O composto é pouco solúvel em água em temperatura ambiente, ficando no fundo do tubo. Em etanol, será solúvel, dissolvendo completamente em tempera...

O composto é pouco solúvel em água em temperatura ambiente, ficando no fundo do tubo. Em etanol, será solúvel, dissolvendo completamente em temperatura ambiente, o que descarta o etanol como solvente para recristalização. Por fim, ambos dissolvem muito pouco em éter. Ao aquecer a solução aquosa, observa-se a completa dissolução do composto na temperatura de ebulição da água. O éter não pode ser muito aquecido, pois seu ponto de ebulição é 35°C, tornando a diferença entre a solubilidade em temperatura ambiente e no ponto de ebulição muito baixa. Assim, o éter é descartado como solvente para recristalização, restando apenas a água. Após o resfriamento do tubo, observa-se a formação dos cristais do composto. Dois fatores justificam as diferenças dos pontos de ebulição dos solventes: interações intermoleculares e massas molares. Se a interação intermolecular for intensa, mais energia será necessária ao sistema para que ela se rompa e a molécula vá para o estado gasoso. A intensidade dessas interações entre as moléculas segue a seguinte ordem decrescente: ligações de hidrogênio > dipolo permanente > dipolo induzido. No entanto, devido à alta eletronegatividade dos elementos N, O e F, as moléculas de água (H2O) apresentam um tipo especial de interação dipolo-dipolo, que é a ligação de hidrogênio. Os pontos de ebulição da água apresentam valores mais elevados do que se esperaria se as interações nesses compostos fossem dipolo-dipolo comuns, isso ocorre devido a interação molecular mais forte das ligações de hidrogênio.