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Paciente do sexo feminino, 4 anos de idade, desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM) inicial normal, há 3 semanas começou a apresentar alteração comp...

Paciente do sexo feminino, 4 anos de idade, desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM) inicial normal, há 3 semanas começou a apresentar alteração comportamental com irritabilidade e agressividade. Há 1 semana iniciou com crises epiléticas do tipo focal motora e tônico-clônicas generalizadas. Há 3 dias iniciou com movimentos involuntários com características coreiformes, afetando face e membros superiores. A Ressonância Magnética do crânio mostrou-se normal e o exame de líquor céfalo-raquidiano (LCR) indicou presença de pleocitose discreta (11 leucócitos/mm³), com predomínio linfomonocitário, proteína e glicorraquias normais. A conduta frente a esse caso é:

A Investigar neoplasia oculta, especialmente neuroblastoma, e iniciar imunoglobulina endovenosa
B Colher LCR novamente para realizar pesquisa de varicela zoster e iniciar tratamento antirretroviral
C Rastrear tuberculose no paciente e em contactuantes próximos, e iniciar tratamento para tuberculose
D Solicitar anticorpos associados à encefalite autoimune no sangue e no LCR, e iniciar imediatamente tratamento imunossupressor
E Trata-se de Coréia de Sydenham, quadro auto-limitado, não sendo necessário tratamento e investigação

Essa pergunta também está no material:

Doenças Imunológicas do Sistema Nervoso
32 pág.

Medicina Universidade Nove de JulhoUniversidade Nove de Julho

💡 1 Resposta

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Diante do quadro clínico apresentado, a conduta mais adequada é a alternativa D: Solicitar anticorpos associados à encefalite autoimune no sangue e no LCR, e iniciar imediatamente tratamento imunossupressor. As alterações comportamentais, as crises epiléticas e os movimentos involuntários com características coreiformes sugerem um quadro de encefalite autoimune, que é uma inflamação do cérebro causada por uma resposta imunológica anormal do próprio organismo. A presença de pleocitose discreta no LCR com predomínio linfomonocitário também é sugestiva de encefalite autoimune. O tratamento imunossupressor é necessário para controlar a inflamação e evitar danos cerebrais permanentes. A investigação de neoplasia oculta, tuberculose e varicela zoster pode ser realizada posteriormente, se necessário.

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