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DE PERSONALIDADE LIMÍTROFE (TPL) O transtorno de personalidade limítrofe é caracterizado por um padrão generalizado de instabilidade em relacioname...

DE PERSONALIDADE LIMÍTROFE (TPL) O transtorno de personalidade limítrofe é caracterizado por um padrão generalizado de instabilidade em relacionamentos, autoimagem, humor e comportamento, bem como hipersensibilidade à possibilidade de rejeição e abandono. A pessoa com transtorno de personalidade limítrofe teme ser rejeitada e abandonada, em parte porque ela não quer ficar sozinha. O médico diagnostica o transtorno de personalidade limítrofe tomando por base sintomas específicos, incluindo mudanças frequentes em relacionamentos, autoimagem e de humor, bem como comportamento destrutivo e impulsivo. A psicoterapia pode reduzir comportamentos suicidas, ajudar a aliviar a depressão e ajudar pessoas com esse transtorno a ter um melhor funcionamento, mas às vezes medicamentos são usados para amenizar os sintomas. Os transtornos de personalidade são padrões persistentes e generalizados no modo de pensar, perceber, reagir e se relacionar que causam sofrimento significativo à pessoa e/ou prejudicam sua capacidade funcional. A pessoa com transtorno de personalidade limítrofe geralmente tem dificuldade em ficar sozinha e pode recorrer a ações autodestrutivas para conseguir lidar com o fato de que está sozinha ou para evitar que isso ocorra. Ela realiza esforços frenéticos para evitar o abandono, incluindo criar crises. Por exemplo, a pessoa pode cometer uma tentativa de suicídio para conseguir comunicar sua angústia e fazer com que outras pessoas a resgatem e cuidem dela. As estimativas relacionadas à frequência do transtorno de personalidade limítrofe variam. É provável que ele ocorra entre 2% a quase 6% da população geral dos Estados Unidos. Ele é diagnosticado com mais com frequência em mulheres que em homens. Os sintomas tendem a amenizar na maioria das pessoas com o passar do tempo. Com frequência, outros transtornos ocorrem concomitantemente. Incluem Depressão Transtornos de ansiedade (como síndrome do pânico) Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) Transtornos alimentares Transtornos por uso de substâncias Causas do TPL Fatores genéticos e ambientais podem contribuir para o desenvolvimento do transtorno de personalidade limítrofe. Determinadas pessoas podem ter uma tendência genética para reagir mal aos problemas da vida, o que torna a pessoa mais propensa a desenvolver o transtorno de personalidade limítrofe, bem como outros transtornos mentais. Além disso, o transtorno de personalidade limítrofe tende a ser um mal de família, o que sugere ainda mais que essa tendência pode ser parcialmente hereditária. Parentes de primeiro grau de pessoas com transtorno de personalidade limítrofe são cinco vezes mais propensos a ter a doença do que a população em geral. Estresses durante a primeira infância podem contribuir para o desenvolvimento do transtorno de personalidade limítrofe. Muitas pessoas com transtorno de personalidade limítrofe sofreram abuso físico ou sexual, separação dos cuidadores e/ou perderam o pai ou mãe quando ainda eram crianças. A insegurança do vínculo com os cuidadores contribui para os sintomas de transtorno de personalidade limítrofe. Sintomas do TPL A pessoa com transtorno de personalidade limítrofe com frequência dá impressão de estar mais estável que a maneira que ela se sente por dentro. Medo de abandono A pessoa com transtorno de personalidade limítrofe teme ser abandonada, em parte porque ela não quer ficar sozinha. Às vezes, ela sente que absolutamente não existe, frequentemente quando não tem alguém que se preocupe com ela. A pessoa com frequência sente um vazio por dentro. Quando a pessoa com este transtorno sente que está prestes a ser abandonada, ela normalmente fica temerosa e com raiva. Por exemplo, ela pode ficar em pânico ou furiosa quando alguém importante para ela está alguns minutos atrasado ou cancela um compromisso. A pessoa presume que esses atos representam o que aquela pessoa sente sobre ela, em vez de pensar que foram causados por circunstâncias distintas. Ela pode acreditar que um compromisso cancelado significa que ela está sendo rejeitada pela outra pessoa e que ela é uma má pessoa. A intensidade da reação reflete o grau de sensibilidade à rejeição. A pessoa com transtorno de personalidade limítrofe pode sentir empatia e cuidar de outra pessoa, mas somente se ela achar que essa outra pessoa estará disponível para ela sempre que necessário. Embora a pessoa queira ter relacionamentos íntimos e cuidar de outras pessoas, ela tem dificuldade em dar continuidade a relacionamentos estáveis. A pessoa tende a ter expectativas muito altas sobre como a pessoa com quem ela sente intimidade deve agir e os sentimentos sobre um relacionamento podem variar de modo rápido e intenso. Raiva A pessoa com transtorno de personalidade limítrofe tem dificuldade de controlar sua raiva e, muitas vezes, sente raiva intensa e não justificada. Ela pode expressar sua raiva com sarcasmo cortante, amargura ou ataques de raiva. Essa raiva com frequência é direcionada a amigos íntimos, parceiros românticos, familiares e, às vezes, médicos, porque a pessoa se sente negligenciada ou abandonada. Após a explosão, a pessoa com frequência sente vergonha e culpa, reforçando seus sentimentos de que ela é uma má pessoa. Instabilidade A pessoa com transtorno de personalidade limítrofe tende a mudar abrupta e drasticamente sua opinião sobre os outros. Por exemplo, ela pode idealizar uma pessoa no início do relacionamento, passar muito tempo juntos e compartilhar tudo. De repente, ela pode achar que aquela pessoa não se importa o suficiente, e fica desiludida. Então, ela pode desprezar ou sentir raiva da pessoa. Ela pode ficar carente em um minuto e se sentir justificadamente com raiva sobre ser maltratada logo em seguida. A postura da pessoa varia dependendo da percepção que ela tem sobre a disponibilidade e o apoio de outras pessoas. Quando a pessoa se sente apoiada, ela pode ficar vulnerável e carente e, quando se sente ameaçada ou decepcionada, ela pode ficar com raiva e desvalorizar as outras pessoas. A pessoa com transtorno de personalidade limítrofe pode também mudar abrupta e drasticamente sua autoimagem, mostrado por uma mudança súbita dos seus objetivos, valores, opiniões, carreiras ou amigos. As alterações de humor costumam durar apenas algumas horas e raramente duram mais do que alguns dias. Essas alterações de humor podem ocorrer, porque a pessoa com esse transtorno é extremamente sensível a sinais de rejeição ou crítica em seus relacionamentos. Comportamento impulsivo e automutilação Muitas pessoas com transtorno de personalidade limítrofe agem impulsivamente, o que com frequência resulta em automutilação. Elas podem apostar em jogos de azar, praticar sexo inseguro, alimentar-se compulsivamente, dirigir de forma imprudente, ter problemas com uso de substâncias ou gastar excessivamente. Comportamentos suicidas, incluindo tentativas e ameaças de suicídio e automutilação (por exemplo, se cortar ou se queimar) são muito comuns. Embora muitos desses atos autodestrutivos não visem acabar com a vida, o risco de suicídio nessas pessoas é 40 vezes maior do que na população em geral. Entre 8% e 10% das pessoas com o transtorno de personalidade limítrofe morrem por suicídio. Esses atos autodestrutivos são geralmente desencadeados pela rejeição, sensação de abandono ou decepção com alguém com quem a pessoa tem um relacionamento próximo. Além disso

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PERSONALIDADE
45 pág.

Psiquiatria I Universidade Estácio de SáUniversidade Estácio de Sá

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