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Entre os que fazem o diagnóstico, quase sempre tratam mal, equivocadamente usando benzodiazepínicos ou antidepressivos, mas em dosagens inadequadas...

Entre os que fazem o diagnóstico, quase sempre tratam mal, equivocadamente usando benzodiazepínicos ou antidepressivos, mas em dosagens inadequadas. O número de depressões está aumentando, não só em números absolutos, mas também em números relativos a outras épocas. Potencialmente, em todos os quadros de patologia mental existe, subjacente, alguma forma de piso depressivo. As atuais condições competitivas para conseguir um lugar ao sol propiciam o surgimento maior de sensação de fracasso pessoal, o que afeta severamente a autoestima, favorecendo a eclosão de quadros depressivos. É grande o número de “depressões subclínicas”, estados depressivos que não se manifestam de forma evidente, mas, sim, por meio de traços mais inaparentes, como: um estado de continuada apatia; ou podendo se revelar por meio de manifestações equivalentes, como a de uma “hipocondria”, alcoolismo ou transtornos alimentares. OMS: Aumento de 25% da ansiedade e depressão global no primeiro ano da pandemia de COVID-19. Múltiplos fatores: estresse, isolamento social, restrições ao trabalho e preocupações financeiras. Jovens, mulheres e pessoas com condições de saúde física pré-existentes foram especialmente afetados. Isso levou 90% dos países a incluir saúde mental em seus planos de resposta à pandemia, mas há preocupações quanto à disponibilidade e lacunas nos serviços. A OMS e os países têm reconhecido a importância da saúde mental e estão trabalhando para fornecer apoio, incluindo recursos e serviços digitais. Tipos de depressão: Atípica: “Depressão Neurótica” ou “Depressão Reativa”- seu perfil resulta de alguma forma de crise existencial, por razões internas ou externa. Habitualmente, não respondem bem à medicação. Distímica: essa denominação corresponde à depressão, que comumente era chamada por “crônica.” Endógena: resultam de causas orgânicas com sintomatologia típicas, adquirindo características “unipolares” (sintomas apenas depressivos) ou “bipolares (sintomas tanto depressivo como maníaca), Podem ser desencadeados por fatores ambientais, assemelhando-se qualitativamente à depressão atípica. Diagnóstico diferencial: É necessário estabelecer uma diferença entre a “depressão propriamente dita” e outros estados mentais que apresentam manifestações clínicas semelhantes, porém que, na sua essência, trata-se de situações bastante distintas. Tristeza: indica um estado de humor afetivo que pode estar presente, ou não, na depressão. Luto: corresponde a um período necessário para a elaboração da perda de um objeto amado, que foi introjetado no ego sem maiores conflitos. Melancolia: introjeção do objeto perdido, por morte, abandono etc. processou-se de forma muito conflitada. Posição depressiva: estado mental que o paciente adquire no decurso da análise que, embora penoso, é positivo porque denota que ele está integrando os aspectos dissociados de sua personalidade, adquirindo condições para sentir gratidão e reconhecer sua parte de responsabilidade e de eventuais culpas. Depleção: refere-se à existência de faltas, vazios existências, que estão a espera para serem preenchidos. Desmoralização: estados mentais, nos quais existe uma auto-estima baixa, com sensações de fracasso e de humilhação. Causas depressão endógena: Causas Endógenas – Orgânicas. Neurobiológicas: Sistema Límbico, hipotálamo e ao núcleo amigdalino. Distúrbio de neurotransmissores que causam sintomas de desesperança, tristeza e apatia. Fatores Hereditários: pessoas que têm um familiar do 1º grau com depressão possuem uma chance maior de desenvolver o quadro. Alterações hormonais: A glândula tireoide, quando não funciona de forma adequada, pode causar a depressão endógena. Sintomas da depressão endógena: Os sintomas variam de grau, desde formas leves até manifestações mais graves, às vezes com “psicóticos delírios de ruína”, preocupando todos, com alto risco de suicídio. Sentimentos culposos sem causa definida. Exacerbada intolerância a perdas e frustrações. Alto nível de exigências consigo próprio e extrema submissão ao julgamento dos outros. Baixa-autoestima e auto-denegrimento; Sentimento de perda de amor por parte dos outros; Sensação de ser um fracasso e que nada mais vale. Permanente estado de que existe um desejo que jamais será alcançado. Manejo clínico depressão endógena: Psicofármacos: Em relação às depressões endógenas, as melhoras obtidas pelo uso dos modernos recursos psicofarmacológicos são relevantes. A depressão endógena é uma condição que ocorre devido a uma disfunção química no cérebro sem uma situação de estresse aparente. O tratamento mais eficaz é geralmente uma combinação de medicação antidepressiva e psicoterapia. Um aspecto prático que cabe ressaltar é o de que o analisando e o analista aprendam a reconhecer e a discriminar as diferenças clínicas constantes de sinais e sintomas típicos e específicos entre essas depressões e os estados depressivos de outra natureza. Uma situação clinicamente difícil é quando existe uma ansiedade crônica em um paciente deprimido, o que acontece com relativa frequência no transtorno depressivo maior (TDM). SLIDES: Seminário 3 - Depressão Anaclítica - Depressão por Perda. Depressão Anaclítica. Em 1914, Freud (p. 107) estudou dois tipos de escolhas de relacionamento: a "escolha narcisista do objeto", onde uma pessoa busca alguém que se assemelha a si mesma, e a "escolha anaclítica", na qual a pessoa procura alguém para preencher um vazio emocional que remete à relação com a mãe na infância. Na década de 1950, Spitz conduziu estudos sobre o que ele chamou de "depressão anaclítica". Ele observou bebês que, quando separados de suas mães entre o sexto e o oitavo mês de vida, manifestavam sintomas muito parecidos com os sintomas que estamos acostumados a ver em adultos com depressão. Em outras palavras, ele notou que bebês que experimentavam essa separação precoce demonstravam sinais de tristeza e sofrimento semelhantes aos da depressão em adultos. Bowlby (1969, p.211), um psicanalista inglês, descreveu o conceito de apego ("attachment"), o qual se concentra na importância do vínculo emocional entre a mãe e o bebê, que existe desde o início, independentemente de outras necessidades, como por exemplo, alimentação. Ele observou que bebês que foram privados precocemente de suas mães passam por três fases: a) protesto (protestam, choram e procuram a mãe perdida); b) desesperança (experimentam desesperança, onde se cansam de esperar); c) retraimento (ocorre o retraimento, marcado pela desconexão emocional, semelhante à indiferença e falta de autoestima na depressão em adultos). Sendo assim, é notável que possamos encontrar semelhanças entre o que Spitz chamou de "hospitalismo," a ideia de "desapego" de Bowlby e a "síndrome de adaptação ao estresse" de Selye. Todos esses conceitos abordam como as pessoas reagem a situações, seja do ponto de vista psicológico, emocional ou fisiológico. Desta forma, a depressão anaclítica, também chamada de "depressão essencial," é um estado grave em que a pessoa perde todo interesse e investimento em objetivos e ideias. É uma forma intensa de depressão que pode levar a pensamentos suicidas devido à falta de interesse em viver. Portanto, a depressão anaclítica envolve uma busca por alguém que possa oferecer cuidado e afeto semelhantes aos que foram experimentados na relação com a mãe na primeira infância. Depressão por Perdas. Embora o termo “perda” seja abrangente e genérico, considera-se a sua especificação em três níveis: a) Perda de objetos necessitados (e, ambivalentemente, amados e odiados

Essa pergunta também está no material:

NP2 REVISÃO AULAS E SEMINÁRIOS (1)
38 pág.

Psicologia Universidade PaulistaUniversidade Paulista

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