo. Com certeza. Parece que Pedro possuía uma coleção das cartas de Paulo, as quais ele colocava ao lado das "outras Escrituras" (2Pe 3.15,16). Podemos presumir que Pedro possuía uma coletânea das obras de Paulo, visto não haver razão plausível por que Pedro devesse ter a posse das cartas originais de Paulo. Afinal, tais cartas não foram escritas de propósito para Pedro, mas para as igrejas espalhadas por todo o mundo da época. Isso demonstra que haveria outras coletâneas que atenderiam às necessidades das igrejas que iam crescendo. O fato de um escritor citar outro escritor também revela que tais cartas coligidas eram divinamente inspiradas e dotadas de autoridade. Judas menciona Pedro (Jd 17; v. tb, 2Pe 3.2), e Paulo menciona o evangelho de Lucas como Escritura Sagrada (1Tm 5.18; cf. Lc 10.7). Lucas presume que Teófilo estava de posse de um primeiro livro ou tratado (At 1.1). Assim, o processo de canonização desde o início da igreja estava em andamento. As primeiras igrejas foram exortadas a selecionar apenas os escritos apostólicos fidedignos. Desde que determinado livro fosse examinado e dado por autêntico, fosse pela assinatura, fosse pelo emissário apostólico, era lido na igreja e depois circulava entre os crentes de outras igrejas. As coletâneas desses escritos apostólicos começaram a tomar forma nos tempos dos apóstolos. Pelo final do século I, todos os 27 livros do Novo Testamento haviam sido recebidos e reconhecidos pelas igrejas cristãs. O cânon estava completo, e todos os livros haviam sido reconhecidos pelos crentes de outros lugares. Por causa da multiplicidade dos falsos escritos e da falta de acesso imediato às condições relacionadas ao recebimento inicial de um livro, o debate a respeito do cânon prosseguiu durante vários séculos, até que a igreja universal finalmente reconheceu a canonicidade dos 27 livros do Novo Testamento.

Essa pergunta também está no material:

Introdução Bíblica - Como a Bíblia chegou até nós-Norman Gei
263 pág.

Teologia Biblica Universidade Federal do Sul e Sudeste do ParáUniversidade Federal do Sul e Sudeste do Pará

💡 1 Resposta

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O texto apresenta evidências no Novo Testamento de que as compilações de escritos estavam se desenvolvendo. Pedro possuía uma coleção das cartas de Paulo, as quais ele colocava ao lado das "outras Escrituras" (2Pe 3.15,16). Isso demonstra que haveria outras coletâneas que atenderiam às necessidades das igrejas que iam crescendo. O fato de um escritor citar outro escritor também revela que tais cartas coligidas eram divinamente inspiradas e dotadas de autoridade. Além disso, as primeiras igrejas foram exortadas a selecionar apenas os escritos apostólicos fidedignos. Desde que determinado livro fosse examinado e dado por autêntico, fosse pela assinatura, fosse pelo emissário apostólico, era lido na igreja e depois circulava entre os crentes de outras igrejas. As coletâneas desses escritos apostólicos começaram a tomar forma nos tempos dos apóstolos. Pelo final do século I, todos os 27 livros do Novo Testamento haviam sido recebidos e reconhecidos pelas igrejas cristãs.

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