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Por fim, menciona-se que a Emenda Constitucional n. 45, de 30 de dezembro de 2004, instituiu o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), cujo...

Por fim, menciona-se que a Emenda Constitucional n. 45, de 30 de dezembro de 2004, instituiu o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), cujo objetivo é controlar a atuação administrativa e financeira do referido órgão ministerial, bem como observar o cumprimento dos deveres funcionais de seus membros. TEMA 3 – DA ORGANIZAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO – LEI COMPLEMENTAR N. 75/1993 A organização do Ministério Público do Trabalho encontra-se disposta no art. 85 da Lei Complementar n. 75/1993, que assim dispõe: Art. 85. São órgãos do Ministério Público do Trabalho: I - o Procurador-Geral do Trabalho; II - o Colégio de Procuradores do Trabalho; III - o Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho; IV - a Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público do Trabalho; V - a Corregedoria do Ministério Público do Trabalho; VI - os Subprocuradores-Gerais do Trabalho; VII - os Procuradores Regionais do Trabalho; VIII - os Procuradores do Trabalho. (Brasil, 1993) A carreira no Ministério Público do Trabalho inicia-se com o cargo de Procurador do Trabalho, aprovado por meio de concurso público, conforme disposto no art. 129, parágrafo 3º da Constituição Federal (Brasil, 1988), e finalizada com o cargo de Subprocurador-Geral do Trabalho, ressalvado, como dito anteriormente, a existência do cargo máximo no órgão, que é o de Procurador-Geral do Trabalho. As funções do Procurador-Geral do Trabalho encontram-se descritas nos art. 91 e seguintes da Lompu (Brasil, 1993). Quanto aos Subprocuradores-Gerais do Trabalho, são designados para oficiar no Tribunal Superior do Trabalho e nos ofícios na Câmara de Coordenação e Revisão, lotados na Procuradoria-Geral do Trabalho, conforme redação do art. 107 da Lompu (Brasil, 1993). Hierarquicamente abaixo dos Subprocuradores-Gerais do Trabalho há os Procuradores Regionais do Trabalho, cuja função é oficiar nos Tribunais Regionais do Trabalho, em que estão lotados (Estados ou Distrito Federal), na forma do disposto do art. 110 e do art. 111 da Lompu (Brasil, 1993). Na base da hierarquia funcional do Ministério Público do Trabalho encontram-se os Procuradores do Trabalho, cujas atribuições são de oficiar nas Varas do Trabalho ou no Tribunal Regional do Trabalho, especialmente em demandas que envolvam interesses de menores e incapazes, consoante previsão do caput do art. 112 do mencionado diploma legal. Ressalta-se que muito embora o art. 112 preveja como atribuição dos Procuradores do Trabalho a defesa dos interesses dos menores e incapazes, seu campo de atuação transcende ao descrito, haja vista a possibilidade de proposição de ações civis públicas, por exemplo. Importante ressaltar que apenas os Procuradores do Trabalho estão legitimados a atuar nas Varas do Trabalho, sendo vedada, em regra, a atuação dos Procuradores Regionais do Trabalho e dos Subprocuradores-Gerais do Trabalho, salvo em caso de interesse do serviço, com anuência do designado e com autorização do Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho, conforme o art. 217, parágrafo único, da Lompu (Brasil, 1993). TEMA 4 – DA ATUAÇÃO DOS ÓRGÃOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO NA JUSTIÇA DO TRABALHO: COMPETÊNCIAS E LEGITIMIDADE O Ministério Público do Trabalho tem sua atuação tanto na esfera judicial quanto na extrajudicial. A Constituição Federal de 1988 prevê nos incisos do art. 129 as funções institucionais do Ministério Público, destacando-se a promoção de inquérito civil e a Ação Civil Pública para a defesa de interesses difusos e coletivos, a requisição de diligências investigatórias e a expedição de notificação de procedimentos administrativos de sua competência. A forma de atuação judicial do MPT tem previsão no art. 83 e incisos da Lompu, integralmente transcritos a seguir para uma melhor análise do aluno: Art. 83. Compete ao Ministério Público do Trabalho o exercício das seguintes atribuições junto aos órgãos da Justiça do Trabalho: I - promover as ações que lhe sejam atribuídas pela Constituição Federal e pelas leis trabalhistas; II - manifestar-se em qualquer fase do processo trabalhista, acolhendo solicitação do juiz ou por sua iniciativa, quando entender existente interesse público que justifique a intervenção; III - promover a ação civil pública no âmbito da Justiça do Trabalho, para defesa de interesses coletivos, quando desrespeitados os direitos sociais constitucionalmente garantidos; IV - propor as ações cabíveis para declaração de nulidade de cláusula de contrato, acordo coletivo ou convenção coletiva que viole as liberdades individuais ou coletivas ou os direitos individuais indisponíveis dos trabalhadores; V - propor as ações necessárias à defesa dos direitos e interesses dos menores, incapazes e índios, decorrentes das relações de trabalho; VI - recorrer das decisões da Justiça do Trabalho, quando entender necessário, tanto nos processos em que for parte, como naqueles em que oficiar como fiscal da lei, bem como pedir revisão dos Enunciados da Súmula de Jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho; VII - funcionar nas sessões dos Tribunais Trabalhistas, manifestando-se verbalmente sobre a matéria em debate, sempre que entender necessário, sendo-lhe assegurado o direito de vista dos processos em julgamento, podendo solicitar as requisições e diligências que julgar convenientes; VIII - instaurar instância em caso de greve, quando a defesa da ordem jurídica ou o interesse público assim o exigir; IX - promover ou participar da instrução e conciliação em dissídios decorrentes da paralisação de serviços de qualquer natureza, oficiando obrigatoriamente nos processos, manifestando sua concordância ou discordância, em eventuais acordos firmados antes da homologação, resguardado o direito de recorrer em caso de violação à lei e à Constituição Federal; Ao atuar como fiscal da ordem jurídica, o parquet laboral exerce suas funções como órgão interveniente, principalmente quando houver interesses de incapazes ou interesses da coletividade envolvidos. Sua atuação é uma forma de garantir a ordem pública e os direitos difusos e coletivos. No que diz respeito à atuação extrajudicial, o art. 84 da Lompu prevê em seus incisos a atuação administrativa do Ministério Púbico do Trabalho. Vejamos: Art. 84. Incumbe ao Ministério Público do Trabalho, no âmbito das suas atribuições, exercer as funções institucionais previstas nos Capítulos I, II, III e IV do Título I, especialmente: I - integrar os órgãos colegiados previstos no § 1º do art. 6º, que lhes sejam pertinentes; II - instaurar inquérito civil e outros procedimentos administrativos, sempre que cabíveis, para assegurar a observância dos direitos sociais dos trabalhadores; III - requisitar à autoridade administrativa federal competente, dos órgãos de proteção ao trabalho, a instauração de procedimentos administrativos, podendo acompanhá-los e produzir provas; IV - ser cientificado pessoalmente das decisões proferidas pela Justiça do Trabalho, nas causas em que o órgão tenha intervido ou emitido parecer escrito; V - exercer outras atribuições que lhe forem conferidas por lei, desde que compatíveis com sua finalidade. (Brasil, 1993) Como vimos nas aulas anteriores, a função do Ministério Público do Trabalho demanda que seu representante mor, o Procurador-Geral do Trabalho, integre os órgãos colegiados, principalmente na área trabalhista, no Tribunal Superior do Trabalho e no Conselho Nacional da Justiça do Trabalho, em consonância com o disposto no inciso I do art. 84 da Lompu (Brasil, 1993). É função privativa do Ministério Público do Trabalho a instauração de inquérito civil, cujo objeto é a busca de provas e de elementos para que esse órgão possa se convencer da existência ou não de lesões perpetradas aos interesses difusos, coletivos ou

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AULA 03
15 pág.

Justiça do Trabalho Centro Universitário UNINTERCentro Universitário UNINTER

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