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Define-se sarcopenia em pacientes geriátricos como a perda de massa magra associada à redução da força de preensão palmar (CRUZ-JENTOFT et al., 2019). No entanto, na maior parte dos estudos, a sarcopenia em pacientes com câncer refere-se à baixa massa magra associada a desfechos negativos, como complicações no tratamento clínico e ocorrência de óbito. A sarcopenia pode desenvolver-se quando há ausência de perda de peso e perda de tecido adiposo, não sendo observada em pacientes com sobrepeso e obesidade (MARTIN et al., 2019). Em estudo prévio realizado em indivíduos com tumor urotelial, constatou-se que após três ciclos de quimioterapia neoadjuvante os pacientes apresentaram redução da massa magra e aumento da massa gorda. Tal fato . Destaca-se que a avaliação da sarcopenia, antes e após a quimioterapia, consegue predizer os eventos adversos relacionados com a quimioterapia neoadjuvante em pacientes com tumores de esôfago (ISHIDA et al., 2019). Em estudo recente, que avaliou os efeitos da composição corporal, o estado nutricional e a capacidade funcional na predição de ocorrência de toxicidade em pacientes com tumores gastrintestinais durante o tratamento quimioterápico, observou-se que indivíduos com sarcopenia e caquexia apresentaram maior frequência de toxicidade dose-limitante (DA ROCHA et al., 2019). Desse modo, a avaliação do estado nutricional, incluindo a massa magra e o tecido adiposo, é importante para o diagnóstico nutricional no paciente com câncer em tratamento clínico. Os estudos, em geral, avaliaram a medida anatômica da massa muscular esquelética habitualmente por meio da tomografia computadorizada, sendo esta um exame de conveniência, o que dificulta seu uso na prática clínica. O ângulo de fase, analisado por meio da bioimpedância elétrica, vem sendo estudado na avaliação desses pacientes, por permitir repetições sem exposição do indivíduo à radiação. Assim, pode ser utilizado para acompanhamento do paciente em diferentes momentos (OFLAZOGLU et al., 2019). Em estudo realizado em pessoas criticamente doentes com câncer, o ângulo de fase foi um fator prognóstico para sobrevida e tempo de internação (DO AMARAL PAES et al., 2018). Souza et al. (2018) avaliaram 195 pacientes com câncer colorretal para determinar a associação do estado nutricional, da composição corporal e de parâmetros clínicos à sarcopenia, avaliada por tomografia computadorizada e redução da força muscular e/ou performance física. Concluíram que o í

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A perda de massa magra associada à redução da força de preensão palmar é definida como sarcopenia em pacientes geriátricos (CRUZ-JENTOFT et al., 2019). Em pacientes com câncer, a sarcopenia refere-se à baixa massa magra associada a desfechos negativos, como complicações no tratamento clínico e ocorrência de óbito. A sarcopenia pode se desenvolver mesmo na ausência de perda de peso e perda de tecido adiposo, não sendo observada em pacientes com sobrepeso e obesidade (MARTIN et al., 2019). A avaliação da sarcopenia, antes e após a quimioterapia, consegue predizer os eventos adversos relacionados com a quimioterapia neoadjuvante em pacientes com tumores de esôfago (ISHIDA et al., 2019). A avaliação do estado nutricional, incluindo a massa magra e o tecido adiposo, é importante para o diagnóstico nutricional no paciente com câncer em tratamento clínico. O ângulo de fase, analisado por meio da bioimpedância elétrica, vem sendo estudado na avaliação desses pacientes, por permitir repetições sem exposição do indivíduo à radiação.

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Quais são os recursos que podem ser utilizados para a avaliação nutricional da criança e do adolescente em cuidados paliativos?

A ASG-PPP compreende uma abordagem multimodal, que não apenas identifica o risco nutricional. Ela também contempla dados sobre o estado nutricional, o que permite o monitoramento subsequente, podendo ser facilmente preenchida pelos pacientes ou por profissionais treinados (JAGER-WITTENAAR; OTTERY, 2017). Estudos confirmaram com consistência alta sensibilidade e especificidade, além da capacidade de prever a redução de sobrevida (ABBOTT et al., 2016; MARTIN et al., 2019). Também se recomenda a avaliação rotineira/diária da ingestão alimentar, da alteração do peso corporal e do IMC (ARENDS et al., 2017a). O monitoramento da ingestão alimentar diária deve ser realizado, considerando métodos quantitativos e/ou qualitativos fundamentados na redução nas duas últimas semanas, para que déficits calóricos, ao longo do tempo, sejam evitados, bem como o grau de depleção das reservas corporais (MARTIN et al., 2015). Igualmente importante é a perda de peso corporal com relação ao habitual (risco elevado para perda > 5% em um mês, 7,5% em três meses e > 10% em seis meses), o que pode piorar significativamente o prognóstico do paciente e a taxa de sobrevida (SEALY et al., 2016). Outra avaliação nutricional, diretamente relacionada com a condição muscular, também deve ser incluída na prática clínica de cuidados com o paciente oncológico (BAUER et al., 2019). Trata-se da sarcopenia, que apresenta grande relevância nos desfechos clínicos, como o aumento de risco de toxicidade dose-limitante durante a quimioterapia e ocorrência de óbito (ANANDAVADIVELAN et al., 2016; ISHIDA et al., 2019). Com base no texto, é correto afirmar que:
A ASG-PPP identifica apenas o risco nutricional, não contemplando dados sobre o estado nutricional.
A perda de peso corporal com relação ao habitual não tem impacto significativo no prognóstico do paciente.
A avaliação da ingestão alimentar diária não é relevante para a avaliação nutricional do paciente com câncer.
a) Apenas a afirmativa I está correta.
b) Apenas a afirmativa II está correta.
c) Apenas a afirmativa III está correta.
d) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
e) Apenas as afirmativas II e III estão corretas.

De acordo com Arends et al. (2006), a triagem e a avaliação da condição nutricional devem ser realizadas dentro das primeiras 48 horas da admissão, seguidas de reavaliações semanais. Ambulatorialmente, os pacientes sem risco nutricional devem ser reavaliados em até 30 dias e os que apresentam risco nutricional, em até 15 dias. Todos os dados da triagem e da avaliação do paciente oncológico em quimio e radioterapia devem ser registrados no prontuário.

Para a avaliação nutricional do paciente oncológico idoso, pode-se citar também a Miniavaliação Nutricional (MAN), ferramenta indicada, validada e recomendada para a avaliação do estado nutricional de idosos que identifica, de maneira simples e direta, o risco nutricional e a desnutrição (BOZZETTI, 2015).

Nos pacientes em risco nutricional ou desnutridos, a avaliação mais detalhada por meio de outros parâmetros, como exame físico (observação do estado geral, sinais de deficiência da cavidade oral e má dentição), antropométrico, bioquímico e dietético, é necessária para confirmar a presença ou não de deterioração nutricional (MUSSOI, 2014).

Por que a triagem e a avaliação nutricional precoce são fundamentais para pacientes antes e durante o TCTH?

Quais são as recomendações das diretrizes da Espen 2017 e da Braspen 2019 para triagem e avaliação nutricional de pacientes com câncer e TCTH?

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