Buscar

PERSONALIDADE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 45 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 45 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 45 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE
 Os transtornos de personalidade são padrões persistentes e generalizados no modo de pensar, perceber, reagir e se relacionar que causam sofrimento significativo à pessoa e/ou prejudicam sua capacidade funcional.
· Existem dez tipos de transtorno de personalidade e cada qual apresenta problemas característicos de autoimagem e maneiras de reagir aos outros e a eventos estressantes.
· Os sintomas são diferentes dependendo do tipo de transtorno de personalidade, mas em geral, a pessoa tem dificuldade em se relacionar com os outros e de lidar com o estresse e/ou tem uma autoimagem que varia dependendo da situação e que é diferente da impressão que os outros têm dela.
· O médico considera fazer um diagnóstico de transtorno de personalidade quando a pessoa persistentemente vê a si mesma e aos outros de maneiras que não condizem com a realidade ou quando ela continua a agir de modos que frequentemente têm consequências negativas.
· Os medicamentos que são receitados para tratar transtornos de personalidade não costumam alterar esses transtornos mas ajudam a reduzir os sintomas angustiantes.
· A psicoterapia pode ajudar a pessoa a se conscientizar de sua participação na criação dos seus problemas e ajudá-la a modificar o comportamento socialmente indesejável.
Traços de personalidade representam padrões de pensamento, percepção, reação e relação que são relativamente estáveis ao longo do tempo. Por exemplo, algumas pessoas tendem a ser melancólicas e retraídas. Outras tendem a ser extrovertidas e sociáveis.
Transtornos de personalidade existem quando os traços de personalidade se tornam tão pronunciados, rígidos e desadaptados, que a pessoa tem problemas no trabalho, na escola e/ou em lidar com outras pessoas. Essas desadaptações sociais podem causar angústia significativa em pessoas com transtornos de personalidade e naquelas ao seu redor. A maioria das pessoas cujos traços de personalidade são ineficazes ou geram consequências negativas tentam mudar seus padrões de resposta. Em comparação, a pessoa com transtorno de personalidade não altera seus padrões de reação, mesmo quando esses padrões se mostram repetidamente ineficazes e as consequências são negativas. Esses padrões são chamados de mal adaptativos porque a pessoa não se ajusta (adapta) às exigências das circunstâncias. Padrões mal adaptativos variam em gravidade e duração.
Existem 10 tipos de transtornos de personalidade de acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 5ª Edição (DSM-5), publicado pela Associação Americana de Psiquiatria.
Aproximadamente 10% das pessoas têm um transtorno de personalidade. Esses transtornos em geral afetam igualmente homens e mulheres, embora alguns tipos do transtorno de personalidade afetem mais um sexo do que o outro. Por exemplo, o transtorno de personalidade antissocial é seis vezes mais comum em homens.
Para a maioria das pessoas com transtorno de personalidade, esse transtorno causa problemas moderados e ameniza com o passar do tempo. Contudo, algumas pessoas apresentam problemas sociais e psicológicos graves que persistem por toda a vida.
Os transtornos de personalidade geralmente têm início durante o final da adolescência ou no início da idade adulta, mas eles podem surgir antes disso (na infância). A duração desses transtornos varia muito. Alguns tipos de transtornos de personalidade (por exemplo, antissocial ou limítrofe) tendem a melhorar ou desaparecer com o avanço da idade. Já em outros (por exemplo, o obsessivo-compulsivo ou o esquizotípico), é menos provável que isso aconteça. Em algumas pessoas, é possível que os sintomas continuem, porém eles são menos intensos.
Muitas pessoas com transtorno de personalidade também têm um ou mais dos transtornos a seguir:
· Um transtorno depressivo ou um transtorno bipolar ou relacionado ao bipolar
· Um transtorno de ansiedade
· Transtorno de sintomas somáticos
· Um transtorno de uso de substâncias
· Um transtorno alimentar
Ter um transtorno de personalidade acompanhado por um dos transtornos acima faz com que a pessoa tenha menos propensão a apresentar resposta ao tratamento para qualquer dos dois transtornos, piorando, assim, seu prognóstico.
Causas de transtornos de personalidade
Transtornos de personalidade resultam da interação dos genes com o ambiente. Ou seja, algumas pessoas nascem com uma tendência genética para o transtorno de personalidade e essa tendência pode ser, então, inibida ou ampliada por fatores ambientais. Normalmente, os genes e o ambiente contribuem quase igualmente para o desenvolvimento dos transtornos de personalidade.
Tipos de transtornos de personalidade
Os dez transtornos de personalidade podem ser divididos em três grupos (A, B e C). Os tipos de cada grupo compartilham determinados traços de personalidade básicos, mas cada transtorno tem suas próprias características.
O grupo A é caracterizado por parecer estranho ou excêntrico. Ele inclui os seguintes transtornos de personalidade, cada um com suas características distintivas:
· Paranoide: desconfiança e suspeita
· Esquizoide: desinteresse em outras pessoas
· Esquizotípico: ideias e comportamentos estranhos ou excêntricos
O grupo B é caracterizado por parecer dramático, emocional ou errático. Ele inclui os seguintes transtornos de personalidade, cada um com suas características distintivas:
· Antissocial: irresponsabilidade social, desrespeito por outros, falsidade e manipulação dos outros para ganho pessoal
· Limítrofe: Vazio interno, medo de abandono em relacionamentos, relacionamentos instáveis, dificuldade de controlar as emoções e comportamento impulsivo
· Histriônico: busca atenção e comportamento dramático
· Narcisista: Necessidade de ser admirado, falta de empatia e uma opinião exagerada sobre o próprio valor (a denominada grandiosidade)
O grupo C é caracterizado por parecer ansioso ou apreensivo. Ele inclui os seguintes transtornos de personalidade, cada um com suas características distintivas:
· Esquiva: evita contato interpessoal devido ao medo de rejeição
· Dependente: submissão e dependência (devido à necessidade de ser cuidado)
· Obsessivo-compulsiva: perfeccionismo, rigidez e obstinação
Sintomas de transtornos de personalidade
Transtornos de personalidade englobam principalmente problemas com
· Identidade e senso de si mesmo: A pessoa com um transtorno de personalidade não tem uma imagem clara ou estável de si mesma. Ou seja, a maneira como ela se vê muda dependendo da situação e das pessoas com quem ela está. Por exemplo, ela pode alternar entre se achar uma pessoa má ou boa. Ou ela pode ser inconsistente quanto aos seus valores e objetivos. Por exemplo, ela pode ser profundamente religiosa quando está na igreja, mas irreverente e desrespeitosa em outros lugares. A sua autoestima pode ser irregularmente alta ou baixa.
· Relacionamentos: A pessoa com transtorno de personalidade tem dificuldade de formar relacionamentos íntimos e estáveis com outros. Ela pode ser insensível às outras pessoas, emocionalmente distante ou não ter empatia.
A pessoa com transtorno de personalidade com frequência dá a impressão de ser inconsistente, confusa e frustrante para a família e outras pessoas ao seu redor, incluindo médicos. Seu estilo de criação dos filhos pode ser inconsistente, distante, excessivamente emocional, abusivo ou irresponsável, o que às vezes causa problemas físicos e/ou mentais nos filhos.
Pessoas com um transtorno de personalidade podem ter dificuldade em entender quais são as maneiras plausíveis, seguras e aceitáveis de tratar outras pessoas e comportar-se ao redor delas.
A pessoa com um transtorno de personalidade pode não ter ciência de sua própria participação em criar seus problemas.
Você sabia que...
	· É possível que pessoas com transtornos de personalidade não achem que há algo errado com seu modo de pensar ou comportamento.
Diagnóstico de transtornos de personalidade
· A avaliação do médico, tomando por base critérios específicos
O médico faz um diagnóstico de um transtorno de personalidade específico tomandopor base listas de traços de personalidade (critérios) descritas para cada transtorno no DSM-5.
Algumas pessoas com um transtorno de personalidade ficam angustiadas com seu próprio comportamento e ativamente buscam tratamento. Outras pessoas não conseguem reconhecer que há um problema com seu próprio comportamento. Por isso, a pessoa tende a não procurar ajuda por si mesma. Pelo contrário, é possível que elas sejam encaminhadas por amigos, familiares ou um assistente social se o seu comportamento estiver causando dificuldades às outras pessoas.
Quando uma pessoa com transtorno de personalidade procura ajuda, em geral ela procura ajuda com sintomas como ansiedade, depressão ou abuso de substâncias, ou para os problemas criados pelo seu transtorno de personalidade, como divórcio, desemprego ou solidão, e não devido ao próprio transtorno. Quando a pessoa relata esses sintomas ou problemas, o médico geralmente faz perguntas para determinar se um transtorno de personalidade pode estar envolvido. Por exemplo, o médico pergunta como a pessoa vê a si mesma e aos outros e o que ela faz quando as pessoas reagem negativamente ao seu comportamento. Os transtornos de personalidade são pouco diagnosticados, pois às vezes os médicos se concentram nos sintomas de ansiedade ou depressão, que podem se sobrepor às características de eventuais transtornos de personalidade primários.
O médico suspeita de um transtorno de personalidade se a pessoa
· Continua a ter uma opinião sobre si própria ou sobre outras pessoas de maneiras que não correspondem à realidade
· Descreve um padrão inadequado de pensamentos ou comportamento que ela não muda apesar das consequências negativas desse comportamento
· Seu comportamento e/ou suas consequências lhe causam angústia, ou não ela não consegue funcionar adequadamente devido ao seu comportamento
Os pensamentos e comportamentos indevidos podem englobar a opinião e o entendimento que a pessoa tem sobre si mesma e sobre outros, de que maneira a pessoa interage com outros e/ou qual o grau de controle que a pessoa tem sobre seus próprios impulsos. Esses pensamentos e comportamentos são considerados um transtorno apenas se eles forem persistentes (não ocorrem apenas de vez em quando) e a pessoa continua a tê-los, mesmo quando eles causam à pessoa angústia ou dificuldades na vida diária. Além disso, os pensamentos e comportamentos precisam ter começado durante a adolescência ou no início da idade adulta, e não em uma idade mais avançada.
Para ajudar a confirmar o diagnóstico, o médico pode conversar com amigos e membros da família da pessoa para obter mais informações. Sem esse auxílio, tanto o médico quanto a pessoa podem ficar sem conhecimento do papel da pessoa na criação dos problemas.
Tratamento de transtornos de personalidade
· Psicoterapia
O tratamento dos transtornos de personalidade consiste em psicoterapia, que inclui psicoterapia individual e terapia em grupo. A terapia tem mais probabilidade de ser eficaz quando a pessoa procura tratamento e é incentivada a mudar.
Medicamentos podem ajudar a aliviar os sintomas do transtorno, como depressão e ansiedade, e podem ajudar a controlar determinados traços de personalidade, como a agressão. No entanto, os medicamentos não conseguem curar um transtorno de personalidade.
Os transtornos de personalidade podem ser particularmente difíceis de tratar, por isso, é importante escolher um terapeuta com experiência e sem preconceitos, que consiga entender a autoimagem, as áreas de sensibilidade e as maneiras que a pessoa costuma usar para lidar com problemas.
Princípios gerais do tratamento
Ainda que os tratamentos variem de acordo com o tipo de transtorno de personalidade, os tratamentos geralmente buscam
· Reduzir a angústia
· Ajudar a pessoa a entender que os seus problemas são internos (e não causados por outras pessoas ou situações)
· Diminuir o comportamento mal adaptativo e socialmente indesejável
· Modificar os traços de personalidade que estão causando dificuldades
O primeiro objetivo do tratamento é reduzir a angústia imediata, como a ansiedade e a depressão. Reduzir a angústia facilita o tratamento do transtorno de personalidade. Inicialmente, o terapeuta ajuda a pessoa a identificar o que está causando a angústia. Ele busca, então, maneiras de aliviá-la. O terapeuta oferece estratégias para ajudar a pessoa a sair de situações ou relacionamentos extremamente angustiantes (uma terapia denominada apoio psicossocial). Essas estratégias podem incluir cuidado e apoio por pessoas da família, amigos, vizinhos, profissionais de saúde ou outras pessoas. Medicamentos para ansiedade ou depressão podem ajudar a aliviar esses sintomas. Quando são usados medicamentos, idealmente eles são administrados em pequenas doses e por tempo limitado.
Ajudar a pessoa a entender que os problemas que ela tem são internos é crucial, porque as pessoas com transtorno de personalidade podem não ver que há um problema com seu próprio comportamento. O médico tenta ajudar a pessoa a entender quando seu comportamento é indevido e tem consequências prejudiciais. Ao estabelecer uma relação médico-paciente cooperativa e com respeito mútuo, o médico consegue ajudar a pessoa a se tornar mais consciente de si mesma e a reconhecer seu comportamento social indesejável e inadequado. O médico pode também ajudar a pessoa a perceber que modificar seu comportamento e a opinião que ela tem sobre si mesma e sobre os outros exigirá tempo e esforço.
Comportamentos mal adaptativos e indesejáveis (como irresponsabilidade, isolamento social, falta de assertividade e demonstrações de raiva) devem ser rapidamente tratados para minimizar os impactos negativos na vida profissional e nos relacionamentos pessoais. Às vezes, o médico precisa estabelecer limites de comportamento em seu consultório. Por exemplo, o médico pode dizer à pessoa que gritar e fazer ameaças dificulta a realização de uma sessão. Se o comportamento for extremo, por exemplo, se a pessoa for irresponsável, se isolar socialmente, tiver crises de raiva ou for autodestrutiva, ela pode precisar de tratamento em um hospitaldia ou em uma instituição residencial.
A mudança de comportamento tem mais importância no caso de pessoas com um dos transtornos de personalidade a seguir:
· Limítrofe
· Antissocial
· Esquiva
A terapia de grupo e a modificação comportamental em geral melhoram o comportamento em alguns meses. Grupos de autoajuda e terapia familiar também podem ajudar a modificar um comportamento inadequado. A participação dos familiares é útil e até essencial, pois eles podem atuar de um modo que pode tanto reforçar como reprimir comportamentos ou pensamentos inadequados.
Modificar traços de personalidade problemáticos (como dependência, desconfiança, arrogância e manipulação) leva bastante tempo, normalmente mais de um ano. O principal fator para efetuar essa mudança é
· Psicoterapia individual
A psicoterapia pode ajudar a pessoa a entender como o seu transtorno de personalidade está associado aos seus problemas atuais. Ela também pode ajudar a pessoa a aprender maneiras novas e melhores de interagir e enfrentar. Normalmente, a mudança é gradativa.
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ANTISSOCIAL
O transtorno de personalidade antissocial é caracterizado por um padrão generalizado de descaso com as consequências e com os direitos alheios.
· A pessoa com transtorno de personalidade antissocial vai atrás do que quer sem levar em consideração as consequências para si mesma ou para outros e sem ter nenhum sentimento de remorso ou culpa.
· O médico diagnostica o transtorno de personalidade antissocial tomando por base os sintomas, incluindo o descaso com as consequências e com direitos alheios e agir de maneira fraudulenta e/ou manipuladora para conseguir o que quer.
· O transtorno de personalidade antissocial é difícil de ser tratado, mas a terapia cognitivo-comportamental, a terapia à base de mentalização e determinados medicamentos podem ajudar a reduzir o comportamento agressivo e impulsivo.
Os transtornos de personalidade são padrõespersistentes e generalizados no modo de pensar, perceber, reagir e se relacionar que causam sofrimento significativo à pessoa e/ou prejudicam sua capacidade funcional.
A pessoa com transtorno de personalidade antissocial comete atos ilegais, fraudulentos, exploradores e imprudentes para ganho ou prazer pessoal e sem sentir remorso. Eles podem
· Justificar ou racionalizar seu comportamento (por exemplo, achar que os “perdedores merecem perder”)
· Culpar a vítima por ser tola ou impotente
· Ser indiferente aos efeitos exploradores e prejudiciais de suas ações sobre os outros
· Descaso impiedoso em relação aos direitos e sentimentos alheios e à lei
As estimativas relacionadas à frequência do transtorno de personalidade antissocial variam entre 0,2% (1 em 500) para um pouco mais de 3% da população em geral nos Estados Unidos. Ele é seis vezes mais frequente em homens. O transtorno ocorre com menos frequência em pessoas com idade mais avançada, sugerindo que a pessoa consegue aprender a mudar seu comportamento com o passar do tempo.
Com frequência, outros transtornos ocorrem concomitantemente. Essas doenças incluem
· Um transtorno de uso de substâncias
· Um transtorno de controle dos impulsos
· Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade
· Transtorno de personalidade limítrofe
A maioria das pessoas com transtorno de personalidade antissocial também tem um transtorno por uso de substâncias.
Causas do transtorno de personalidade antissocial
Tanto fatores genéticos como ambientais (como problemas durante a infância) contribuem para o desenvolvimento do transtorno de personalidade antissocial.
O transtorno de personalidade antissocial é mais comum em parentes de primeiro grau (pais, irmãos e filhos) de pessoas com o transtorno do que na população em geral. O risco de desenvolver esse transtorno aumenta tanto em filhos adotivos como biológicos de pais com esse transtorno.
Se a criança apresentar transtorno de conduta acompanhado por transtorno do déficit de atenção com hiperatividade antes dos dez anos de idade, ela terá mais propensão a ter o transtorno de personalidade antissocial na idade adulta. O transtorno de conduta consiste em um padrão repetitivo de comportamento que viola os direitos básicos de terceiros e/ou normas da sociedade que dizem respeito à idade adequada. Há maior probabilidade de o transtorno de conduta evoluir para transtorno de personalidade antissocial quando os pais praticam abuso ou negligência ou são inconsistentes quanto à disciplina ou ao modo pelo qual criam os filhos (por exemplo, alternar entre afetuoso e apoiador para insensível e crítico).
O descaso com a dor alheia na primeira infância tem sido ligado à presença de comportamento antissocial no final da adolescência.
Sintomas do transtorno de personalidade antissocial
Descaso com os outros
A pessoa com transtorno de personalidade antissocial pode expressar seu descaso pelos outros e pela lei ao destruir propriedade, assediando outros ou roubando. Ela pode enganar, explorar, fraudar ou manipular as pessoas para conseguir o que quer, por exemplo, dinheiro, poder, sexo ou gratificação pessoal. Ela pode usar um pseudônimo para realizar seus objetivos.
A pessoa com este transtorno com frequência não sente remorso ou culpa por aquilo que fez. Ela pode explicar suas ações culpando aqueles que ela prejudica (por exemplo, alegando que eles mereciam aquilo) ou a forma como a vida é (por exemplo, pensando que a vida é injusta). Ela está determinada a não se sentir intimidada e faz o que acredita ser melhor para si mesma a qualquer custo; é possível que essa postura seja originada por uma desconfiança generalizada de outras pessoas.
A pessoa com transtorno de personalidade antissocial não tem empatia pelos outros e pode ser desdenhosa ou indiferente aos sentimentos, direitos e sofrimento alheios.
Comportamento Impulsivo (impulsividade)
De modo geral, pessoas com transtorno de personalidade antissocial são impulsivas. A pessoa tem dificuldade em planejar com antecedência e pensar nas consequências para si mesma ou para os outros. Assim, ela pode:
· Trocar de casa, relacionamento ou de emprego de maneira súbita (sem nenhum plano de conseguir outro)
· Dirigir em alta velocidade e dirigir embriagada, às vezes causando acidentes automobilísticos
· Consumir quantidades excessivas de bebidas alcoólicas ou entorpecentes que podem ter efeitos nocivos
· Cometer crimes
Frequentemente, a pessoa com transtorno de personalidade antissocial se irrita facilmente e é fisicamente agressiva, porque ela tem dificuldade em controlar seus impulsos e não considera o efeito que suas ações têm sobre os outros.
Ter uma expectativa de vida menor que a da população em geral.
Irresponsabilidade
Frequentemente, a pessoa com transtorno de personalidade antissocial é social e financeiramente irresponsável. Assim, ela pode:
· Não procurar emprego quando há oportunidades disponíveis
· Não pagar contas ou empréstimos
· Não pagar pensão alimentícia
Outros sintomas
Essas pessoas às vezes têm uma opinião elevada de si mesmas e podem ser muito teimosas, autoconfiantes ou arrogantes. Elas podem ser charmosas, persuasivas e convincentes em seus esforços para conseguir o que querem.
Diagnóstico do transtorno de personalidade antissocial
· A avaliação do médico, tomando por base critérios específicos
O médico faz o diagnóstico do transtorno de personalidade com base nos critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 5ª Edição (DSM-5), publicado pela Associação Americana de Psiquiatria.
Para que o médico diagnostique a pessoa com transtorno de personalidade antissocial, ela precisa persistentemente ter descaso pelos direitos dos outros, indicado por, no mínimo, três dos itens a seguir:
· Descaso com a lei, indicado ao cometer repetidamente atos que são motivo de detenção.
· Ser enganador, indicado por mentir repetidamente, utilizar pseudônimos ou enganar os outros para ganho ou prazer pessoal.
· Agir impulsivamente e não planejar com antecedência.
· Irritar-se facilmente ou agir com agressividade, indicado por envolver-se constantemente em brigas físicas ou agredir a outros.
· Descaso imprudente em relação à própria segurança e/ou à segurança alheia.
· Agir consistentemente de forma irresponsável, indicado por largar um emprego sem planos para outro ou não pagar contas.
· Não sentir remorso, indicado pela indiferença ou justificação em agredir ou maltratar os outros.
O transtorno de personalidade antissocial é diagnosticado apenas em pessoas com 18 anos ou mais.
Tratamento do transtorno de personalidade antissocial
· No caso de alguns sintomas, terapia cognitivo-comportamental, terapia à base de mentalização e determinados medicamentos
O transtorno de personalidade antissocial é muito difícil de tratar. Não há evidência de que qualquer tratamento específico resulte em melhora de longo prazo. Assim, o médico dá enfoque a um objetivo mais imediato, como evitar as consequências legais. Contudo, identificar e tratar crianças com transtorno de conduta assim que possível pode ajudar a amenizar os problemas sociais causados pelo transtorno de personalidade antissocial.
Se a agressão e a impulsividade forem problemas, é possível que a pessoa se beneficie dos seguintes tratamentos:
· Terapia cognitivo-comportamental (um tipo de terapia que se concentra em identificar e mudar padrões de pensamento destrutivos que influenciam o comportamento e as emoções)
· Terapia à base de mentalização (um tipo de psicoterapia que avalia a maneira pela qual os estados mentais influenciam as interações interpessoais)
· Medicamentos usados para estabilizar o humor (por exemplo, lítio e o anticonvulsivante ácido valproico) ou determinados antidepressivos denominados inibidores seletivos de recaptação da serotonina (ISRSs)
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ESQUIVA
O transtorno de personalidade esquiva é caracterizado pela esquiva de situações ou interações sociais que envolvam risco de rejeição, crítica ou humilhação.
· A pessoa com transtorno de personalidade esquiva tem medode ser rejeitada, criticada ou humilhada e, portanto, evita situações em que ela possa vivenciar tais reações.
· O médico diagnostica o transtorno de personalidade esquiva tomando por base sintomas específicos, como evitar situações que englobam contato interpessoal devido ao medo de rejeição ou falta de aprovação ou sentir que é socialmente inepto, desagradável e inferior aos outros.
· Pessoas com esse transtorno podem se beneficiar com terapia cognitivocomportamental, outros tipos de psicoterapia e medicamentos ansiolíticos e antidepressivos.
Os transtornos de personalidade são padrões persistentes e generalizados no modo de pensar, perceber, reagir e se relacionar que causam sofrimento significativo à pessoa e/ou prejudicam sua capacidade funcional.
A pessoa com transtorno de personalidade esquiva sente que é inadequada. A pessoa administra esses sentimentos ao evitar situações nas quais ela possa ser avaliada de maneira negativa.
O transtorno de personalidade esquiva ocorre em mais de 2% da população geral dos Estados Unidos. Ele afeta igualmente homens e mulheres.
Com frequência, outros transtornos ocorrem concomitantemente. Eles incluem um ou mais dos seguintes:
· Transtorno depressivo maior ou transtorno depressivo persistente
· Transtorno obsessivo-compulsivo
· Um transtorno de ansiedade, como a síndrome do pânico, sobretudo a fobia social (transtorno de ansiedade social)
· Outro transtorno de personalidade (por exemplo, dependente ou limítrofe)
Pessoas com fobia social e transtorno de personalidade esquiva têm sintomas mais graves e incapacidade mais significativa que as que têm apenas um dos transtornos.
Causas do transtorno de personalidade esquiva
Fatores genéticos e ambientais podem contribuir para o desenvolvimento do transtorno de personalidade esquiva. Por exemplo, a pessoa pode sentir uma ansiedade inata em situações sociais e/ou é possível que ela vivencie rejeição e marginalização durante a infância. Esquiva em situações sociais foi detectada já em crianças com aproximadamente dois anos de idade.
Sintomas do transtorno de personalidade esquiva
Medo de rejeição
A pessoa com transtorno de personalidade esquiva evita interagir socialmente, incluindo no trabalho, porque ela teme que será criticada ou rejeitada ou não ser aprovada pelos outros. Por exemplo, é possível que ela:
· Recuse uma promoção porque teme que os colegas de trabalho vão criticá-la.
· Evite participar de reuniões.
· Evite fazer novos amigos a menos que tenha certeza de que a pessoa vai gostar dela.
A pessoa com esse transtorno pressupõe que ela será criticada e desaprovada por outros até ter evidência clara e indiscutível provando o contrário. Assim, antes de ingressar em um grupo e formar um relacionamento íntimo, a pessoa com esse transtorno precisa receber repetidamente uma garantia de que ela terá apoio e será aceita sem crítica.
A pessoa com transtorno de personalidade esquiva reluta em falar sobre si mesma, porque teme ser ridicularizada ou humilhada.
A pessoa com esse transtorno sente muita relutância em assumir riscos ou participar de novas atividades por motivos semelhantes. Nesses casos, ela tende a exagerar os perigos e usar sintomas mínimos ou outros problemas para explicar sua falta de participação. É possível que ela prefira um estilo de vida limitado por causa de sua necessidade de segurança e certeza.
Sensibilidade extrema a críticas
A pessoa com transtorno de personalidade esquiva é muito sensível a qualquer coisa crítica, à falta de aprovação ou à ridicularização, porque pensa constantemente sobre ser criticada ou rejeitada por outros. A pessoa fica atenta a qualquer sinal de resposta negativa a ela. Sua aparência tensa e ansiosa pode provocar zombaria ou ridicularização, o que assim parece confirmar suas próprias dúvidas.
Outros sintomas
Baixa autoestima e um senso de inadequação inibem essas pessoas em situações sociais, especialmente as novas. A pessoa não se permite envolver completamente nas interações com novas pessoas, porque ela se considera socialmente inepta, desagradável e inferior aos outros. Ela tende a ser quieta e tímida, porque acha que se disser alguma coisa, os outros dirão que isso está errado.
A pessoa com transtorno de personalidade esquiva anseia por interação social, mas teme colocar seu bem-estar nas mãos dos outros. Uma vez que a pessoa com personalidade esquiva limita suas interações com outros, ela tende a ser relativamente isolada e não conta com uma rede social que poderia ajudá-la caso necessário.
Diagnóstico do transtorno de personalidade esquiva
· A avaliação do médico, tomando por base critérios específicos
O médico faz o diagnóstico do transtorno de personalidade com base nos critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 5ª Edição (DSM-5), publicado pela Associação Americana de Psiquiatria.
Para que o médico diagnostique a pessoa com transtorno de personalidade esquiva, ela precisa persistentemente sentir-se inadequada e ser hipersensível a críticas e rejeição, indicado por, no mínimo, quatro dos itens a seguir:
· Evitar atividades relacionadas ao trabalho que envolvem contato interpessoal devido ao medo de críticas ou rejeição ou de falta de aprovação pelas pessoas.
· Falta de vontade de envolver-se com as pessoas, a menos que a pessoa tenha certeza de que será querida.
· Agir com reserva em relacionamentos íntimos devido ao medo de ridicularização ou humilhação.
· Ter preocupação em ser criticado ou rejeitado em situações sociais.
· Agir com inibição em novas situações sociais devido a uma sensação de inadequação.
· Acreditar ser socialmente inepto, desagradável ou inferior aos outros.
· Sentir relutância em assumir riscos pessoais ou participar de qualquer nova atividade devido à possibilidade de sentir-se constrangido.
Além disso, o início dos sintomas precisa ter ocorrido no começo da idade adulta.
Tratamento do transtorno de personalidade esquiva
· Terapia cognitivo-comportamental que dá enfoque a habilidades sociais
· Outros tipos de psicoterapia
· Medicamentos ansiolíticos e antidepressivos
O tratamento geral do transtorno de personalidade esquiva é semelhante ao de todos os transtornos de personalidade.
A pessoa com transtorno de personalidade esquiva muitas vezes evita o tratamento.
Os seguintes tratamentos podem ser eficazes para pessoas tanto com fobia social como transtorno de personalidade esquiva:
· Terapia cognitivo-comportamental em grupo, que dá enfoque à aquisição de habilidades sociais
· Outras terapias em grupo se o grupo for formado por pessoas com as mesmas dificuldades
Pessoas com transtorno de personalidade esquiva se beneficiam de
· Terapias individuais que oferecem apoio e são solidárias à hipersensibilidade da pessoa em ser rejeitada e criticada
Psicoterapia psicodinâmica pode ser útil. Esse tipo de psicoterapia dá enfoque aos conflitos primários.
Antidepressivos, como inibidores seletivos de recaptação da serotonina (ISRSs) e medicamentos ansiolíticos, podem ajudar a reduzir a ansiedade o suficiente para permitir que a pessoa se exponha a novas situações sociais.
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE LIMÍTROFE (TPL)
O transtorno de personalidade limítrofe é caracterizado por um padrão generalizado de instabilidade em relacionamentos, autoimagem, humor e comportamento, bem como hipersensibilidade à possibilidade de rejeição e abandono.
· A pessoa com transtorno de personalidade limítrofe teme ser rejeitada e abandonada, em parte porque ela não quer ficar sozinha.
· O médico diagnostica o transtorno de personalidade limítrofe tomando por base sintomas específicos, incluindo mudanças frequentes em relacionamentos, autoimagem e de humor, bem como comportamento destrutivo e impulsivo.
· A psicoterapia pode reduzir comportamentos suicidas, ajudar a aliviar a depressão e ajudar pessoas com esse transtorno a ter um melhor funcionamento, mas às vezes medicamentos são usados para amenizar os sintomas.
Os transtornos de personalidade são padrões persistentes e generalizados no modo de pensar, perceber, reagire se relacionar que causam sofrimento significativo à pessoa e/ou prejudicam sua capacidade funcional.
A pessoa com transtorno de personalidade limítrofe geralmente tem dificuldade em ficar sozinha e pode recorrer a ações autodestrutivas para conseguir lidar com o fato de que está sozinha ou para evitar que isso ocorra. Ela realiza esforços frenéticos para evitar o abandono, incluindo criar crises. Por exemplo, a pessoa pode cometer uma tentativa de suicídio para conseguir comunicar sua angústia e fazer com que outras pessoas a resgatem e cuidem dela.
As estimativas relacionadas à frequência do transtorno de personalidade limítrofe variam. É provável que ele ocorra entre 2% a quase 6% da população geral dos Estados Unidos. Ele é diagnosticado com mais com frequência em mulheres que em homens. Os sintomas tendem a amenizar na maioria das pessoas com o passar do tempo.
Com frequência, outros transtornos ocorrem concomitantemente. Incluem
· Depressão
· Transtornos de ansiedade (como síndrome do pânico)
· Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT)
· Transtornos alimentares
· Transtornos por uso de substâncias
Causas do TPL
Fatores genéticos e ambientais podem contribuir para o desenvolvimento do transtorno de personalidade limítrofe.
Determinadas pessoas podem ter uma tendência genética para reagir mal aos problemas da vida, o que torna a pessoa mais propensa a desenvolver o transtorno de personalidade limítrofe, bem como outros transtornos mentais. Além disso, o transtorno de personalidade limítrofe tende a ser um mal de família, o que sugere ainda mais que essa tendência pode ser parcialmente hereditária. Parentes de primeiro grau de pessoas com transtorno de personalidade limítrofe são cinco vezes mais propensos a ter a doença do que a população em geral.
Estresses durante a primeira infância podem contribuir para o desenvolvimento do transtorno de personalidade limítrofe. Muitas pessoas com transtorno de personalidade limítrofe sofreram abuso físico ou sexual, separação dos cuidadores e/ou perderam o pai ou mãe quando ainda eram crianças. A insegurança do vínculo com os cuidadores contribui para os sintomas de transtorno de personalidade limítrofe.
Sintomas do TPL
A pessoa com transtorno de personalidade limítrofe com frequência dá impressão de estar mais estável que a maneira que ela se sente por dentro.
Medo de abandono
A pessoa com transtorno de personalidade limítrofe teme ser abandonada, em parte porque ela não quer ficar sozinha. Às vezes, ela sente que absolutamente não existe, frequentemente quando não tem alguém que se preocupe com ela. A pessoa com frequência sente um vazio por dentro.
Quando a pessoa com este transtorno sente que está prestes a ser abandonada, ela normalmente fica temerosa e com raiva. Por exemplo, ela pode ficar em pânico ou furiosa quando alguém importante para ela está alguns minutos atrasado ou cancela um compromisso. A pessoa presume que esses atos representam o que aquela pessoa sente sobre ela, em vez de pensar que foram causados por circunstâncias distintas. Ela pode acreditar que um compromisso cancelado significa que ela está sendo rejeitada pela outra pessoa e que ela é uma má pessoa. A intensidade da reação reflete o grau de sensibilidade à rejeição.
A pessoa com transtorno de personalidade limítrofe pode sentir empatia e cuidar de outra pessoa, mas somente se ela achar que essa outra pessoa estará disponível para ela sempre que necessário. Embora a pessoa queira ter relacionamentos íntimos e cuidar de outras pessoas, ela tem dificuldade em dar continuidade a relacionamentos estáveis. A pessoa tende a ter expectativas muito altas sobre como a pessoa com quem ela sente intimidade deve agir e os sentimentos sobre um relacionamento podem variar de modo rápido e intenso.
Raiva
A pessoa com transtorno de personalidade limítrofe tem dificuldade de controlar sua raiva e, muitas vezes, sente raiva intensa e não justificada. Ela pode expressar sua raiva com sarcasmo cortante, amargura ou ataques de raiva. Essa raiva com frequência é direcionada a amigos íntimos, parceiros românticos, familiares e, às vezes, médicos, porque a pessoa se sente negligenciada ou abandonada.
Após a explosão, a pessoa com frequência sente vergonha e culpa, reforçando seus sentimentos de que ela é uma má pessoa.
Instabilidade
A pessoa com transtorno de personalidade limítrofe tende a mudar abrupta e drasticamente sua opinião sobre os outros. Por exemplo, ela pode idealizar uma pessoa no início do relacionamento, passar muito tempo juntos e compartilhar tudo. De repente, ela pode achar que aquela pessoa não se importa o suficiente, e fica desiludida. Então, ela pode desprezar ou sentir raiva da pessoa.
Ela pode ficar carente em um minuto e se sentir justificadamente com raiva sobre ser maltratada logo em seguida. A postura da pessoa varia dependendo da percepção que ela tem sobre a disponibilidade e o apoio de outras pessoas. Quando a pessoa se sente apoiada, ela pode ficar vulnerável e carente e, quando se sente ameaçada ou decepcionada, ela pode ficar com raiva e desvalorizar as outras pessoas.
A pessoa com transtorno de personalidade limítrofe pode também mudar abrupta e drasticamente sua autoimagem, mostrado por uma mudança súbita dos seus objetivos, valores, opiniões, carreiras ou amigos.
As alterações de humor costumam durar apenas algumas horas e raramente duram mais do que alguns dias. Essas alterações de humor podem ocorrer, porque a pessoa com esse transtorno é extremamente sensível a sinais de rejeição ou crítica em seus relacionamentos.
Comportamento impulsivo e automutilação
Muitas pessoas com transtorno de personalidade limítrofe agem impulsivamente, o que com frequência resulta em automutilação. Elas podem apostar em jogos de azar, praticar sexo inseguro, alimentar-se compulsivamente, dirigir de forma imprudente, ter problemas com uso de substâncias ou gastar excessivamente.
Comportamentos suicidas, incluindo tentativas e ameaças de suicídio e automutilação (por exemplo, se cortar ou se queimar) são muito comuns. Embora muitos desses atos autodestrutivos não visem acabar com a vida, o risco de suicídio nessas pessoas é 40 vezes maior do que na população em geral. Entre 8% e 10% das pessoas com o transtorno de personalidade limítrofe morrem por suicídio. Esses atos autodestrutivos são geralmente desencadeados pela rejeição, sensação de abandono ou decepção com alguém com quem a pessoa tem um relacionamento próximo. Além disso, a pessoa pode se automutilar para expressar seus sentimentos de ser uma má pessoa ou para reanimar sua capacidade de sentir quando ela sente que não é real ou distanciada de si mesma (um quadro clínico denominado dissociação). Às vezes, as pessoas com transtorno de personalidade limítrofe praticam automutilação para se distraírem de emoções que lhes causam mágoa.
Outros sintomas
A pessoa com transtorno de personalidade limítrofe com frequência sabota a si mesma quando está prestes a alcançar um objetivo, para que os outros tenham a impressão de que ela está tendo dificuldades. Por exemplo, ela pode abandonar a faculdade pouco antes de se formar ou arruinar um relacionamento promissor.
Quando essas pessoas se sentem muito estressadas, elas podem ter episódios breves de paranoia, sintomas que se parecem com psicose (como alucinações) ou dissociação. O estresse costuma ser causado por um sentimento de que ninguém se importa com a pessoa (ou seja, ela se sente abandonada e sozinha) ou se sente defeituosa e inútil. A dissociação inclui uma sensação de não ser real (um quadro clínico denominado desrealização) ou sentir-se desprendido do próprio corpo (um quadro clínico denominado despersonalização). Esses episódios são temporários e não costumam ser graves o suficiente para que sejam considerados um transtorno separado.
Diagnóstico do TPL
· A avaliação do médico, tomando por base critérios específicos
O médico faz o diagnóstico do transtorno de personalidade com base nos critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 5ª Edição (DSM-5),publicado pela Associação Americana de Psiquiatria.
Para que o médico diagnostique a pessoa com transtorno de personalidade limítrofe, ela precisa ter um histórico de relacionamentos, autoimagem e humor instáveis, além de agir impulsivamente, como mostrado por, no mínimo, cinco dos itens a seguir:
· Fazer esforços desesperados para evitar o abandono (real ou imaginado).
· Ter relacionamentos intensos e instáveis que se alternam entre idealização e desvalorização da outra pessoa.
· Mudar frequentemente a autoimagem ou senso de si.
· Agir impulsivamente em, no mínimo, duas áreas que poderiam prejudicá-la (como praticar sexo inseguro, alimentar-se compulsivamente ou dirigir de forma imprudente).
· Ter repetidamente comportamentos suicidas, incluindo tentativas e ameaças de suicídio e automutilação.
· Ter mudanças rápidas no humor, que normalmente duram apenas algumas horas e raramente mais do que alguns dias.
· Sentimento de vazio crônico.
· Sentir raiva intensa e não justificada ou ter dificuldade em controlar a raiva.
· Ter pensamentos paranoicos temporários ou sintomas dissociativos graves (sensação de que não é real ou desprendimento de si mesma) desencadeados por estresse.
Além disso, o início dos sintomas precisa ter ocorrido no começo da idade adulta.
Prognóstico do TPL
Na maioria das pessoas com transtorno de personalidade limítrofe, os sintomas diminuem drasticamente e com frequência desaparecem. Contudo, essa melhora não necessariamente representa conseguir manter relacionamentos estáveis ou manter um emprego. O tratamento tem como objetivo ajudar a pessoa a ter um funcionamento melhor, bem como reduzir os sintomas. No entanto, os sintomas costumam melhorar mais que o funcionamento geral.
Tratamento do TPL
· Psicoterapia
· Medicamentos
O tratamento geral do transtorno de personalidade limítrofe é o mesmo que o de todos os transtornos de personalidade.
Identificar e tratar os transtornos coexistentes é importante para o tratamento eficaz do transtorno de personalidade limítrofe.
O tratamento inclui psicoterapia e determinados medicamentos.
Psicoterapia
O principal tratamento para o transtorno de personalidade limítrofe é psicoterapia. Intervenções psicoterapêuticas específicas para o transtorno de personalidade limítrofe conseguem reduzir comportamentos suicidas, ajudam a aliviar a depressão e ajudam as pessoas a terem um funcionamento melhor.
Essas terapias incluem:
· Terapia comportamental dialética
· Sistemas de treinamento para previsibilidade emocional e resolução de problemas (STEPPS, do inglês “systems training for emotional predictability and problem solving”)
· Tratamento baseado em mentalização
· Psicoterapia focada em transferência
· Terapia focada em esquemas
· Manejo psiquiátrico geral
A terapia comportamental dialética oferece sessões semanais individuais e em grupo, além de um terapeuta disponível por telefone. O terapeuta age como seu orientador comportamental. O objetivo é ajudar a pessoa a encontrar melhores maneiras de reagir ao estresse; por exemplo, resistir ao desejo de se comportar de maneira autodestrutiva.
O STEPPS consiste em sessões em grupo semanais por vinte semanas. A pessoa aprende técnicas para controlar suas emoções, desafiar as expectativas negativas e tomar melhor cuidado de si mesma. Por exemplo, a pessoa aprende a se distanciar daquilo que está sentindo naquele momento. A pessoa aprende a definir metas, evitar substâncias ilegais e melhorar seus hábitos alimentares, de sono e de exercício. Além disso, é pedido para que a pessoa identifique um time de apoio formado por amigos, familiares e profissionais de saúde que estão dispostos a orientar a pessoa quando ela está passando por uma crise.
A mentalização diz respeito à capacidade da pessoa de refletir e compreender seu próprio estado de espírito (o que ela está sentindo e por que) e o estado de espírito dos outros. O tratamento baseado em mentalização ajuda a pessoa a:
· Controlar eficazmente suas emoções (por exemplo, acalmar-se quando está chateada)
· Entender de que maneira ela contribui para seus problemas e dificuldades com os outros
· Refletir e compreender o que os outros estão pensando e sentindo
Assim, ela ajuda a pessoa a sentir empatia e compaixão pelos outros, o que também ajuda as outras pessoas a compreendê-la e dar-lhe apoio.
A psicoterapia focada em transferência se concentra na interação entre a pessoa e o terapeuta. O terapeuta faz perguntas e ajuda a pessoa a examinar autoimagens exageradas, distorcidas e não realistas e reações a várias situações. O momento atual (incluindo o modo pelo qual a pessoa está se relacionando com o terapeuta) é enfatizado em vez do passado. Por exemplo, quando uma pessoa tímida e quieta de repente se torna hostil e argumentativa, o terapeuta pode perguntar se ela percebeu uma mudança nos sentimentos e, depois, pedir à pessoa que pense sobre como ela estava vivenciando o terapeuta e a si mesma quando as coisas mudaram. As finalidades são
· Permitir que a pessoa desenvolva um senso mais estável e realista de si mesma e dos outros
· Aprender como se relacionar com os outros de uma maneira mais saudável por meio da transferência com o terapeuta
A terapia focada em esquemas dá enfoque a identificar padrões mal adaptativos de pensar, sentir, comportar-se e de lidar com problemas (os denominados esquemas) e substituir pensamentos, sentimentos e comportamentos negativos por aqueles mais saudáveis.
O manejo psiquiátrico geral é concebido para ser praticado por um clínico geral em vez de um especialista. Ele utiliza terapia individual uma vez por semana e, às vezes, medicamentos. Para poder melhorar a autossuficiência, a terapia dá prioridade à capacidade de trabalhar no sentido de melhorar os relacionamentos. Ela também ensina à pessoa com transtorno de personalidade limítrofe a dar sentido a seus sintomas e a entender quais são os objetivos e os resultados esperados para o tratamento.
A psicoterapia de apoio também é útil. O objetivo do terapeuta é estabelecer um relacionamento emocional, motivador e solidário com a pessoa e, assim, ajudá-la a desenvolver mecanismos de defesa saudáveis, especialmente nos relacionamentos interpessoais. Contudo, é possível que os tratamentos de apoio sozinhos não consigam amenizar os problemas mais imediatos do transtorno de personalidade limítrofe (como comportamento suicida e automutilação) de modo tão eficaz quanto outras psicoterapias mais específicas para o transtorno de personalidade limítrofe.
Medicamentos
Quando necessário, são utilizados medicamentos para tratar sintomas específicos. Esses medicamentos incluem
· Medicamentos que ajudam a estabilizar o humor: Ajudam a amenizar a depressão, ansiedade, alterações de humor e impulsividade
· Medicamentos antipsicóticos novos (de segunda geração): Ajudam a amenizar a ansiedade, a raiva e distorções no pensamento relacionadas ao estresse (por exemplo, pensamentos paranoicos ou muito desorganizados)
· Inibidores seletivos de recaptação da serotonina (ISRSs), um tipo de antidepressivo: Para diminuir a ansiedade e a depressão
No entanto, os ISRSs são apenas levemente eficazes em pessoas com o transtorno de personalidade limítrofe.
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE DEPENDENTE
O transtorno de personalidade dependente é caracterizado por uma necessidade generalizada e excessiva de ser cuidado, levando à submissão e comportamentos carentes.
· A pessoa com transtorno de personalidade dependente não acredita que consegue cuidar de si mesma e utiliza a submissão para tentar fazer com que outras pessoas cuidem dela.
· O médico diagnostica o transtorno de personalidade dependente tomando por base sintomas específicos, incluindo a necessidade da pessoa de ser cuidada e o medo de ter que cuidar de si mesma.
· Psicoterapia que dá enfoque ao exame do medo de independência pode ajudar.
Os transtornos de personalidade são padrões persistentes e generalizados no modo de pensar, perceber, reagir e se relacionar que causam sofrimento significativo à pessoa e/ou prejudicam sua capacidade funcional.A pessoa com transtorno de personalidade dependente quer ser cuidada e sente ansiedade extrema em relação a cuidar de si mesma. Para conseguir o cuidado que ela quer receber, a pessoa está disposta a sacrificar sua independência e interesses. Assim, ela se torna excessivamente dependente e submissa.
O transtorno de personalidade dependente ocorre em menos de 1% da população geral dos Estados Unidos. Ele é diagnosticado com mais frequência em mulheres, mas alguns estudos sugerem que ele afeta igualmente homens e mulheres.
Com frequência, outros transtornos ocorrem concomitantemente. Com frequência, a pessoa também apresenta um ou mais dos seguintes:
· Um transtorno depressivo, como transtorno depressivo maior ou transtorno depressivo persistente
· Um transtorno de ansiedade
· Um transtorno por uso de álcool
· Outro transtorno de personalidade (como limítrofe ou histriônica)
Causas do transtorno de personalidade dependente
Informações sobre o que causa o transtorno de personalidade dependente são limitadas. Os fatores que podem contribuir incluem:
· Fatores culturais
· Experiência iniciais negativas
· Uma tendência inata a sentir ansiedade
· Traços característicos da família (como submissão, insegurança e comportamento discreto)
Sintomas do transtorno de personalidade dependente
Necessidade de cuidado
A pessoa com transtorno de personalidade dependente não acredita que consegue cuidar de si mesma. Ela utiliza a submissão para tentar fazer com que outras pessoas cuidem dela.
A pessoa com esse transtorno normalmente precisa de muita reafirmação e aconselhamento ao tomar decisões comuns. Ela frequentemente permite que outros, frequentemente uma única pessoa, assumam a responsabilidade por muitos aspectos de sua vida. Por exemplo, é possível que ela dependa do cônjuge para dizer-lhe o que vestir, que tipo de trabalho procurar e com quem deve se relacionar.
A pessoa com transtorno de personalidade dependente tende a interagir socialmente somente com as poucas pessoas de quem depende. Quando um relacionamento íntimo termina, a pessoa com esse transtorno tenta imediatamente encontrar um substituto. Por causa de seu desejo desesperado de ser cuidada, é possível que ela não seja muito cuidadosa ao escolher um substituto.
A pessoa com transtorno de personalidade dependente tem um medo excessivo de abandono por parte daqueles de quem ela depende, mesmo quando não há nenhum motivo para tanto.
Submissão excessiva
Uma vez que a pessoa com transtorno de personalidade dependente teme perder apoio ou aprovação, ela tem dificuldade em expressar desacordo com os outros. Ela pode concordar com algo que sabe ser errado, em vez de correr o risco de perder a ajuda dos outros. Mesmo em situações em que a raiva seria adequada, ela não fica irritada com amigos e colegas de trabalho por medo de perder seu apoio.
A pessoa com transtorno de personalidade dependente faz de tudo para obter cuidado e apoio. Por exemplo, ela pode realizar tarefas desagradáveis, submeter-se a exigências descabidas e até tolerar abuso físico, sexual ou emocional. Ficar só faz com que a pessoa se sinta extremamente desconfortável ou com medo, porque ela teme que não conseguirá cuidar de si mesma.
Falta de confiança
A pessoa com transtorno de personalidade dependente se considera inferior e tende a menosprezar suas habilidades. Ela interpreta qualquer crítica ou falta de aprovação como prova de sua incompetência, minando ainda mais a sua confiança.
Falta de independência
Uma vez que a pessoa com transtorno de personalidade dependente tem certeza de que não consegue fazer nada por conta própria, ela tem dificuldade em iniciar uma nova tarefa e trabalhar de forma independente. Ela evita tarefas que exijam assumir responsabilidade. Ela se apresenta como sendo incompetente e precisando de ajuda e reafirmação constantes. Quando ela tem certeza de que uma pessoa competente a está supervisionando e aprovando, essa pessoa com transtorno de personalidade dependente tende a funcionar de forma adequada. Contudo, ela não deseja parecer muito competente para não arriscar ser abandonada. Assim, sua carreira pode ser prejudicada. Ela perpetua sua dependência, porque tende a não aprender habilidades para ter uma vida independente.
Diagnóstico do transtorno de personalidade dependente
· A avaliação do médico, tomando por base critérios específicos
O médico faz o diagnóstico do transtorno de personalidade com base nos critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 5ª Edição (DSM-5), publicado pela Associação Americana de Psiquiatria.
Para que o médico diagnostique a pessoa com transtorno de personalidade dependente, ela precisa ter uma necessidade persistente e excessiva de ser cuidada, resultando em submissão e carência, indicado por, no mínimo, cinco dos itens a seguir:
· Ter dificuldade em tomar decisões diárias sem uma quantidade excessiva de aconselhamento e reafirmação por outras pessoas.
· Querer fazer com que outras pessoas se responsabilizem pela maioria dos aspectos importantes da sua vida.
· Ter dificuldade para expressar discordância com os outros, porque a pessoa tem medo de perder apoio ou aprovação.
· Ter dificuldade para iniciar projetos por conta própria, porque ela não tem confiança em sua decisão e/ou habilidades (e não por falta de motivação ou energia).
· Estar disposto a fazer tudo (por exemplo, realizar tarefas desagradáveis) para obter o apoio de outros.
· Sentir desconforto ou desamparo quando está sozinha, porque teme não conseguir cuidar de si mesma.
· Ter necessidade urgente de estabelecer um novo relacionamento com alguém que fornecerá cuidados e apoio quando um relacionamento íntimo termina.
· Ter preocupação com o temor de ser deixada para cuidar de si mesma.
Além disso, o início dos sintomas precisa ter ocorrido no começo da idade adulta.
Tratamento do transtorno de personalidade dependente
· Terapia cognitivo-comportamental
· Psicoterapia psicodinâmica
O tratamento geral do transtorno de personalidade dependente é semelhante ao de todos os transtornos de personalidade.
Psicoterapia psicodinâmica e terapia cognitivo-comportamental que se concentram em examinar o medo de independência e as dificuldades com assertividade podem ajudar a pessoa com transtorno de personalidade dependente.
Não se sabe se o uso de medicamentos ajuda. Às vezes, antidepressivos, como os inibidores seletivos de recaptação da serotonina (ISRSs), podem ser usados para tratar a depressão e a ansiedade.
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE HISTRIÔNICA
O transtorno de personalidade histriônica é caracterizado por um padrão generalizado de emotividade excessiva e busca de atenção.
· A pessoa com transtorno de personalidade histriônica exige ser o centro das atenções e com frequência o faz ao vestir-se e agir de maneira indevidamente sedutora e provocante e ao se expressar de maneira muito dramática.
· O médico diagnostica o transtorno de personalidade histriônica tomando por base sintomas específicos, incluindo desconforto em não ser o centro das atenções, interagir de modo indevidamente sedutor e provocante com outras pessoas e comportamento e expressão de emoção dramáticos.
· Psicoterapia que dá enfoque aos conflitos primários pode ajudar.
Os transtornos de personalidade são padrões persistentes e generalizados no modo de pensar, perceber, reagir e se relacionar que causam sofrimento significativo à pessoa e/ou prejudicam sua capacidade funcional.
A pessoa com transtorno de personalidade histriônica utiliza sua aparência física e age de maneira indevidamente sedutora ou provocante para chamar a atenção dos outros. Ela com frequência age de forma submissa para reter a atenção dos outros.
O transtorno de personalidade histriônica ocorre em quase 2% da população geral dos Estados Unidos. Ele é diagnosticado com mais frequência em mulheres, mas alguns estudos sugerem que ele afeta igualmente homens e mulheres.
Com frequência, outros transtornos ocorrem concomitantemente. Eles incluem um ou mais dos seguintes:
· Outros transtornos de personalidade(antissocial, limítrofe e narcisista)
· Transtorno de sintomas somáticos, que pode ser a razão pela qual ela se consulta com o médico.
· Transtorno depressivo maior ou transtorno depressivo persistente
· Transtorno de conversão
Sintomas do transtorno de personalidade histriônica
Necessidade de atenção
A pessoa com transtorno de personalidade histriônica fica tentando continuamente ser o centro das atenções e com frequência fica deprimida quando não é. Ela frequentemente é uma pessoa cheia de vida, dramática, entusiasmada e paqueradora e, às vezes, encanta novos conhecidos.
A pessoa com esse transtorno com frequência se veste e age de forma indevidamente sedutora e provocante, não apenas com potenciais interesses românticos, mas em muitos contextos, incluindo no trabalho e na escola. Ela quer impressionar os outros com sua aparência e, assim, frequentemente fica preocupada com o visual.
Problemas com emoções
As emoções podem ser ligadas e desligadas rapidamente e, com isso, a pessoa pode dar a impressão de ser supérflua. Ao mesmo tempo, as emoções costumam ser demonstradas de maneira exagerada. A pessoa com esse transtorno fala de forma dramática, expressando opiniões fortes, mas com poucos fatos ou detalhes para dar respaldo às suas opiniões.
Alcançar intimidade emocional ou sexual pode ser difícil. A pessoa pode, frequentemente sem perceber, desempenhar um papel (por exemplo o de vítima). Ela pode tentar controlar seu parceiro usando sedução ou manipulações emocionais e, ao tempo, tornar-se muito dependente do parceiro.
Outros sintomas
A pessoa com transtorno de personalidade histriônica é facilmente influenciada por outros e pelas tendências atuais. Ela é altamente sugestionável. Ela tende a confiar demasiadamente nos outros, especialmente em figuras de autoridade que ela acredita serem capazes de resolver todos os seus problemas.
Ela frequentemente acredita que seus relacionamentos são mais próximos do que eles de fato são.
A pessoa com transtorno de personalidade histriônica anseia por novidade e tende a se aborrecer facilmente. Assim, ela pode trocar de emprego e de amigos com frequência. Ela se sente muito frustrada com a demora em ser gratificada e, por isso, suas ações são frequentemente motivadas para obter satisfação imediata.
Diagnóstico do transtorno de personalidade histriônica
· A avaliação do médico, tomando por base critérios específicos
O médico faz o diagnóstico do transtorno de personalidade com base nos critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 5ª Edição (DSM-5), publicado pela Associação Americana de Psiquiatria.
Para que o médico diagnostique a pessoa com transtorno de personalidade histriônica, ela precisa persistentemente exagerar as emoções e buscar atenção, indicado por no mínimo cinco dos itens a seguir:
· Sentir desconforto quando não é o centro das atenções.
· Interagir com os outros de maneira sexualmente sedutora ou provocante indevida.
· Mudar rapidamente entre emoções, o que faz com que a pessoa dê a impressão de ser supérflua.
· Utilizar consistentemente a aparência física para chamar a atenção a si mesma.
· Ter um discurso extremamente vago e sem detalhes.
· Expressar as emoções de maneira dramática, teatral e extravagante.
· Ser facilmente influenciada por outras pessoas ou situações.
· Interpretar os relacionamentos como sendo mais íntimos do que de fato são.
Além disso, o início dos sintomas precisa ter ocorrido no começo da idade adulta.
Tratamento do transtorno de personalidade histriônica
· Psicoterapia
O tratamento geral do transtorno de personalidade histriônica é o mesmo que o de todos os transtornos de personalidade.
Pouco se sabe sobre a eficácia da terapia cognitivo-comportamental e farmacoterapia para o transtorno de personalidade histriônica.
A psicoterapia psicodinâmica pode ser utilizada. Esse tipo de psicoterapia dá enfoque aos conflitos primários. O terapeuta pode começar incentivando a pessoa a substituir o discurso pelo comportamento e, portanto, compreender a si mesma. Essa abordagem ajuda a pessoa com esse transtorno a se comunicar com os outros de uma forma menos dramática. Então, o terapeuta pode ajudar a pessoa a perceber como seu comportamento histriônico é uma maneira indevida de atrair atenção alheia e de sentir-se melhor sobre si mesma.
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE NARCISISTA
O transtorno de personalidade narcisista é caracterizado por um padrão generalizado de sensação de superioridade (grandiosidade), necessidade de ser admirado e falta de empatia.
· A pessoa com transtorno de personalidade narcisista superestima a própria capacidade, exagera suas realizações e tende a subestimar a capacidade alheia.
· O médico diagnostica a pessoa com transtorno de personalidade narcisista tomando por base sintomas específicos, como uma sensação exagerada e infundada da sua própria importância e talentos, uma necessidade de ser constantemente admirado e uma sensação de merecimento.
· Psicoterapia que dá enfoque aos conflitos primários pode ajudar.
Os transtornos de personalidade são padrões persistentes e generalizados no modo de pensar, perceber, reagir e se relacionar que causam sofrimento significativo à pessoa e/ou prejudicam sua capacidade funcional.
A pessoa com transtorno de personalidade narcisista tem opinião exagerada sobre o próprio valor (a denominada grandiosidade). Ela também tem problemas de autoestima. Para reforçar a sensação de superioridade e autoestima, ela:
· se relaciona com pessoas especiais;
· se torna parte de instituições superiores;
· desvaloriza as outras pessoas;
sempre quer ser elogiada.
As estimativas relacionadas à frequência do transtorno de personalidade narcisista variam, mas é possível que o transtorno ocorra em até 6% da população geral. É um quadro mais frequente em homens.
Com frequência, outros transtornos ocorrem concomitantemente. Eles incluem um ou mais dos seguintes:
· Depressão
· Anorexia nervosa
· Um transtorno de uso de substâncias (especialmente cocaína)
· Outro transtorno de personalidade (histriônico, limítrofe antissocial ou paranoide)
Causas do transtorno de personalidade narcisista
Fatores genéticos e ambientais podem contribuir para o desenvolvimento do transtorno de personalidade narcisista. Uma teoria sugere que os cuidadores podem ter agido com a criança de maneira que não a ajudou a desenvolver um senso do eu estável. Por exemplo, os cuidadores podem ter sido excessivamente críticos ou elogiaram, admiraram ou favoreceram excessivamente a criança.
Algumas pessoas com transtorno de personalidade narcisista têm dons ou talentos especiais e se acostumam a associar sua autoimagem e senso do eu à admiração e à estima dos outros.
Sintomas do transtorno de personalidade narcisista
Grandiosidade
A pessoa com transtorno de personalidade narcisista superestima suas próprias habilidades e exagera suas realizações (uma característica denominada grandiosidade). Ela acredita que é superior aos outros, original ou especial. Quando a pessoa superestima o próprio valor e realizações, ela costuma subestimar o valor e as realizações alheias.
Fantasias de ser especial
A pessoa com esse transtorno se preocupa com fantasias de grandes realizações, de ser admirada por sua inteligência ou beleza avassaladora, de ter prestígio e influência ou de vivenciar um grande amor. Ela sente que deve se relacionar apenas com outros tão especiais e talentosos quanto ela mesma, não com pessoas comuns. Ela utiliza esse relacionamento com pessoas extraordinárias para sustentar e melhorar sua autoestima.
Necessidade de ser admirada
Uma vez que a pessoa com transtorno de personalidade narcisista precisa ser excessivamente admirada, sua autoestima depende de que os outros tenham uma opinião favorável sobre ela. Assim, sua autoestima é geralmente muito frágil. A pessoa com esse transtorno frequentemente observa para ver o que os outros pensam dela e avalia se está indo bem ou não.
A pessoa com transtorno de personalidade narcisista é sensível e se chateia com as críticas alheias e com o fracasso,o que faz com que ela se sinta humilhada e derrotada. Ela pode reagir com raiva ou desprezo, ou pode contra-atacar violentamente. Ou ela pode se afastar ou aceitar externamente a situação na tentativa de proteger sua sensação de autoimportância. Ela pode evitar situações em que pode falhar.
Diagnóstico do transtorno de personalidade narcisista
· A avaliação do médico, tomando por base critérios específicos
O médico faz o diagnóstico do transtorno de personalidade com base nos critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 5ª Edição (DSM-5), publicado pela Associação Americana de Psiquiatria.
Para que o médico diagnostique a pessoa com transtorno de personalidade narcisista, ela precisa persistentemente ter uma opinião exagerada de si mesma, necessidade de admiração e falta de empatia, indicado por no mínimo cinco dos itens a seguir:
· Ter uma sensação exagerada e infundada da sua própria importância e talentos (grandiosidade).
· Ter preocupação com fantasias de realizações ilimitadas, influência, poder, inteligência, beleza ou amor perfeito.
· Ter convicção de ser especial e única e que deve relacionar-se apenas com pessoas do mais alto calibre.
· Ter necessidade de ser incondicionalmente admirada.
· Ter sensação de merecimento.
· Explorar os outros para alcançar os próprios objetivos.
· Ter falta de empatia.
· Ter inveja dos outros e convicção de que outros a invejam.
· Ter arrogância e altivez.
Além disso, o início dos sintomas precisa ter ocorrido no começo da idade adulta.
Tratamento do transtorno de personalidade narcisista
· Psicoterapia
O tratamento geral do transtorno de personalidade narcisista é o mesmo que o de todos os transtornos de personalidade.
A psicoterapia psicodinâmica pode ser eficaz. Esse tipo de psicoterapia dá enfoque aos conflitos primários.
Algumas abordagens desenvolvidas para o transtorno de personalidade limítrofe podem ser adaptadas para serem utilizadas em pessoas com transtorno de personalidade narcisista. Incluem
· Tratamento baseado em mentalização, que ajuda a pessoa a refletir e compreender seu próprio estado de espírito (o que ela está sentindo e por que) e o estado de espírito dos outros.
· Psicoterapia focada em transferência, que se concentra na interação entre a pessoa e o terapeuta.
Essas abordagens dão enfoque a distúrbios nas maneiras em que a pessoa vivencia emocionalmente a si mesma e aos outros.
A terapia cognitivo-comportamental pode ser interessante para pessoas com transtorno de personalidade narcisista. Sua necessidade de elogios pode permitir que o terapeuta molde seu comportamento.
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE OBSESSIVO-COMPULSIVA
O transtorno de personalidade obsessivo-compulsiva é caracterizado por uma preocupação generalizada com organização, perfeccionismo e controle (sem espaço para flexibilidade ou eficiência) que acaba interferindo na conclusão da tarefa.
· A pessoa com transtorno de personalidade obsessivo-compulsiva precisa ter controle e fazer as coisas de uma maneira específica na tentativa de alcançar o perfeccionismo.
· O médico diagnostica o transtorno de personalidade obsessivo-compulsiva tomando por base sintomas específicos, incluindo preocupação com detalhes, regras, cronogramas, organização e listas e um enfoque em fazer algo de modo tão perfeito que interfere na conclusão da tarefa.
· A psicoterapia psicodinâmica e a terapia cognitivo-comportamental podem ajudar.
Os transtornos de personalidade são padrões persistentes e generalizados no modo de pensar, perceber, reagir e se relacionar que causam sofrimento significativo à pessoa e/ou prejudicam sua capacidade funcional.
Uma vez que a pessoa com transtorno de personalidade obsessivo-compulsiva precisa estar no controle, ela tende a fazer as coisas sozinha e a desconfiar da ajuda dos outros.
O transtorno de personalidade obsessivo-compulsiva é um dos tipos mais comuns de transtornos de personalidade. As estimativas relacionadas à sua frequência variam, mas provavelmente ocorre em 2% a quase 8% da população geral nos Estados Unidos. É um quadro mais frequente em homens.
Considera-se que alguns traços familiares de compulsividade, variedade restrita de emoções e perfeccionismo contribuam para esse transtorno.
Com frequência, outros transtornos ocorrem concomitantemente. Com frequência, a pessoa também apresenta um ou mais dos seguintes:
· Um transtorno depressivo, como transtorno depressivo maior ou transtorno depressivo persistente
· Um transtorno por uso de álcool
Diferentemente do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), o transtorno de personalidade obsessivo-compulsiva não engloba verdadeiras obsessões (pensamentos repetitivos, não desejados, intrusivos que causam muita ansiedade) e compulsões (comportamentos ritualísticos que a pessoa acha que deve fazer para controlar suas obsessões), como lavar as mãos em excesso ou verificar repetidamente que uma porta está trancada. Além disso, a pessoa com TOC com frequência se sente angustiada com sua falta de controle sobre os impulsos compulsivos. Em comparação, a pessoa com transtorno de personalidade obsessivo-compulsiva se sente confortável com seu comportamento obsessivo-compulsivo porque ela acredita que ele é necessário para alcançar suas metas de ordem, perfeccionismo e controle.
Sintomas
Enfoque na ordem e no perfeccionismo
A pessoa com o transtorno de personalidade obsessivo-compulsiva fica preocupada com ordem, perfeccionismo e controle sobre si mesma e sobre as situações. Para manter uma sensação de controle, a pessoa dá enfoque a regras, detalhes triviais, procedimentos, cronogramas e listas. Esse tipo de preocupação interfere com sua capacidade de ser flexível, eficaz e aberta a novas ideias. Rígidas e teimosas em suas atividades, essas pessoas insistem no fato de que tudo seja feito de uma maneira específica.
Efeitos no trabalho
Uma vez que a pessoa dá enfoque a regras, detalhes e questões de organização, ela perde o ponto principal do projeto ou atividade. A pessoa verifica repetidamente erros e dá muita atenção aos detalhes. Ela não faz bom uso do seu tempo, com frequência deixando as tarefas mais importantes para o final. Sua preocupação com os detalhes e garantir que tudo está perfeito pode atrasar indefinidamente a conclusão da tarefa. Ela não tem ciência de como seu comportamento afeta os colegas de trabalho. Quando dá enfoque a uma única tarefa, essa pessoa pode negligenciar todos os outros aspectos da vida.
Uma vez que a pessoa com transtorno de personalidade obsessivo-compulsiva quer que tudo seja feito de uma maneira específica, ela tem dificuldade em delegar tarefas e trabalhar com os outros. Ao trabalhar com os outros, a pessoa pode criar listas detalhadas sobre como uma tarefa deve ser realizada e chatear-se com um colega de trabalho que sugere uma forma alternativa. Ela pode rejeitar ajuda mesmo quando está atrasada.
A pessoa com transtorno de personalidade obsessiva-compulsiva é excessivamente dedicada ao trabalho e à produtividade. Sua dedicação não é motivada por uma necessidade financeira.
Efeitos sobre outros aspectos da vida
Uma vez que essas pessoas são tão dedicadas ao trabalho, elas tendem a negligenciar atividades de lazer e relacionamentos. A pessoa pode pensar que não tem tempo para relaxar ou sair com os amigos. Ela pode adiar um período de férias por tanto tempo que elas acabam não acontecendo, ou a pessoa pode achar que deve levar o trabalho consigo para não desperdiçar tempo. O tempo passado com amigos, quando ocorre, tende a ser uma atividade organizada formalmente (por exemplo, um esporte). Passatempos e atividades recreativas são consideradas tarefas importantes que exigem organização e trabalho duro para serem dominados. O objetivo é a perfeição.
Essas pessoas planejam antecipadamente e em grande detalhe e não querem considerar alterações. Sua rigidez implacável pode frustrar colegas de trabalho e amigos.
A expressão de afeto também é rigidamente controlada. A pessoa com esse transtorno pode se relacionar com os outros de uma maneira formal, rígida ou séria. Comfrequência, a pessoa fala apenas depois de pensar na coisa perfeita a dizer. A pessoa pode dar enfoque à lógica e ao intelecto e não ter tolerância com comportamento emocional ou expressivo.
Outros sintomas
A pessoa com transtorno de personalidade obsessivo-compulsiva pode ser fanática, exigente e rígida em relação a questões de moralidade, ética e valores. Ela aplica princípios morais rígidos a si mesma e aos outros e é duramente autocrítica.
Ela é rigidamente deferente com as autoridades e insiste no cumprimento exato das regras, sem exceções quanto a circunstâncias atenuantes.
A pessoa com esse transtorno sente muita dificuldade em descartar objetos desgastados ou sem valor (por exemplo, eletrodomésticos quebrados), mesmo aqueles sem nenhum valor sentimental.
A pessoa com transtorno de personalidade obsessivo-compulsiva pode ter relutância em gastar dinheiro, porque ela acredita que ele deve ser economizado em caso de catástrofes futuras.
Diagnóstico
· A avaliação do médico, tomando por base critérios específicos
O médico faz o diagnóstico do transtorno de personalidade com base nos critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 5ª Edição (DSM-5), publicado pela Associação Americana de Psiquiatria.
Para que o médico diagnostique a pessoa com transtorno de personalidade obsessivo-compulsiva, ela precisa persistentemente se preocupar com a ordem, perfeccionismo e controle dela própria, dos outros e das situações, indicado por no mínimo quatro dos itens a seguir:
· Preocupação com detalhes, regras, cronogramas, organização e listas.
· O esforço em fazer algo de modo perfeito interfere na conclusão da tarefa.
· Devoção excessiva ao trabalho e à produtividade (não por causa de uma necessidade financeira), resultando em negligência das atividades de lazer e amigos.
· Retidão excessiva, meticulosidade e inflexibilidade em relação a questões e valores éticos e morais.
· Resistência em descartar objetos desgastados ou sem valor, mesmo aqueles sem nenhum valor sentimental.
· Relutância em delegar ou trabalhar com outras pessoas, a menos que essas pessoas concordem em fazer as coisas exatamente do jeito que ela quer.
· Relutância em gastar dinheiro com si mesma ou com outros, porque ela acredita que ele deve ser economizado em caso de catástrofes futuras.
· Rigidez e teimosia.
Além disso, o início dos sintomas precisa ter ocorrido no começo da idade adulta.
Tratamento
· Psicoterapia psicodinâmica
· Terapia cognitivo-comportamental
· Determinados antidepressivos
O tratamento geral do transtorno de personalidade obsessivo-compulsiva é semelhante ao de todos os transtornos de personalidade.
A rigidez, obstinação e necessidade de controle por parte da pessoa podem interferir com o tratamento.
Terapia psicodinâmica e terapia cognitivo-comportamental podem ajudar pessoas com transtorno de personalidade obsessivo-compulsiva.
Determinados antidepressivos, denominados inibidores seletivos de recaptação da serotonina (ISRSs), também podem ser úteis.
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE PARANOIDE
O transtorno de personalidade paranoide é caracterizado por um padrão generalizado de desconfiança e suspeita injustificadas dos outros que engloba interpretar seus motivos como sendo hostis ou prejudiciais.
· Uma vez que a pessoa com transtorno de personalidade paranoide suspeita que outras pessoas estão planejando explorá-la, enganá-la ou prejudicá-la, ela está sempre atenta a possíveis insultos, ofensas ou ameaças.
· O médico diagnostica o transtorno de personalidade paranoide tomando por base sintomas específicos, incluindo desconfiança e suspeita em muitos aspectos da vida.
· Nenhum tratamento é eficaz, mas terapia cognitivo-comportamental pode ser tentada e medicamentos podem aliviar alguns sintomas.
Os transtornos de personalidade são padrões persistentes e generalizados no modo de pensar, perceber, reagir e se relacionar que causam sofrimento significativo à pessoa e/ou prejudicam sua capacidade funcional.
A pessoa com transtorno de personalidade paranoide desconfia dos outros e supõe que os outros pretendem prejudicá-la ou enganá-la, mesmo quando ela tem nenhuma ou pouca justificativa para ter esses sentimentos.
O transtorno de personalidade paranoide ocorre em aproximadamente 2% a mais de 4% da população geral dos Estados Unidos. Ele é considerado mais comum em homens. Há alguma evidência de que o transtorno de personalidade paranoide é um mal de família. Abuso emocional e/ou físico e vitimização durante a infância podem contribuir para o desenvolvimento desse transtorno.
Com frequência, outros transtornos ocorrem concomitantemente. Por exemplo, a pessoa com transtorno de personalidade paranoide pode ter também um ou mais dos transtornos a seguir:
· Esquizofrenia ou um dos transtornos que se assemelha à esquizofrenia
· Um transtorno de ansiedade como, por exemplo, fobia social (transtorno de ansiedade social)
· Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT)
· Um transtorno por uso de álcool
· Outro transtorno de personalidade (como limítrofe)
Sintomas do transtorno de personalidade paranoide
A pessoa com transtorno de personalidade paranoide suspeita que os outros estão planejando explorá-la, enganá-la ou prejudicá-la. Ela acha que pode ser atacada em qualquer momento e sem nenhum motivo. Embora a pessoa tenha nenhuma ou pouca evidência, ela insiste em manter suas suspeitas e pensamentos.
Interpretação de experiências como sendo hostis
A pessoa com transtorno de personalidade paranoide com frequência pensa que os outros a prejudicaram de modo significativo e irreversível. Ela fica atenta quanto a possíveis insultos, ofensas, ameaças e deslealdade e procura significados ocultos em comentários e ações. Ela examina atentamente as outras pessoas em busca de evidência para dar respaldo às suas suspeitas. Por exemplo, ela pode interpretar incorretamente uma oferta de ajuda como uma implicação de que ela é incapaz de fazer a tarefa por conta própria. Se ela acha que foi insultada ou prejudicada de alguma forma, ela não perdoa a pessoa que a prejudicou. Ela tende a contra-atacar ou ficar com raiva em resposta a essas ofensas percebidas. Uma vez que a pessoa desconfia dos outros, ela sente uma necessidade de ser autônoma e estar no controle.
Efeito nos relacionamentos
A pessoa com transtorno de personalidade paranoide hesita em confiar ou desenvolver relacionamentos íntimos com os outros, porque teme que as informações possam ser usadas contra ela. Ela duvida da lealdade de amigos e da fidelidade de cônjuges ou parceiros. Ela pode ser extremamente ciumenta e pode questionar constantemente as atividades e os motivos do cônjuge ou parceiro na tentativa de justificar seu ciúme.
Assim, pode ser difícil conviver com uma pessoa que tem transtorno de personalidade paranoide. Quando os outros reagem de modo negativo à pessoa, ela considera essas reações como sendo confirmação de suas suspeitas iniciais.
Diagnóstico do transtorno de personalidade paranoide
· A avaliação do médico, tomando por base critérios específicos
O médico faz o diagnóstico do transtorno de personalidade com base nos critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 5ª Edição (DSM-5), publicado pela Associação Americana de Psiquiatria.
Para que o médico diagnostique a pessoa com transtorno de personalidade paranoide, ela precisa persistentemente ter desconfiança e suspeita dos outros, indicado por no mínimo quatro dos itens a seguir:
· Suspeita injustificada de que outras pessoas a estão explorando, prejudicando ou enganando.
· Preocupação com dúvidas injustificadas sobre a confiabilidade de seus amigos e colegas de trabalho.
· Relutância em confiar nos outros, temendo que as informações sejam usadas contra ela.
· Interpretar erroneamente comentários ou eventos inocentes como tendo um significado oculto depreciador, hostil ou ameaçador.
· Reter rancores quando acredita ter sido insultada, prejudicada ou ofendida.
· Propensão em acreditar que seu caráter ou reputação foi atacado e rapidez em reagir com raiva ou

Outros materiais