Em sua obra acerca da lógica do razoável, o jurista Luís Siches sugeriu um esquema com situações que podem se apresentar a um magistrado em seu cot...
Em sua obra acerca da lógica do razoável, o jurista Luís Siches sugeriu um esquema com situações que podem se apresentar a um magistrado em seu cotidiano. Entre tais situações, teríamos: I-Existe, aparentemente, uma norma vigente, aplicável a um caso em julgamento, de modo a produzir uma solução satisfatória. Nesta situação, o magistrado não realiza quaisquer juízos axiológicos, uma vez que a norma em seu sentido abstrato e geral naturalmente alcança a significação concreta do caso em análise. II-No caso de dúvida sobre a aplicação de normas de mesma hierarquia, mas de conteúdo diferente, o magistrado deve escolher aquela que conduza a uma solução que, de acordo com sua valoração, melhor alcance o sentido de justiça. III-O magistrado não deve se colocar nunca em contingência de lacuna, mesmo quando percebe que a aplicação da norma a um caso concreto pode gerar efeitos diversos ao que a mesma norma propõe ou que teria pretendido o legislador no processo de sua elaboração. Acerca das situações, são feitas as seguintes afirmativas:
A situação II está de acordo com o que se considera como razoável. A situação I está de acordo com o que se considera como razoável. As situações II e III estão de acordo com o que se considera como razoável.
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