Letra A - Vejamos item a item:

(a) A alternativa está correta porque realmente há distinção entre a regulação do Código de Ética em comparação à legislação específica que regula o regime disciplinar dos servidores, como a Lei nº 8.112/1990 e a Lei nº 8.429/1992. O Código de Ética é mais amplo, mais valorativo e menos focado na aplicação de sanções – em seu âmbito, apenas se aplica a pena de censura.

(b) A alternativa está errada porque, pelo contrário, o objetivo do Código de Ética é justamente fazer o apelo à ética e à moralidade do servidor, acima do apelo à legalidade e da força da coação.

(c) A alterativa está errada porque falta ao Código de Ética a intenção de se impor como lei e coagir sua aplicação, ou seja, não há coercibilidade jurídica.

(d) A alternativa está errada porque o Código claramente faz sim um apelo ao sentimento de adesão moral e de convicção íntima de cada servidor.

(e) A alternativa está errada porque o Código não traz um rigoroso sistema de sanções, na verdade, apenas prevê a de censura.

a) As prerrogativas não são do servidor, mas do cargo que ele ocupa, então ele não pode delas usufruir por mero interesse particular, restando “a” incorreta.
b) A finalidade é tão importante, senão mais importante, do que a legalidade do ato, isto é, nada adianta um ato ser lícito se ele for cometido com a intenção de ir contra a finalidade essencial que deveria ter, notadamente, a preservação do interesse público, restando errada “b”.
c) Neste sentido, preconiza o Decreto nº 1.171/1994: “XIV - São deveres fundamentais do servidor público: [...] m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário ao interesse público, exigindo as providências cabíveis; [...]”. Além disso, comunicar o fato não exime o servidor de ser responsabilizado caso também tenha agido de forma incorreta.
d) Conforme explicação da alternativa correta, o servidor tem dever de comunicar ilicitudes.
e) A embriaguez habitual, ainda que em ambiente privado, é infração ética, punível com censura (inciso XV, “n”, Decreto nº 1.171/1994), restando errada “e”.