Vamos analisar cada uma das alternativas em relação à afirmação de Fernando Novais sobre a vida dos primeiros colonos portugueses no Brasil e como eles se inseriram tanto na civilização ocidental quanto na realidade local. A - Ignorando a realidade colonial, os portugueses, inclusive mais que os espanhóis, ignoraram a realidade natural do Brasil e impuseram à colônia toda uma nova natureza para ser utilizada pelos colonizadores. Essa afirmação é exagerada, pois os portugueses, embora tenham tentado impor suas práticas, também se adaptaram à realidade local. B - A ausência de instituições religiosas, o fraco poder central metropolitano, a prevalência do trabalho livre, foram características coloniais que se diferenciavam da realidade metropolitana. Essa opção apresenta algumas verdades, mas a prevalência do trabalho livre não é uma característica marcante do período colonial, que foi fortemente marcado pela escravidão. C - Para a historiografia do Brasil colônia, a escravidão ou o sistema de plantation eram menos importantes à realidade dos habitantes locais do que a difusão de ideias religiosas. Essa afirmação não é correta, pois a escravidão e o sistema de plantation foram fundamentais para a economia colonial e a vida dos habitantes. D - Ainda que os portugueses lançassem suas interpretações culturais para compreender o Brasil, as especificidades da vida colonial exigiam adaptações conforme as demandas locais. Essa alternativa reflete bem a ideia de que os colonos precisavam adaptar suas práticas e interpretações culturais à nova realidade que encontraram no Brasil. E - A presença constante de revoltas coloniais é evidência da presença de um sentimento nativista e patriótico brasileiro desde o século XVI. Embora haja revoltas, a ideia de um sentimento nativista e patriótico no sentido moderno é uma interpretação mais recente e não se aplica diretamente ao período inicial da colonização. Após essa análise, a alternativa que melhor se alinha com a afirmação de Fernando Novais e a realidade da vida colonial é: D - Ainda que os portugueses lançassem suas interpretações culturais para compreender o Brasil, as especificidades da vida colonial exigiam adaptações conforme as demandas locais.