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Psicopedagogia

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Além do psiquiatra infantil Leo Kanner em 1940 falar pela primeira vez sobre os sintomas de autismo em crianças, Hans Asperger na Áustria, em 1944 publicou o artigo “Psicopatologia autista da infância”, em que descreveu quatro crianças com características semelhantes às descritas por Kanner (1943), inclusive usando o mesmo termo, autista, para os sintomas.
Com base nessa informação analise as asserções abaixo:
I. Nesse intuito, as descrições de Asperger (1944) apresentaram características que já haviam sido levantadas por Kanner (1940), como a dificuldade das crianças em fixar o olhar durante situações sociais, diante disso, ele fez algumas ressalvas sobre as peculiaridades dos gestos, carentes de significados e caracterizados por estereotipias.
II. para Asperger (1944), as crianças com autismo apresentavam uma forma ingênua e inapropriada no convívio social, em aproximar-se das pessoas. Notou, ainda, dificuldade dos pais em constatar comprometimentos nos três primeiros anos de vida da criança, Kanner (1940) não descreveu tais características.
a. A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira.
b. A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa.
c. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.
d. As asserções I e II são proposições falsas.
e. As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa correta da I.
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psicopedagogia360

há 7 meses

Respostas

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há 7 meses

Vamos analisar cada asserção: I. A asserção menciona que as descrições de Asperger (1944) apresentaram características semelhantes às de Kanner (1940), como a dificuldade em fixar o olhar durante situações sociais e ressalvas sobre gestos estereotipados. Isso é verdadeiro, pois Asperger realmente descreveu características que se sobrepõem às de Kanner, incluindo dificuldades sociais e comportamentos estereotipados. II. A asserção afirma que, para Asperger (1944), as crianças com autismo apresentavam uma forma ingênua e inapropriada de se aproximar das pessoas, além de notar a dificuldade dos pais em perceber comprometimentos nos primeiros anos de vida, e que Kanner (1940) não descreveu tais características. Essa parte é parcialmente verdadeira, pois Asperger realmente notou essas características, mas Kanner também abordou aspectos do desenvolvimento social e comportamental das crianças, embora de forma diferente. Com base nessa análise: - A asserção I é verdadeira. - A asserção II é verdadeira, mas a parte que diz que Kanner "não descreveu tais características" pode ser considerada enganosa, pois Kanner abordou aspectos do comportamento social, embora de maneira diferente. Portanto, a alternativa que melhor se encaixa é: c) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.

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O diagnóstico precoce para o TEA, é fundamental para que a criança receba as intervenções e tratamentos adequados. Porém, vários fatores influenciam em um diagnóstico tardio, como variabilidade nos padrões de desenvolvimento, poucas disparidades entre crianças neurotípicas e com atrasos não severos, além da conduta de negação de algumas famílias.
No que se refere ao diagnóstico da criança com TEA:
I – O autismo é um espectro, com uma ampla gama de comportamentos. Muitas vezes, seus sintomas variados levam ao diagnóstico tardio do autismo;
II – O diagnóstico do autismo não é simples, requer avaliações com diferentes especialistas e entrevistas estruturadas com os pais sobre os sintomas atuais e passados da criança. Dessa forma, o TDAH associado ao autismo pode ser confundido com um TDAH grave, pois os sintomas dos dois transtornos podem ser muito semelhantes, a princípio;
III – Hoje, com o avanço da medicina, existem exames clínicos que possam contribuir significativamente para o diagnóstico do TEA, inclusive explica o aumento do número de crianças diagnosticadas nos últimos anos;
IV – Para evitar o diagnóstico tardio, é muito importante que os pais prestem atenção no desenvolvimento de seus filhos. Uma vez que os principais sintomas do Transtorno são sinais de atraso na linguagem, comunicação, interação social e interesses restritos e repetitivos.
a. Apenas I, III e IV estão corretas.
b. Todas as alternativas estão corretas.
c. Apenas II e III estão corretas.
d. Apenas I, II e IV estão corretas.
e. Apenas I e IV estão corretas.

A definição do autismo sofreu controvérsias no decorrer dos anos, que foram refletidas na própria história dos dois sistemas de classificação de transtornos mentais e de comportamento – CID (The International Statistical Classification of Diseases and Related Health Problems – ICD), publicados pela Organização Mundial da Saúde, e o Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais – DSM (Diagnostic and Statistical Manual for Mental Disease) da Associação Psiquiátrica Americana (APA).
Sobre o conceito de autismo nos dois sistemas, CID e DSM: Assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F):
( ) As primeiras edições do CID não fazem qualquer menção ao autismo. A oitava edição o traz como uma forma de esquizofrenia e a nona edição, como psicose infantil.
( ) Foi apenas na década de 80 que o autismo foi retirado da categoria de psicose ou esquizofrenia. Na terceira edição do DSM (DSM-III), a nomenclatura passou a ser “autismo infantil”.
( ) Em 1994, o CID-10 e o DSM-IV o autismo era tratado dentro de três subcategorias oficiais: transtorno autista, síndrome de Asperger e TID.
( ) Atualmente, no DMS-V o autismo está no grupo de transtornos do neurodesenvolvimento, recebendo o nome de Transtorno do Espectro Autista (TEA). Assim, o TEA é definido como um “distúrbio do desenvolvimento neurológico que deve estar presente desde a infância, apresentando déficit nas dimensões socio comunicativa e comportamental.”
( ) O DMS-V divide o TEA em graus: nível 4, nível 3, nível 2 e nível 1.
a. V - F - V - F - V.
b. F - F - V - V - F.
c. V - V - V - V - F.
d. V - V - F - V - V.
e. V - V - V - V - V.

O psicopedagogo que acompanha a criança com TEA deve auxiliar o professor a conhecer e identificar as facilidades e dificuldades do estudante autista, para que juntos possam planejar conteúdos, materiais adaptados e como aplicá-los. O psicopedagogo deve considerar alguns aspectos ao atender as crianças autistas, principalmente as que frequentam o ensino regular.
Sobre as intervenções do psicopedagogo é correto afirmar:
a. Alguns materiais podem ajudar a nortear o trabalho do professor, que vão desde materiais pedagógicos, a reforçadores positivos, técnicas de educação comportamental, porém, para utilizar esses materiais em sala de aula, o professor precisa ter especialização em psicopedagogia.
b. O psicopedagogo precisa contribuir para que a escola e o professor compreendam o laudo clínico da criança com TEA, uma vez que suas capacidades e possibilidades de aprendizagem são limitadas.
c. O psicopedagogo precisa pensar em estratégias que busquem promover o bem-estar, reduzindo o medo, a ansiedade e a frustração; promovendo a autonomia; o desenvolvimento das habilidades de comunicação e autoconsciência; desenvolvendo habilidades cognitivas e atenção.
d. O psicopedagogo precisa cobrar que o professor regente estude, faça cursos e aprenda sobre o TEA, passando a conhecer técnicas e métodos variados que auxiliem o aluno a desenvolver habilidades e agregar conhecimentos.
e. O professor regente da turma pode se sentir intimidado, por não dominar totalmente os aspectos do TEA.

A aprendizagem ocorre de maneira diferente para qualquer criança, e isso fica ainda mais evidente em crianças com TEA. Para compreender como ocorre a aprendizagem na criança, é necessário conhecer suas habilidades, capacidades e limitações dentro do seu desenvolvimento global, para assim, ser estruturado um plano educacional individualizado. Dentro da aprendizagem, o que funciona para uma criança com TEA pode não funcionar para outra. É necessário grande perseverança por parte dos profissionais no planejamento das ações. Para que a aprendizagem aconteça de maneira efetiva: Assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F): ( ) O profissional que irá trabalhar com crianças autistas precisa ter claro que todos têm capacidade para aprender, porém, limitações irão impedir algumas aprendizagens. ( ) São necessárias estratégias estruturadas, aplicadas com sistematicidade, observando as características individuais levantadas durante o processo de avaliação e conhecimento da criança. ( ) É preciso ter em mente que algumas dificuldades serão superadas com o desenvolvimento, outras precisarão de mediação e adaptações, por isso a estimulação é fundamental, respeitando o caminho já percorrido e os avanços já conquistados. ( ) Alguns aspectos comuns em crianças com TEA que precisam ser considerados pelo psicopedagogo e/ou professor, como: capacidade sensorial, capacidade espacial, capacidade de simbolizar, subjetividade, linguagem, cognição, hiperatividade, estereotipias, psicomotricidade, socialização e o afeto. ( ) A educação efetiva ocorrerá por intermédio de estratégias que transformem estas dificuldades em vontade de aprender e construir, dando autonomia para o aluno, com atividades de caráter terapêutico, afetivo, social e pedagógico, por isso não há necessidade de adaptação curricular, já que esse objetivo escolar é para todas as crianças. a. V - F - V - F - V; b. V - V - V - V - V. c. F - V - V - V - V; d. F - V - F - F - F; e. F - V - V - V - F;

O TEA possui uma complexa natureza etiológica, por isso, para o tratamento apresentar os melhores resultados é necessário que a criança seja incluída em equipes de reabilitação interdisciplinar, com especialistas de várias áreas, como, psicopedagogos, médicos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos, terapeutas comportamentais.
Sobre a equipe multiprofissional: Assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F):
( ) Para que as terapias apresentem os melhores resultados possíveis, pais, profissionais e pacientes precisam estar em sintonia, com os mesmos objetivos, além da escola em que a criança frequenta.
( ) Além da sintonia dos profissionais responsáveis pelo tratamento da criança com TEA, é necessário que haja sintonia também entre os colegas da escola, para que esse aluno incluído não sofra bullying ou se submeta ao papel de vitimização.
( ) Mesmo o autismo sendo um comprometimento permanente, a maioria dos indivíduos apresentam melhoras no relacionamento social, na comunicação e nas habilidades de autocuidado quando crescem.
( ) Entre vários fatores que acarretam essa melhora, destacam-se a presença de alguma linguagem de comunicação perto dos cinco ou seis anos de idade, o nível intelectual não-verbal, a gravidade da condição e a resposta à intervenção educacional.
( ) Esses ganhos acontecem geralmente quando a criança frequenta a escola primária e principalmente quando são feitas intervenções estruturadas, individualizadas e intensivas.
a. V - F - F - V - F
b. V - V - V - V - V
c. V - F - V - F - V
d. V - V - F - V - V
e. F - F - V - V - V

Existem diversas linhas de tratamento e intervenção para crianças diagnosticadas com TEA, cada criança irá apresentar necessidades e habilidades individualizadas, que precisam ser atendidas de acordo com a realidade familiar e a quantidade de recursos que podem ser oferecidos. Por isso, é necessária uma avaliação individual, com diversos profissionais, para juntos traçarem o melhor plano de intervenção.
Sobre os tipos de tratamentos existentes:
I – ABA é uma ciência que analisa o comportamento, é uma intervenção que tem se mostrado bastante efetiva para tratamento de crianças com TEA;
II – O modelo terapêutico Denver de Intervenção precoce para Crianças Autistas, trabalha com estimulação intensiva e diária baseada em Análise do Comportamento Aplicado (ABA);
III – O “Coaching Parental”, que tem como princípio orientar familiares e pais, na busca de estratégias para o comportamento dos cuidadores, adequações de rotina e corresponsabilização para estimulação da criança;
IV – A Terapia de integração sensorial é para crianças com TEA que apresentam alterações no processamento sensorial, para ocorrer precisa envolver a equipe de saúde, a equipe pedagógica e a família.
a. Apenas II e IV estão corretas.
b. Apenas I, II e III estão corretas.
c. Apenas I e III estão corretas.
d. Apenas II e III estão corretas.
e. Todas as alternativas estão corretas.

O psicólogo, com sua formação específica e definida, também faz parte da equipe multidisciplinar necessária para contribuir no desenvolvimento da pessoa com TEA. Seu conhecimento na área do desenvolvimento humano possibilita condições para detectar as áreas defasadas e comprometidas, a participação da família é fundamental para todo esse processo.
Assim sendo, podemos afirmar que:
a. O psicólogo, com sua formação específica e definida, também pode fazer parte da equipe multidisciplinar da pessoa com TEA, porém, seu papel não é importante.
b. Durante o acompanhamento psicológico de um autista, a família não deve se envolver nas sessões e nem no que é conversado nela entre o terapeuta e a criança com TEA.
c. A psicologia pode contribuir de maneira significativa na vida de pessoas com TEA, independente dos níveis de desenvolvimento.
d. A única função do terapeuta é desenvolver nas crianças com TEA seus sentimentos de autovalor e autoconfiança, assim como confiar no outro e buscar sua independência.
e. É importante que o psicólogo esteja atualizado com os trabalhos e pesquisas recentes para orientar a família, já que ele não irá conseguir realizar um bom trabalho com a criança e sim com a família apenas.

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