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No que tange à Resolução nº 3/2019 aprovada pela Assembleia-Geral da Rede Nacional de Ouvidorias, julgue os itens a seguir e em seguida, assinale a opção correta:
No que tange à Resolução nº 3/2019 aprovada pela Assembleia-Geral da Rede Nacional de Ouvidorias, julgue os itens a seguir e em seguida, assinale a opção correta:
I - O primeiro aspecto relevante da Resolução nº 3/2019 foi estabelecer a centralização dos meios de recebimento de denúncia como premissa para a adoção de medidas de salvaguarda à identidade dos denunciantes.
II - Essa foi a primeira norma que versou sobre o trâmite e o encaminhamento entre distintas unidades e órgãos sob a perspectiva da tutela da confiança, enfrentando um problema bastante comum na prática das unidades de ouvidoria: o tratamento de denúncias cuja apuração não esteja sob a competência do órgão recebedor.
III - Sob a perspectiva da tutela da confiança do denunciante, quando o órgão competente para apurar a denúncia não for o orgão recebedor da mesma, faz-se necessário consultar o denunciante acerca do encaminhamento de sua denúncia para o órgão competente sempre que esse encaminhamento implicar no envio dos elementos de identificação do denunciante.
IV - A norma modelo aprovada pela Resolução nº 3/2019 tem efeito vinculante para todos os entes federativos.
a. Todos os itens estão corretos.
b. Todos os itens estão incorretos.
c. Apenas os itens I, II e IV estão corretos.
d. Apenas o item IV está incorreto.
e. O item III está incorreto.
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AdmComigo

há 6 meses

Respostas

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há 6 meses

Vamos analisar cada um dos itens: I - O primeiro aspecto relevante da Resolução nº 3/2019 foi estabelecer a centralização dos meios de recebimento de denúncia como premissa para a adoção de medidas de salvaguarda à identidade dos denunciantes. Verdadeiro, a centralização é um ponto importante para proteger a identidade dos denunciantes. II - Essa foi a primeira norma que versou sobre o trâmite e o encaminhamento entre distintas unidades e órgãos sob a perspectiva da tutela da confiança, enfrentando um problema bastante comum na prática das unidades de ouvidoria: o tratamento de denúncias cuja apuração não esteja sob a competência do órgão recebedor. Verdadeiro, a Resolução realmente aborda essa questão. III - Sob a perspectiva da tutela da confiança do denunciante, quando o órgão competente para apurar a denúncia não for o órgão recebedor da mesma, faz-se necessário consultar o denunciante acerca do encaminhamento de sua denúncia para o órgão competente sempre que esse encaminhamento implicar no envio dos elementos de identificação do denunciante. Verdadeiro, essa afirmativa está correta, pois a consulta ao denunciante é uma prática recomendada para preservar a confiança. IV - A norma modelo aprovada pela Resolução nº 3/2019 tem efeito vinculante para todos os entes federativos. Falso, a Resolução não tem efeito vinculante para todos os entes federativos, pois as normas podem ser seguidas de forma orientativa, mas não obrigatória. Com base nessa análise, os itens I, II e III estão corretos, enquanto o item IV está incorreto. Portanto, a alternativa correta é: e) O item III está incorreto.

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PROTEÇÃO AO DENUNCIANTE E TRATAMENTO DE DENÚNCIAS EM OUVIDORIA - ESCOLA VIRTUAL - EVG - ENAP
Com relação às funções de ouvidoria, assinale a alternativa INCORRETA: (com foco na função de recebimento de denúncias e de proteção ao denunciante).
a. A primeira função da ouvidoria é acolher e receber as manifestações de usuários de serviços públicos, além de receber as denúncias relacionadas a eventuais irregularidades cometidas por agentes públicos e, muitas vezes, ser responsável pelos pedidos de acesso à informação e pelos requerimentos relacionados à proteção de dados pessoais.
b. A segunda função da ouvidoria é promover a melhoria da gestão pública, uma vez que a ouvidoria se configura como canal de contato direto entre a Administração Pública e as pessoas que buscam garantir direitos junto ao Estado.
c. Para exercer a função de melhoria da gestão pública, a ouvidoria deve processar as informações obtidas por meio das manifestações recebidas e das pesquisas de satisfação realizadas com a finalidade de avaliar os serviços públicos prestados.
d. A terceira função da ouvidoria diz respeito ao seu papel como canal de recebimento de denúncias sobre irregularidades cometidas por agentes públicos.
e. Ao receber uma denúncia, o servidor da ouvidoria deve avaliar se é necessária a adoção de procedimentos para garantir a segurança do denunciante. Essa avaliação é feita tendo como base a análise preliminar do conteúdo da denúncia recebida.

Acerca do conceito de denúncia, marque a alternativa INCORRETA:
a. Denúncia é o ato que informa a prática de irregularidade ou de ilícito cuja solução dependa da atuação dos órgãos apuratórios competentes.
b. A denúncia envolve infrações disciplinares, crimes, prática de atos de corrupção, má utilização de recursos públicos ou improbidade administrativa que venham ferir a ética e a legislação, bem como as violações de direitos, mesmo que ocorridas em âmbito privado.
c. A denúncia engloba, também, as demonstrações de insatisfação relativa à prestação de serviço público e à conduta de agentes públicos na prestação e na fiscalização desse serviço, como a falta de respeito durante um atendimento. Nesta categoria se enquadram também as críticas e as opiniões desfavoráveis à administração pública, a seus processos, suas atividades, sistemas ou a algum de seus agentes.
d. A investigação e repressão aos atos ilícitos relatados por um denúncia dependem da atuação dos órgãos de apuração, a exemplo das auditorias, corregedorias, comissões de ética, controladorias, tribunais de contas, órgãos policiais e Ministério Público.
e. A denúncia não se confunde com as demonstrações de insatisfação relativa à prestação de serviço público e à conduta de agentes públicos na prestação e na fiscalização desse serviço, como a falta de respeito durante um atendimento. Tais manifestações se configuram como reclamação.

Com relação às comunicações de irregularidades, marque a alternativa INCORRETA:
a. As comunicações de irregularidade, descritas no art. 23, § 2º, do Decreto federal nº 9.492/2018, são informações de origem anônima que comunicam irregularidades com indícios mínimos de relevância, autoria e materialidade.
b. Comunicações de irregularidades, pelo fato de serem anônimas, não devem passar pela análise preliminar realizada pela ouvidoria, uma vez que esses atos não necessitam de encaminhamento às unidades de apuração, devendo ser encerradas no ato de seu recebimento.
c. Por não serem consideradas manifestações de ouvidoria, conforme a Lei nº 13.460/2017, as comunicações de irregularidades recebem tratamento que se distingue daquele dado às denúncias, uma vez que não são passíveis de acompanhamento pelo seu autor, justamente porque ele optou por não se identificar.
d. As comunicações de irregularidade servem para auxiliar na detecção e na correção de irregularidades. Nesse sentido, havendo razoabilidade mínima no conteúdo narrado e documentos de comprovação ou informações que possibilitem a análise e a apuração dos fatos, as comunicações devem ser recebidas e, após análise prévia pela ouvidoria, enviadas ao órgão ou entidade competente para sua apuração.
e. A jurisprudência dos tribunais superiores é unânime ao considerar que a denúncia anônima não é meio hábil para sustentar, por si, a instauração de um procedimento de responsabilização. Entretanto, é importante ressaltar que tal jurisprudência não veda a investigação e a coleta de provas relacionados a fatos narrados em nas denúncias anônimas (comunicação de irregularidade).

Os mecanismos de proteção a denunciantes se organizam em três linhas de defesa que se sucedem: assim, quando uma falha, a outra entra em operação. No modelo brasileiro, a primeira linha tem natureza preventiva, ao passo que a segunda e a terceira possuem, de forma geral, natureza reativa. A esse respeito, assinale a opção INCORRETA:
a. A primeira linha de defesa refere-se à proteção da identidade do denunciante. Essa garantia precisa abranger toda e qualquer pessoa que realiza uma denúncia à Administração Pública.
b. A segunda linha de defesa diz respeito à proteção contra retaliações. Essa linha é especialmente relevante nos casos em que a identidade do denunciante for exposta indevidamente.
c. A terceira linha de defesa está relacionada com a reparação por danos decorrentes de retaliações, sendo importante considerar a possibilidade de reparação rápida dos danos decorrentes de eventual retaliação.
d. Quando a identidade de um denunciante se torna pública ou quando ela é acessada por pessoa diretamente interessada no fato denunciado, o denunciante poderá estar sujeito a eventuais atos de retaliação. Por essa razão, é imprescindível que o denunciante possa contar com o apoio institucional necessário para fazer cessar o ato de retaliação.
e. Entre as três linhas de defesa, a mais importante diz respeito à reparação por danos decorrentes dos atos de retaliação, uma vez que é essa a proteção que evita prejuízos àquele que denuncia.

Com relação à proteção da identidade do denunciante, assinale a opção INCORRETA:
a. A proteção à identidade do denunciante só é devida àquele que oferecer denúncia relevante. Caso a denúncia não tenha plena materialidade, não é imprescindível que seja protegida a identidade do seu autor.
b. O critério para considerar o indivíduo como denunciante está relacionado ao sujeito que registra a denúncia e não com o conteúdo da mesma, o que significa que não se deve olhar para a qualidade das informações prestadas, mas sim para o ato do sujeito que voluntariamente oferece a informação à Administração Pública.
c. A primeira linha de defesa, que precisa abranger toda e qualquer pessoa que realiza uma denúncia à Administração Pública, é a proteção da identidade do denunciante.
d. É importante que o sistema de proteção ao denunciante considere a existência de canais de recebimento de denúncias centralizados, a fim de evitar que a identidade do denunciante se torne informação compartilhada por pessoas que não atuem nem no canal de recebimento nem na unidade com competência para a apuração do fato relatado. No Brasil, no âmbito do Poder Executivo federal, o canal de recebimento de denúncias é centralizado nas Ouvidorias Públicas por força dos Decretos nos. 9.492/18 e 10.153/19.
e. Para uma efetiva proteção da identidade do denunciante, deve haver regras claras e transparentes de compartilhamento dos dados entre canais de denúncias distintos e entre estes e as unidades com competência apuratória, além, é claro, de instrumentos de gestão de informação e de processos que tenham os controles adequados para a realização dessas operações.

Com relação à Lei nº 13.709/2018, Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), e à sua contribuição para o Sistema de Proteção ao Denunciante no Brasil, assinale a opção correta.
Com relação à Lei nº 13.709/2018, Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), e à sua contribuição para o Sistema de Proteção ao Denunciante no Brasil, assinale a opção correta.
a. A LGPD inseriu no ordenamento jurídico brasileiro a figura da pseudonimização, definida como “o tratamento por meio do qual um dado perde a possibilidade de associação, direta ou indireta, a um indivíduo, senão pelo uso de informação adicional mantida separadamente pelo controlador em ambiente controlado e seguro.” A pseudonimização relaciona-se diretamente com o tratamento da denúncia no âmbito das ouvidorias, uma vez que é uma das formas de garantia da proteção da identidade do denunciante.
b. Segundo a LGPD, a pseudonimização é a utilização de meios técnicos razoáveis e disponíveis no momento do tratamento, por meio dos quais um dado perde, definitivamente, a possibilidade de associação, direta ou indireta, a um indivíduo.
c. Ao pseudonimizar a denúncia, a ouvidoria necessita apenas retirar dela o nome do denunciante, pois esse é o único dado de identificação que pode ensejar retaliações.
d. A pseudonimização constante da LGPD não tem qualquer relação com o tratamento de denúncias no âmbito das ouvidorias, uma vez que ela não garante a proteção à identidade do denunciante.
e. Embora trate da pseudonimização e da anonimização de dados e informações, a LGPD não tem relação direta com o tratamento de denúncia no âmbito das ouvidorias no Brasil.

No âmbito federal, a proteção à identidade do denunciante foi regulamentada por meio do Decreto nº 10.153/2019. Acerca dos avanços introduzidos por esse normativo, assinale a opção INCORRETA:
Acerca dos avanços introduzidos por esse normativo, assinale a opção INCORRETA:
a. Este Decreto inovou em seu artigo 6º, quando estabeleceu que, no âmbito do Poder Executivo federal, o denunciante terá seus elementos de identificação preservados desde o recebimento da denúncia, nos termos do disposto no § 7º do art. 10 da Lei nº 13.460, de 2017, com restrição de acesso mantida pela unidade de ouvidoria responsável pelo tratamento da denúncia pelo prazo de cem anos.
b. Estabeleceu-se proteção máxima temporal, nos termos do disposto no inciso I do § 1º do art. 31 da Lei nº 12.527, de 2011, ou seja, os elementos de identificação do denunciante deveriam ser resguardados por 100 anos a contar da apresentação da denúncia.
c. O Decreto nº 10.153/2019 foi regulamentado por meio da Portaria CGU nº 581/2021, a qual tem abrangência restrita às Ouvidorias do Poder Executivo federal - SISOUV. Essa Portaria detalha os procedimentos de compartilhamento de informações e apresenta meios de pseudonimização antes não especificados na legislação nacional.
d. O Decreto nº 10.153/2019 prevê medidas amplas de proteção contra retaliação, sendo essa sua grande contribuição ao Sistema de Proteção ao Denunciante no Brasil.
e. O Decreto nº 10.153/2019 e as normas procedimentais dele derivadas avançaram substancialmente quanto ao tema da proteção da identidade de denunciantes no âmbito federal, bem como sobre o compartilhamento de seus dados entre unidades de ouvidoria.

Acerca da criação do sistema de proteção ao denunciante no Brasil, assinale a opção INCORRETA.
Acerca da criação do sistema de proteção ao denunciante no Brasil, assinale a opção INCORRETA.
a. A criação do sistema de proteção ao denunciante no Brasil ainda é um trabalho incremental. A história da construção das proteções e reparações estabelecidas pelo arcabouço legal no Brasil começou há cerca de dez anos, com a publicação da Lei 12.527/2011, a Lei de Acesso à Informação.
b. Em 2017, a Lei nº 13.460, a Lei de Defesa dos Usuários de Serviços Públicos, avançou na construção de um ambiente mais propício à participação social. Esta lei abrangente estabelece as tipologias de manifestações, inclusive a denúncia, e estabelece às ouvidorias públicas o papel de proteção das informações pessoais do manifestante, com base na Lei de Acesso à Informação.
c. O Decreto nº 9.492/2018, que regulamentou a Lei nº 13.460/2017, criou novos controles sobre a atividade de ouvidoria pública e avançou ao definir os conceitos de denúncia e de comunicação de irregularidade, reconhecendo sua importância para as atividades de apuração, desde que atendessem indícios mínimos de relevância. Esse Decreto também avançou ao estabelecer mecanismos de proteção da identidade e dos elementos de identificação dos manifestantes, inclusive dos denunciantes, relembrando as responsabilidades do agente público.
d. Embora o sistema de proteção ao denunciante no Brasil preveja medidas de combate à prática de retaliação, ainda não é possível, no âmbito do Poder Executivo federal, formalizar denúncias contra atos de retaliação.
e. A Lei nº 13.608/2018, alterada pela Lei nº 13.964/2019, passou a contar com um importante e enxuto conjunto de dispositivos que permitiriam terminar o processo de construção do sistema de proteção ao denunciante no Brasil vigente nos dias de hoje. Tais alterações construíram o sistema de proteção a denunciantes sob quatro pilares: 1. Proteção à identidade; 2. Garantia contra prática de retaliação; 3. Mecanismos para reparação de danos oriundos de retaliação e 3. Mecanismos de incentivo.

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