O texto apresenta uma análise do usucapião familiar pro morare, que se assemelha à modalidade de usucapião especial urbano individual prevista na Constituição Federal de 1988 e regulamentada pelo Estatuto da Cidade. Ambas as modalidades têm como pressupostos comuns o exercício de posse mansa, pacífica e ininterrupta sobre imóvel urbano com extensão de até duzentos e cinquenta metros quadrados, para fins de moradia própria ou da família, não podendo ser proprietário de outro imóvel urbano ou rural e não lhe tendo sido concedido tal usucapião em momento anterior. No entanto, existem quatro requisitos que diferenciam as referidas modalidades de aquisição de propriedade por usucapião, em torno dos quais surgem a grande parte dos questionamentos acerca do usucapião familiar pro morare, quais sejam: ocorrência entre ex-cônjuges ou ex-companheiros; abandono do lar; imóvel urbano comum; prazo de dois anos para aquisição do domínio integral do imóvel.
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