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que falar do aumento da violência doméstica em tempos de confinamento, uma vez que muitas mulheres estão “presas” em casa com os seus agressores, p...

que falar do aumento da violência doméstica em tempos de confinamento, uma vez que muitas mulheres estão “presas” em casa com os seus agressores, potencializando o medo da denúncia e dificultando o acesso a redes de apoio, muitas vezes associado ao fato de não saber quais serviços de saúde e assistência estão funcionando nesse momento. No entanto, não podemos cair na armadilha de atribuir uma relação direta de causalidade entre isolamento e violência, pois ao fazermos isso, estamos esvaziando toda uma análise sócio-histórica das questões que permeiam a violência de gênero, ainda que objetivo aqui não seja nos aprofundarmos em tais questões. Nesse sentido, é importante não naturalizarmos discursos que se refiram aos atos violentos como uma resposta natural para os momentos de crise. Violência não é briga, é crime. Com base nas reflexões e inquietações compartilhadas aqui, destacamos a importância da sororidade e do quanto precisamos apoiar umas às outras sempre, e agora, mais ainda. Dentre várias iniciativas nesse viés, o que traz um acalento ao nosso coração no meio do caos, podemos citar algumas: “Compre das Mães” (Rede Maternativa), cujo foco é apoiar o trabalho de micro e pequenas empreendedoras que são mães; Mães de Favela (Cufa), com a criação de um fundo monetário emergencial para mães em situação de vulnerabilidade e o programa de enfermagem obstetrícia “Fale com a parteira” que, via whatsapp, orienta gestantes e puérperas gratuitamente. Toda essa movimentação traz amparo, afeto e estimula resiliência. Entendemos, portanto, que a pandemia também precisa ser uma questão feminista, pois não há como pensar quaisquer estratégias de enfrentamento ao coronavírus sem os devidos recortes de gênero, raça e classe, afinal de contas, não estamos todos no mesmo barco.

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ebook_expressoes aap4
748 pág.

Gestão Hospitalar

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O aumento da violência doméstica em tempos de confinamento é uma realidade preocupante, uma vez que muitas mulheres estão "presas" em casa com seus agressores, o que potencializa o medo da denúncia e dificulta o acesso a redes de apoio. No entanto, é importante não atribuir uma relação direta de causalidade entre isolamento e violência, pois a violência de gênero é um problema complexo e multifacetado que não pode ser reduzido a uma única causa. É fundamental não naturalizar discursos que se refiram aos atos violentos como uma resposta natural para os momentos de crise, pois a violência não é briga, é crime. Nesse sentido, é importante destacar a importância da sororidade e do apoio mútuo entre as mulheres, bem como das iniciativas que visam apoiar as mães empreendedoras e as mães em situação de vulnerabilidade. A pandemia também precisa ser uma questão feminista, pois não há como pensar em estratégias de enfrentamento ao coronavírus sem considerar os recortes de gênero, raça e classe.

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