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3.1 HIPERTENSÃO GESTACIONAL Hipertensão Arterial sem proteinúria, que surge após 20 semanas de gravidez, cujos níveis tensionais retornam ao normal...

3.1 HIPERTENSÃO GESTACIONAL
Hipertensão Arterial sem proteinúria, que surge após 20 semanas de gravidez, cujos níveis tensionais retornam ao normal 6 a 12 semanas no período puerperal.
3.2 PRÉ-ECLÂMPSIA LEVE
Pressão Arterial Sistêmica igual ou maior que 140 mmHg e/ou Pressão Arterial Diastólica igual ou maior que 90 mmHg após a 20ª semana de gestação, confirmada em pelo menos duas medidas, com intervalo de 3 a 4 horas
Proteinúria igual ou maior que 300 mg/L em urina de 24h, ou igual ou maior que 1+ em fita indicadora em amostra isolada de urina e edema.
A pré-eclâmpsia leve pode progredir rapidamente para as formas mais graves, sem necessariamente apresentar todos os critérios de gravidade.
3.3 PRÉ-ECLÂMPSIA GRAVE
Pressão Arterial Sistêmica igual ou maior que 160 mmHg e/ou Pressão Arterial Diastólica igual ou maior que 110 mmHg, confirmada em pelo menos duas medidas, com intervalo de 3 a 4 horas.
Proteinúria de 5g ou mais em urina de 24 horas e Oligúria (diurese menor que 400 mL em 24 horas) ou perda da função renal (níveis séricos de creatinina crescentes e maiores que 1,2mg/dL);
Presença de sinais e sintomas de iminência de Eclâmpsia que são:
- Cefaleia;
- Dor epigástrica;
- Transtornos visuais.
Outros sintomas também completam o quadro investigativo:
- Cianose;
- Trombocitopenia < 100.000/mm3;
- Edema de pulmão;
- Insuficiência Respiratória.
3.4 PRÉ-ECLÂMPSIA SUPERAJUNTADA
Quando a pré-eclâmpsia se instala em uma gestante hipertensa crônica, ocasionando um aumento súbito da Pressão Arterial e aparecimento ou aumento súbito da proteinúria. Também pode apresentar Hiperuricemia e Síndrome HELLP.
3.5 SÍNDROME HELLP
É uma complicação da pré-eclâmpsia que se caracteriza por:
- Dor no hipocôndrio direito;
- Trombocitopenia ou plaquetas abaixo de 100.000/ mm³;
- Anemia hemolítica microangiopática que decorre de hemólise (elevação da DHL);
- Icterícia e/ ou elevação das enzimas hepáticas.
A icterícia, apesar de ser considerado um fator de gravidade não faz parte dos critérios clássicos para classificação da gravidade da DHEG.
O que se observa é que, antes da instalação da Síndrome HELLP, já existe algum critério clássico que permite classificar a doença hipertensiva como grave.
Quando não há presença de nenhum dos critérios anteriores, a pré-eclâmpsia é classificada como leve.
04 ECLÂMPSIA
É consequência de uma pré-eclâmpsia grave e caracteriza-se pelo surgimento de convulsões tonicoclônicas em uma paciente com pré-eclâmpsia. Durante a avaliação clínica, deve ser excluído as doenças convulsivas.
As crises podem provocar complicações mortais para o feto, sobretudo devido a um déficit na assimilação de oxigênio, que podem igualmente ser perigosas para a mãe, já que podem provocar um quadro de insuficiência respiratória aguda ou proporcionar hemorragias cerebrais que originem sequelas neurológicas ou um estado de coma irreversível.
Além das convulsões pode haver acometimento de órgãos (fígado, rins) – icterícia, anúria, hematúria e coma, nos casos mais graves.
05 HIPERTENSÃO ARTERIAL CRÔNICA
A Hipertensão Arterial Crônica é um termo descritivo que subentende qualquer doença hipertensiva anterior à gestação.
Em países desenvolvidos, representam de 30 a 50% dos casos de Hipertensão Arterial na Gravidez. Em países em desenvolvimento, incluindo o Brasil, sua incidência aproxima-se de 75%, enquanto a pré-eclâmpsia, na forma pura, representa 25% dos casos das síndromes hipertensivas na gestação.
A Hipertensão Essencial ou Primária representa a principal causa de hipertensão crônica na gravidez. A causa secundária mais comum é a doença do parênquima renal.
Quanto a gravidade, é classificada como complicada quando a gestante apresenta perda da função cardíaca ou, ainda, quando desenvolve pré-eclâmpsia superposta ao longo da gestação.
5.1 HIPERTENSÃO ARTERIAL CRÔNICA COM PRÉ-ECLÂMPSIA SUPERPOSTA
A Pré-eclâmpsia pode sobrepor-se à Hipertensão Arterial preexistente em 15 a 30% dos casos, e esse risco aumenta quando a gestante apresenta prejuízo da função renal.
Esse fato tem importância prognóstica, pois a pré-eclâmpsia tende a associar-se a Hipertensão Crônica em época gestacional mais precoce, quando o produto conceptual ainda é imaturo, possibilitando desfecho desfavorável para a mãe e feto.
O diagnóstico é definido quando ocorre:
- Aumento dos níveis pressóricos associados a proteinúria anteriormente ausente; ou
- A elevação da pressão arterial é acompanhada de aumento dos níveis sanguíneos de ácido úrico (>6mg/dL) anteriormente normais em gestante sem uso de diuréticos;
No pós-parto, pode ser feito o diagnóstico retrospectivo podendo ser estabelecido quando a biópsia renal realizada no puerpério evidencia glomeruloendoteliose.
06 ETIOLOGIA
A etiologia permanece desconhecida, o que prejudica bastante o trabalho preventivo. Entretanto, muitas teorias já foram sugeridas, mas a maioria delas foi abandonada com o passar do tempo. As que ainda são consideradas serão apresentadas a seguir:
6.1 DEFICIÊNCIA DA INVASÃO TROFOBLÁSTICA
Na Toxemia, o fluxo transplacentário diminui o que leva à baixa oxigenação fetal. Isso é proporcionado pela invasão inadequada do trofoblastoendovascular, impedindo as mudanças fisiológicas normais principalmente pelas artérias miometriais.
Ainda no primeiro trimestre ocorre a primeira onda de invasão do trofoblasto que atinge os vasos da decídua. A segunda onda inicia-se em torno da 16ª semana se completando após a 20ª semana.
Na toxemia gravídica, ocorre um estreitamento dos vasos placentários ocasionando um menor fluxo sanguíneo, gerado pela ausência da 2ª onda de invasão trofoblástica. Com isso a gestante desenvolve hipertensão arterial na segunda metade da gestação.

Essa pergunta também está no material:

apostila_do_curso_sindromes_hipertensivas_na_gravidez
37 pág.

Enfermagem Universidade PaulistaUniversidade Paulista

💡 1 Resposta

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Parece que você está compartilhando um trecho sobre hipertensão gestacional. Como posso te ajudar com isso?

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