Sete epístolas de Inácio (c. 110). Essas cartas revelam familiaridade incontestável com os ensinos do Novo Testamento, de modo especial com as cart...
Sete epístolas de Inácio (c. 110). Essas cartas revelam familiaridade incontestável com os ensinos do Novo Testamento, de modo especial com as cartas de Paulo. No entanto, o estilo das cartas é mais joanino. Irineu cita a carta escrita aos efésios, e Orígenes cita tanto a Epístola aos romanos como a enviada aos efésios. Inácio, que segundo a tradição teria sido discípulo de João, não reivindica para si a virtude de falar com autoridade divina. Aos efésios, por exemplo, ele escreve: "Não dou ordens a vós, como se eu fora personagem importante [...] Falo-vos como co-discípulo que sou de vós" (cap. 3). Sem dúvida as cartas são autênticas, não, porém, apostólicas e, por isso, não canônicas. Esse tem sido o consenso da igreja ao longo dos séculos. Os escritos genuínos do período subapostólico são os mais úteis, sob o aspecto histórico, visto que revelam o estado da igreja e o reconhecimento dos livros canônicos do Novo Testamento.
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