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Para a vivência da ausência e do ritmo, além da construção de sentido de vida juntamente com os analisandos. Em busca da compreensão de ambos os qu...

Para a vivência da ausência e do ritmo, além da construção de sentido de vida juntamente com os analisandos. Em busca da compreensão de ambos os quadros, a fim de lançarmos alguns subsídios para lidar com esse desafio transferencial e contratransferencial, enfrentar o vazio e, ainda assim, sucessivamente, manter viva a aposta de revitalização, nos dedicamos a seguir ao significante morte, defendendo que seremos convocados nesses casos clínicos à ação de construir. Esboçamos então uma descrição sintomática e os fundamentos teóricos pertinentes ao tédio-branco e à apatia-desligamento; em seguida, formulamos um Pensamento Clínico, dado o objetivo deste trabalho de propor questões quanto ao manejo em análise, sugerindo posições que podemos vir a ocupar quando confrontados com esses sintomas em nossos consultórios. No particular, usaremos a noção freudiana de construções em análise (Freud, 1937), bem como o conceito de generatividade psíquica de Christopher Bollas (1992), como uma forma de adubar o solo árido desses sintomas ou lançar um fogo brando para aquecer as suas baixas temperaturas e movimentar o circuito pulsional mortífero que corre nessas vias. As construções em análise e a generatividade psíquica nos servirão como potenciais rotas de fuga ou trilhas de esperança e aposta após esquadrinharmos os sintomas do tédio-branco e da apatia-desligamento de forma compartimentada em quatro vertentes fundamentais presentes nesses casos: o tempo, o espaço do eu, o desligamento e o frio.