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Será enquadrada como constrangimento ilegal. No crime de estupro, não há bis in idem na incidência da agravante genérica do art. 61, II, f, em virt...

Será enquadrada como constrangimento ilegal. No crime de estupro, não há bis in idem na incidência da agravante genérica do art. 61, II, f, em virtude da prevalência das relações domésticas no ambiente intrafamiliar, concomitantemente com a causa de aumento de pena do art. 226, II, em virtude de ser o agente ser padrasto da vítima. Não é possível a configuração do crime de assédio sexual (art. 216-A do CP) na relação entre professor e aluno, tendo em vista que não há relação de hierarquia ou autoridade entre o agente e a vítima.

ALTERNATIVA A: INCORRETA. Conquanto a palavra da vítima realmente possua especial relevância, ela necessita estar em consonância com as demais provas do processo. Em delitos sexuais, comumente praticados às ocultas, a palavra da vítima possui especial relevância, desde que esteja em consonância com as demais provas acostadas aos autos. AgRg no AREsp 1595939/GO, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 19/05/2020, DJe 27/05/2020. Portanto, alternativa incorreta.
ALTERNATIVA B: INCORRETA. Segundo a jurisprudência do STJ, o estado de sono pode configurar o estupro de vulnerável pois, a depender a da situação, pode diminuir a capacidade da vítima para oferecer resistência. Portanto, alternativa incorreta.
ALTERNATIVA C: INCORRETA. O beijo lascivo integra o rol de atos libidinosos, razão pela qual possui potencialidade para a configuração de estupro. E ainda, é a jurisprudência do STJ: PENAL E PROCESSO PENAL. RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. ESTUPRO. TRANCAMENTO DA REPRESENTAÇÃO DE ATO INFRACIONAL. TIPICIDADE DA CONDUTA. BEIJO LASCIVO E OUTROS ATOS LIBIDINOSOS. VIOLÊNCIA. UTILIZAÇÃO DE FORÇA FÍSICA. VÍTIMA SUBJUGADA. JUSTA CAUSA. OCORRÊNCIA. PALAVRA DA VÍTIMA E TESTEMUNHAS. RECURSO DESPROVIDO9. (..) 4. O beijo lascivo ingressa no rol dos atos libidinosos e, se obtido mediante violência ou grave ameaça, importa na configuração do crime de estupro. Evidentemente, não são lascivos os beijos rápidos lançados na face ou mesmo nos lábios, sendo preciso haver beijos prolongados e invasivos, com resistência da pessoa beijada, ou então dos beijos eróticos lançados em partes impudicas do corpo da vítima. Por conseguinte, verificar-se-á estupro mediante violência caso a conduta do beijo invasivo busque a satisfação da lascívia, desde que haja intuito de subjugar, humilhar, submeter a vítima à força do agente, consciente de sua superioridade física. 5. No caso, resta evidente a utilização de força física, conquanto ausentes vestígios de lesão, para beijar a vítima contra sua vontade, e ainda lhe esfregar o órgão genital ereto, tendo o recorrente parado apenas por ter sido impedido por testemunha. Em tese, tal conduta amolda-se à hipótese típica do crime de estupro, para realização de atos libidinosos, cometido por meio de violência, consistente no emprego de força física contra a vítima, subjugando-a pela superioridade física do agente, até porque aquela possui limitações físicas decorrentes da ataxia cerebelar. (...) 9. Recurso desprovido. Decisão Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, negar provimento ao recurso. Os Srs. Ministros Joel Ilan Paciornik, Felix Fischer, Jorge Mussi e Reynaldo Soares da Fonseca votaram com o Sr. Ministro Relator. (RHC 93906 / PA 21/03/2019). Portanto, alternativa incorreta.
ALTERNATIVA D: CORRETA. Segundo o STJ, as duas circunstâncias são diversas, de modo que podem incidir em conjunto, não havendo que se falar em bis in idem. Nesse sentido: PENAL E PROCESSUAL PENAL. RECURSO ESPECIAL. ESTUPRO DE VULNERÁVEL. PLEITO ABSOLUTÓRIO. AUTORIA E MATERIALIDADE COMPROVADAS. REEXAME DE PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 07/STJ. DOSIMETRIA DA PENA. COABITAÇÃO E CONDIÇÃO DE PADRASTO DA VÍTIMA. SITUAÇÕES DISTINTAS. APLICAÇÃO DA AGRAVANTE GENÉRICA - ART. 61, II, f, DO CÓDIGO PENAL E DA MAJORANTE ESPECÍFICA - ART. 226 , II, DO CÓDIGO PENAL. BIS

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QUESTÕES COMENTADAS CIVIL E PENAL - EREMITA
126 pág.

Direito Penal e Processo Penal Universidade Estácio de SáUniversidade Estácio de Sá

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A alternativa correta é a letra D. Segundo o STJ, as duas circunstâncias são distintas, de modo que podem incidir em conjunto, não havendo que se falar em bis in idem.

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