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de coatora fora questionada e indeferiu os pedidos sob alegações de que não se tratava de direito adquirido e que os servidores teriam apenas expec...

de coatora fora questionada e indeferiu os pedidos sob alegações de que não se tratava de direito adquirido e que os servidores teriam apenas expectativa de direito. II– DO FORO COMPETENTE O artigo 105, I, b da Constituição Federal aduz que compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e julgar o Mandado de Segurança contra ato do Ministro de Estado. Neste sentido, pelo princípio da simetria constitucional, cabe aos Tribunais de Justiça Estaduais a competência para julgar os Secretários de Estado, quando estes forem autoridades coatoras, violadora do direito líquido e certo. No caso em tela, temos direito líquido e certo violado pelo Secretário de Estado do Estado Y, portanto, a competência pertinente ao presente Mandado de Segurança pertence ao Tribunal do Estado Y. III – DO CABIMENTO Conforme preleciona o artigo 5, LXIX da Constituição Federal, o Mandado de Segurança será concedido para proteger direito líquido e certo, não amparado por Habeas Corpus ou Habeas Data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público. Neste mesmo sentido é o artigo 1 da Lei 12.1016 de 2009. No caso, o direito líquido e certo violado não pode ser amparado nem por Habeas Corpus e, tampouco por Habeas Data, de modo que o Mandado de Segurança, garantia constitucional com caráter residual é plenamente cabível. IV – DA LEGITIMIDADE E DA TEMPESTIVIDADE O artigo 5, LXX, I, b da Constituição Federal ainda prevê a hipótese do Mandado de Segurança Coletivo, caso em que o direito líquido e certo violado for de uma coletividade. Nestes mesmos termos é o artigo 21 da Lei 12.016/09, que diz que o Mandado de Segurança pode ser impetrado por partido político com representação no Congresso Nacional, na defesa de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária, ou por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos um ano, em defesa de direitos líquidos e certos da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou associados na forma dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas finalidades. Dispensada, para tanto, autorização especial. No presente caso, o impetrante que é Sindicato dos Servidores Públicos encontra-se na categoria de organização sindical, e portanto, pode figurar no polo ativo desta demanda. Cumpre dizer que o Impetrante, nesta demanda encontra-se na posição de substituto processual de seus associados que tiveram seu direito líquido e certo violado pelo Impetrado. No que tange ao polo passivo, temos como autoridade coatora o impetrado, Secretário do Estado Y, responsável pela Gestão e Planejamento que com o excesso de poder, violou direito líquido e certo do Impetrante ao negar aos associados da Impetrante o direito adquirido. É, portanto, o legitimado passivo da Ação em obediência ao artigo 5, LXX, I, b da Constituição Federal e artigo 21 da Lei 12.016 /09. Ainda, o artigo 23 da Lei 12.016/09, estabelece o prazo de 120 dias para requerer a segurança do direito líquido e certo violado. De tal modo, tempestiva é a presente demanda, pois a violação ocorreu há menos de 120 dias. V – DA VIOLAÇÃO AO DIREITO LÍQUIDO E CERTO O artigo 5, XXXVI, da Constituição Federal estabelece que a lei não prejudicará o direito líquido e certo. Os associados da Impetrante conquistaram, em pleno respeito à legalidade o incremento salarial de 10% a serem pagos em seis parcelas e, logo na terceira parcela, houve a paralisação do pagamento pelo ato coator, ensejando na afronta ao direito já incorporado ao patrimônio dos associados da Impetrante. Ainda, o artigo 37, XV, da Constituição Federal prevê que o subsídio e vencimentos dos ocupantes de cargos públicos são irredutíveis. Neste caso, como o incremento que se deu por antiguidade e merecimento já se incorporou ao patrimônio dos associados da Impetrante, não poderia a Administração Pública simplesmente cancelar ou revogar um direito que já fora entregue. É notável que o ato coator também fere os princípios da Dignidade Humana e Razoabilidade, pois os associados já contavam com o incremento de natureza salarial e num gesto de “dar e “tomar” a Administração Pública, através do ato coator, feriu em cheio o direito líquido e certo dos Associados da Impetrante. VI – DA PROVA PRÉ-CONSTITUÍDA Saliente-se que toda a prova do direito líquido e certo violado já está previamente constituída e acompanha a inicial, não sendo necessária dilação probatória. VII – DO PEDIDO DE MEDIDA LIMINAR No tocante ao Mandado de Segurança Coletivo a medida liminar pode ser concedida nos termos do artigo 22 e artigo 7, III da Lei 12.016 /09, onde o juiz suspenderá o ato que deu motivo ao pedido de segurança, quando houver fundamento relevante. Ora, existe plausibilidade jurídica no direito dos associados pois conquistaram por lei específica o incremento salarial, tendo inclusive recebido três parcelas do mesmo. Ainda, cumpre dizer que os associados da Impetrante contam com o incremento e fizeram planos, já que se incorporou ao patrimônio deles. Simplesmente deixar de pagá-los o que já se havia garantido certamente causará danos aos associados. É, então, urgente que seja concedida a liminar pretendida. VIII – DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS Diante do exposto, requer deste Egrégio Tribunal, que se digne pela: a) Concessão da medida liminar para suspender o ato lesivo que deu motivo ao pedido, assegurando aos associados da Impetrante o direito líquido e certo de receberem as três últimas parcelas do incremento salarial de 10%, nos termos do artigo 7, III, da Lei 12.016 /09. b) Realização da Audiência com o representante judicial do Estado Y, para que no prazo de 72 horas se pronuncie afim de que seja concedida a medida liminar nos termos do artigo 22, parágrafo 2 da Lei 12.016/09. c) Notificação da autoridade coatora, o Secretário Estadual de Planejamento e Gestão do Estado Y para prestar as informações no prazo de 10 dias, nos termos do artigo 7, I, da Lei 12.016 /09. d) Ciência ao Órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, na pessoa do Procurador do Estado Y, enviando-lhe as cópias da Inicial, para querendo, apresente defesa, nos termos do artigo 7, I da Lei 12.016 /09. e) A intimação do Ministério Público, para apresentar o seu parecer, no prazo de 10 dias, nos termos do artigo 12 da Lei 12.016/09. f) Recebimento das provas pré-constituidas, cópia do Edital de Publicação do Concurso Público e do Requerimento Administrativo e resposta da Administração Pública. g) Concessão Definitiva da Segurança, tornando efetiva a Medida Liminar, declarando a ilegalidade do requisito de idade mínima no concurso público nº xxx promovido pelo Estado X, anulando o ato lesivo da autoridade coatora. Dá-se à causa, o valor de R$ xxxx. Termos em que Pede deferimento. Local e data ADVOGADO/OAB Nº XXX

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PEÇA 15 PRÁT V CONSTIT - MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO COM PEDIDO DE MEDIDA LIMINAR-convertido
5 pág.

Prática Civil Universidade Estácio de SáUniversidade Estácio de Sá

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