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Analisar a aplicabilidade da Educação Positiva em estudantes de um segmento escolar é possível, pelo estudo de caso, na medida em que, segundo Gil ...

Analisar a aplicabilidade da Educação Positiva em estudantes de um segmento escolar é possível, pelo estudo de caso, na medida em que, segundo Gil (2009) o conceito de estudo caso se estendeu tanto, de tal modo que é possível efetuar um estudo de caso numa família ou qualquer outro grupo social ainda que pequeno, isto é: uma organização, um conjunto de relações, um papel social, um processo social, uma comunidade, uma nação ou mesmo toda uma cultura. Convergindo com essa premissa Yin (2005) diz que o estudo de caso utilizado na pesquisa pode ser analisado em caso único como em casos múltiplos, ou seja, ambos são variantes dessa técnica de pesquisa. O autor considera que o estudo de caso único é eminentemente justificável quando representa: “(a) um teste crucial da teoria existente; (b) uma circunstância rara ou exclusiva, ou (c) um caso típico ou representativo, ou quando o caso serve a um propósito (d) revelador ou (e) longitudinal” (YIN, 2005, p.33). A constituição do procedimento metodológico No primeiro momento foi realizado uma visita na escola para solicitar a direção a possibilidade da realização do estudo de caso, na unidade escolar, durante a reunião com a direção da escola explicamos os objetivos da pesquisa, a metodologia a ser usada e o impacto esperado na escola, tivemos ótimas recomendações por parte da equipe gestora das turmas dos anos fundamentais, anos iniciais e dos projetos notáveis que são realizados com as crianças. No segundo momento, dando início ao nosso estudo de caso, atuamos como observador participante e analisamos a atuação de duas educadoras notáveis, que desempenharam papéis cruciais no processo de ensino-aprendizagem. As abordagens utilizadas pelas educadoras diferem ligeiramente, mas ambas demonstram um compromisso admirável com o bem-estar e o desenvolvimento das crianças. A educadora “M” representa uma abordagem serena e centrada: sua presença tranquila e seu tom de voz suave oferecem uma sensação de conforto às crianças. Ela firmemente na inclusão e na importância do respeito mútuo. “M” é conhecida por tratar todas as crianças com igualdade, independentemente de suas origens ou habilidades. Ela valoriza o diálogo como ferramenta educacional, mantendo sempre um canal aberto com seus estudantes, mesmo quando precisa estabelecer limites com firmeza. Sua organização e paciência a tornam uma educadora confiável e eficaz, capaz de criar um ambiente de aprendizado acolhedor. A educadora “J” representa uma abordagem compreensiva e dinâmica: a educadora irradia compreensão e alegria. Suas interações com as crianças são sempre lúdicas, o que cria um ambiente de aprendizado divertido e estimulante. Ela é notável por sua capacidade de cativar a atenção dos alunos, tornando a aprendizagem uma experiência envolvente. “J” apresenta propostas dinâmicas e sua didática clara torna o processo de aprendizado mais acessível. Sua paciência é uma virtude, mas, quando necessário, ela consegue ser firme sem perder o carinho. A educadora domina a arte de manter uma turma respeitosa e colaborativa, criando uma atmosfera propícia para o crescimento e a exploração. Com a atuação de observador participante das turmas das educadoras, podemos afirmar que ambas são exemplos brilhantes do que é ser uma profissional que faz uso da Educação Positiva. A educadora “M” oferece um ambiente seguro e estável para os estudantes, e sua abordagem centrada na inclusão nos passou confiança de que os estudantes estão sendo preparados para enfrentar um mundo diversificado. Por outro lado, a educadora “J” traz uma alegria contagiante para a sala de aula, tornando a aprendizagem emocionante. Os estudantes frequentemente compartilhavam conosco histórias empolgantes sobre as atividades que a educadora passava e como ela os inspiravam a aprender. Ambas são profissionais exemplares, e tiveram uma participação significativa no desenvolvimento de nossa pesquisa. As educadoras demonstraram que a educação pode ser enriquecedora e bem-sucedida por meio de abordagens diferentes do que estamos acostumados a ver, de forma positiva e respeitosa mas igualmente eficazes. Suas qualidades de compreensão, dinamismo e habilidade de estabelecer limites tornam-nas figuras inspiradoras na formação de futuras gerações. A EMEF Professor Carlos Pasquale e sua caracterização A localidade onde foi construído o estudo de caso foi na unidade escolar E.M.E.F. Professor Carlos Pasquale, estabelecida na região central do bairro Itaim Paulista, Zona Leste de São Paulo Capital, escolhemos a unidade escolar em questão por seus projetos notáveis com a comunidade, sendo um deles o “Perma Paquale” que se compromete com a sustentabilidade implantando programas de reciclagem, coleta e reuso de folhas nas compostagens, coletas de materiais tóxicos e danosos ao meio ambiente, arborização, pauta ecológicas, a escola segue as premissas das “ Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS ONU)” que tem como propósito acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que a pessoas, em todos os lugares possam desfrutar de paz de prosperidade, e com relação aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), o Projeto Político Pedagógico (2023) da unidade prevê: A apropriação pelos estudantes ganhou muita qualidade após se tornarem parte da arquitetura, pintados em cada uma das portas como numeração das mesmas (ODS 1 indica a sala 1 e assim por diante). De maneira geral, independente do ano escolar, os estudantes ao menos já ouviram falar das respectivas propostas, afinal, sua sala está numerada com 1 dos 17 ODS. (Projeto Político Pedagógico EMEF Professor Carlos Pasquale p. 68). A intenção do corpo estudantil é criar uma conexão visual e concreta entre os estudantes e as metas de desenvolvimento sustentável, tornando realmente possível que eles tenham conhecimentos sobre essas metas. A abordagem criativa da escola, pintando as ODS nas portas, pode ajudar a conscientizar os estudantes sobre questões globais importantes e incentivá-los a se envolverem ativamente em ações que promovam esses objetivos. Conhecemos também as pautas do grêmio estudantil “Marielle Franco” que organizam paradas quinzenais reflexivas abordando temas como “Cyberbullyng”, “Aporofobia”, “Homofobia”, Capacitismo etc. Segundo o Projeto Político Pedagógico da unidade (2023) as paradas têm a finalidade de responder à necessidade de levar aos estudantes reflexões sobre temas que interferem diretamente nas relações pessoais, geralmente contextualizados no âmbito dos preconceitos e das violências.

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Educacao Positiva no Ambiente Escolar 11
31 pág.

Avaliação Educacional Universidade GuarulhosUniversidade Guarulhos

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A Educação Positiva pode ser aplicada em estudantes de um segmento escolar, como demonstrado no estudo de caso, através da atuação de educadores exemplares que utilizam abordagens diferentes, porém igualmente eficazes. A educadora "M" adota uma abordagem serena e centrada, valorizando a inclusão e o respeito mútuo, enquanto a educadora "J" possui uma abordagem compreensiva e dinâmica, tornando a aprendizagem emocionante. Ambas as educadoras demonstram que a educação pode ser enriquecedora e bem-sucedida, contribuindo significativamente para o desenvolvimento dos estudantes.

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