A exposição humana a agrotóxicos constitui um importante problema de saúde pública nacional. No Brasil, segundo dados do Sistema Nacional de Inform...

A exposição humana a agrotóxicos constitui um importante problema de saúde pública nacional. No Brasil, segundo dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX), foram registrados 7.511 casos de intoxicação por agrotóxicos em 2014, dos quais 0,97% evoluíram para óbito. Acredita-se que esses números podem estar subestimados, já que há elevada subnotificação desses eventos, estimando-se que, para cada caso registrado, outros 50 não são notificados (QUEIROZ et al., 2019. Sistema de Informação de Agravos de Notificação e as intoxicações humanas por agrotóxicos no Brasil. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 22).

Considere as proposições abaixo no que diz respeito às classes dos agrotóxicos e seus respectivos mecanismos de ação:

I. Organofosforados e carbamatos são considerados inibidores da acetilcolinesterase, fazendo com que a acetilcolina se acumule nas sinapses do sistema nervoso.

II. Os inseticidas Piretróides afetam as membranas nervosas, modificando os canais de sódio e potássio, resultando na despolarização das membranas. Eles não são tão persistentes no ambiente e são usados tanto em ambientes agrícolas, quanto em ambientes e urbanos.

III. Em relação ao Paraquat, a intoxicação resulta de lesão pulmonar, com a formação de radicais superóxidos (O2-), cuja detoxificação pela enzima superóxido dismutase, resulta na formação de peróxido de hidrogênio (H2O2), o qual peroxida lipídios e danifica membranas.

IV. Intoxicações humanas associadas com rodenticidas, como a varfarina, geralmente resultam da ingestão acidental ou suicida. Indivíduos que são expostos, deverão ser submetidos a lavagem gástrica precoce e uso de carvão ativado, além de receber vitamina K como principal antídoto.