Na ação de usucapião familiar pro morare, incumbe ao autor – ao usucapiente – trazer aos autos os elementos que comprovem o preenchimento de todos ...
Na ação de usucapião familiar pro morare, incumbe ao autor – ao usucapiente – trazer aos autos os elementos que comprovem o preenchimento de todos os requisitos dessa modalidade de prescrição aquisitiva, na medida em que, sendo a demanda julgada procedente, a ele será atribuída à titularidade plena do domínio do imóvel utilizado como sua moradia e de sua família. Assim, caberá ao autor comprovar o exercício de posse ad usucapionem pelo período ininterrupto de dois anos sobre imóvel urbano de até 250m2 (duzentos e cinquenta metros quadrados), cuja propriedade seja por ele dividida com ex-cônjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar, bem como que não é proprietário de outro imóvel urbano ou rural e que não foi beneficiado por esse instituto em momento anterior. Por sua vez, incumbe ao réu a tarefa de desconstruir a alegação autoral concernente ao preenchimento de todos os requisitos do usucapião, sendo que a ausência de apenas um dos seus pressupostos, por si só, impede a declaração de sua ocorrência. Logo, caberá ao réu comprovar, p. ex., que a área do imóvel é superior a 250m2 (duzentos e cinquenta metros quadrados); ou que referido imóvel já foi objeto de partilha entre o ex-casal, restando pendente apenas a alienação do bem para a dissolução do condomínio etc.
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