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que é usada e, geralmente, aparece no texto aliada a outras figuras. Comparação – Na figura de linguagem que leva o nome de comparação, temos també...

que é usada e, geralmente, aparece no texto aliada a outras figuras. Comparação – Na figura de linguagem que leva o nome de comparação, temos também, como na metáfora, uma comparação entre dois termos quando se empresta características de um ao outro; mas na comparação essa união de termos sempre é mediada por nexos comparativos (como, tal qual, assim como, da mesma forma, etc.) Metonímia – acontece quando se usa uma palavra em substituição a outra (uma palavra por outra). De acordo com Cegalla (2008, p. 616), temos uma metonímia nas seguintes construções: a) o efeito pela causa: Os aviões semeavam a morte; b) o autor pela obra: Nas horas de folga lia Camões; c) O continente pelo conteúdo: Tomou uma taça de vinho; d) o instrumento pela pessoa que o utiliza: Ele é um bom garfo; e) o sinal pela coisa significada: Que as armas cedam à toga; f) o lugar pelos seus habitantes ou produtos: "A América reagiu e combateu”; g) o abstrato pelo concreto: A mocidade é entusiasta; h) a parte pelo todo: Ele não tinha teto onde se abrigasse; i) o singular pelo plural: O homem é mortal; j) a espécie ou a classe pelo indivíduo: "Andai como filhos da luz", recomenda-nos o Apóstolo (para dizer São Paulo); k) o indivíduo pela espécie ou classe: Os mecenas das artes (protetor), Os átilas das instituições (destruidores). Catacrese – acontece quando se emprega um termo por outro que sirga para melhor descrever uma determinada ação. Exemplo: “Bala perdida”; “Embarcou há pouco no avião” (embarcar é o termo usado para aqueles que entram em um navio). Sinestesia – acontece quando acontece uma associação proposital de sensações expressas por órgãos do sentido diferentes. Exemplo: “Ela me olhou com aquele olhar frio”. Perífrase ou antonomásia – acontece quando há a substituição de uma ou mais palavras por outra que possa lhe servir de sinônimo. Exemplo: “O rugido do rei das selvas é ouvido a uma distância de 8 quilômetros” (O rugido do leão é ouvido a uma distância de 8 quilômetros). Hipérbole – acontece quando se usa propositalmente uma palavra que conota exagero. Exemplo: “Quase morri de estudar”, “Estou quase morrendo de fome”, “Comi até morrer”. Gradação – acontece quando uma sequência de ideias dispostas em sentido ascendente ou descendente. (A gradação ascendente denomina-se também clímax, e a descendente, anticlímax). Exemplos: "O primeiro milhão possuído excita, acirra, assanha a gula do milionário." “Ele foi um tímido, um frouxo, um covarde. Um ser limitado, uma ínfima criatura, um grão de pó perdido no cosmo, eis o que o homem é”. “Uma palavra, um gesto, um olhar bastava para despertar suspeita”. Eufemismo – acontece quando uma expressão “consiste em suavizar a expressão de uma ideia triste, molesta ou desagradável, substituindo o termo contundente por palavras ou circunlocuções amenas ou polidas” (CEGALLA, 2008, p. 626). Veja exemplo na charge abaixo: Figura 4 – Charge que exemplifica um eufemismo Fonte: Todamateria.com.br. Figuras de som – acontece quando se usa a sonoridade das palavras com intuito expressivo em uma frase. Essas figuras de linguagem também podem ser chamadas de figuras de sonoridade. Encaixam-se nessa definição a Aliteração, a Assonância, a Onomatopeia e a Paronomásia. Vejamos resumidamente como cada uma dessas figuras operam: • Aliteração é a repetição de consoantes ou sílabas; • Assonância é a repetição de vogais; • Onomatopeia é a imitação de sons produzidos por animais, natureza, objetos ou pessoas; • Paronomásia é o uso de palavras semelhantes, mas com significados distintos. Figuras de construção – As figuras de construção podem ser consideradas como um recurso linguístico-discursivo que o autor de uma frase usa para causar um maior estranhamento do seu leitor; trazendo a ele um maior sentido expressivo. Dentre as figuras de linguagem de sintaxe temos o pleonasmo, a respeito da qual se diz que “ela precisa ser usada com cuidado” e com muito conhecimento de causa para que não se corra o risco de, na intenção de melhorar o texto, acabar piorando a produção textual. Segundo Bechara: Há de se ter presente para não usá-lo sempre que possível o pleonasmo léxico que resulta do esquecimento do verdadeiro significado de certas expressões portuguesas ou estrangeiras: decapitar (por decepar, já que decapitar só pode referir-se à cabeça) a cabeça, exultar de alegria, panaceia universal, esquecimento involuntário, desde ab aeterno (ab aeterno é expressão latina que já indica desde a eternidade), desde ab initio, tornar a repetir, prever de antemão, antídoto contra e tantos outros. Alguns, usados pelos melhores escritores, já correm com alguma despreocupação diante da crítica mais severa, como é o caso de suicidar-se. Já está incorporada a repetição do prefixo e preposição de mesmo significado, como: incorporar em, coabitar com, coincidir com conformar-se com, etc. (BECHARA, 2009, p. 495) Observemos abaixo as figuras de construção e seus usos mais comuns para verificarmos, quanto ao seu funcionamento, o modo como elas operam na construção frasal: Figura 5 - Figuras de sintaxe Fonte: Coggle.it. Todas as figuras de linguagem trazem consigo um forte traço estilístico (BOOTH, 1980) e, nesse sentido, podemos dizer que a percepção desses traços estilísticos se mostrar mais vívido, sobretudo, nas figuras de som. A partir dessa observação preliminar, podemos entender as observações de Bechara (2009, p. 524) ao dizer que “o conjunto de particularidades do sistema expressivo para eficácia estética recebe o nome de traços estilísticos. São numerosos os traços estilísticos – e há um avultado número deles cujo valor ainda está para ser analisado – em todos os compartimentos de um idioma”. E essa assertiva aplica-se também a nossa língua portuguesa com seus traços estilísticos característicos. 7 FIGURAS DE LINGUAGEM E RETÓRICA Ao crítico literário (CULLER, 1999) coube a difícil tarefa de balizar (e averiguar) a produção literária de períodos diferentes da história da humanidade. Essa relação sincrônica e diacrônica que o profissional das letras trava com os vários fenômenos literários em momentos diversificados da história. Em termos práticos é possível dizer que um crítico literário é “aquele que julga, avalia, comenta ou investiga” obras de cunho literário. Mas, como toda definição, essa também traz em seu escopo alguns problemas de ordem prática e semântica. O E-Dicionário de Termos Literários (2009) aponta, em citação direta, que: A função do crítico deve concentrar-se em três pontos: (1) estudar o artista exclusivamente como artista, e não fazendo entrar no estudo mais do homem que o que seja rigorosamente preciso para explicar o artista; (2) buscar o que poderemos chamar a explicação central do artista (tipo lírico, tipo dramático, tipo lírico elegíaco, tipo dramático poético, etc.; (3) compreendendo a essencial inexplicabilidade da alma humana, cercar estes estudos e estas buscas de uma leve aura poética de desentendimento.” 7.1 Crítica literária Tomando como base as reflexões de Venâncio (2002), é possível afirmar que, no que diz respeito ao seu modo de apreensão das coisas, e também em seu modo de apresentar as coisas ao seu leitor/ouvinte, o crítico é o profissional que no âmbito das letras mais se parece com um filósofo; no sentido em que, como o filósofo, o crítico se preocupa em compreender um determinado fenômeno e com esse fenômeno trava uma espécie de luta cognitiva, ou seja, ele olha para um fenômeno literário e tenta entender suas características e sua ambiguidades naturais. É nesse sentido que segundo Ceia (2009): Existe, pois, um outro tipo de crítica a que chamarei de investigação, que nada tem a ver com estas condições definidas para a atividade específica da recensão. A crítica de investigação só eventualmente estará comprometida com uma instituição (geralmente, a universidade e só quando se transformam trabalhos académicos em estudos de crítica

Essa pergunta também está no material:

TEORIA-E-CRÍTICA-LITERÁRIA-II
67 pág.

Introdução Aos Estudos Literários Centro Universitário UNIFAVENICentro Universitário UNIFAVENI

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