A empresa X Ltda. mantinha contrato de locação comercial com Ulisses. Ocorre que, dois meses antes do primeiro reajuste do aluguel, a rua onde se s...
A empresa X Ltda. mantinha contrato de locação comercial com Ulisses. Ocorre que, dois meses antes do primeiro reajuste do aluguel, a rua onde se situa o imóvel locado é interditada para obra pública, o que leva a uma considerável perda do movimento. A sociedade empresária procura, insistentemente, Ulisses para pedir a dilação do reajuste para depois da obra ou, quando menos, para que os valores acrescidos sejam parcelados e pagos após a retomada do movimento normal. Como Ulisses nem sequer respondia às tentativas de contato, a empresa X Ltda. ingressa com demanda judicial, julgada procedente, ao final, sob o fundamento de que o locador, por sua postura, violara a boa-fé objetiva. Condena-o, pois, a suspender o reajuste enquanto durar a obra e em danos morais. O caso retrata a aplicação do seguinte instituto jurídico: (A) dever de renegociar; (B) teoria da imprevisão; (C) teoria do desvio produtivo; (D) dever de mitigar os próprios prejuízos; (E) responsabilidade civil pela confiança.
A situação descrita retrata a aplicação da teoria da imprevisão, que é a alternativa (B). A teoria da imprevisão se aplica quando ocorre um evento imprevisível que gera desequilíbrio contratual, permitindo a revisão das cláusulas contratuais para restabelecer o equilíbrio entre as partes.
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